Em seu terceiro ano de vida o blog MondoVinho tinha que
acrescentar umas novidades. Uma dela vem aí, com rastos de polêmicas:
MondoCerva, uma coluna dedicada exclusivamente a cervejas do mundo inteiro.
Provavelmente vai causar perplexidade, e muitos vão torcer o nariz. Mas
se você gosta de bebidas fermentadas não tem como não gostar de uma cerva. Vamos
combinar que enófilo que não bebe cerveja ou é um enochato ou nunca provou
uma boa cerveja. Eu prefiro uma boa cerveja a um vinho ruim, e com “boa
cerveja” não entendo, obviamente, os chopps e as latinhas que estamos
acostumados a ver por aí (que também têm o próprio momento), e sim cerveja de outras qualidades, de preferência artesanal.
Inclusive é um produto que está na moda e a cada dia mais os
brasileiros estão apreciando as qualidades das cervejas ditas “especiais”. Portanto
me pareceu o momento certo para aprofundar um pouco mais o assunto, mas sem
entrar muito em quesitos técnicos. Claro, a prioridade continua e continuará
sendo o vinho; simplesmente, de vez em quando, provaremos e indicaremos alguns
bons rótulos de cerveja que é possível encontrar nas prateleiras do Brasil.
O mundo da cerveja é fascinante tanto quanto o do
vinho...não, ok, agora estou exagerando, mas de qualquer forma é fascinante.
Sua história, assim como a do vinho, remete a origem da civilização e sua
invenção também deve ter sido um acidente bem sucedido (fermentação espontânea
dos ingredientes). Provavelmente a cerveja já existia no ano de 6.000 a .C. na Suméria e na
Babilônia, mas de fato existem vestígios de receitas de cervejas em tumbas
egípcias de 2500 a .C.
Seus ingredientes são basicamente 4: malte (cevada maltada),
lúpulo, água e leveduras. A combinação deles cria a bebida que todo mundo gosta.
Existem também cervejas feitas com outros produtos, como trigo, milho, arroz ,
e até frutas, e raízes. Assim como para o vinho, a origem e a qualidade dos
ingredientes (inclusive da água) faz a diferença e também assim como o enólogo
cria seu vinho final, é o mestre-cervejeiro que vai definir o blend final e o
estilo da própria cerveja.
A degustação da cerveja tem que seguir os mesmos padrões
para degustação de vinho: visual, olfativa e gustativa. Portanto não tenha medo
em observar a cor e a transparência do líquido e enfiar o nariz no copo de
cerveja. Alias, só assim vai poder apreciar todas as nuances.
A temperatura de serviço também é importante. Brasileiro
gosta de tomar cerveja extremamente gelada, o que vai até bem com as cervejas
básicas que todo mundo conhece, para se refrescar e tirar a sede. Já para
apreciar plenamente uma “cerveja propriamente dita” teremos que servi-la a uma
temperatura média de 7-8°, podendo variar para mais ou para menos, dependendo
do estilo da mesma.
Então, chega de papo. Vamos começar com uma bela loira?
Aprovadíssima a inovação!
ResponderExcluirE pensa no objetivo: no mundo das cervejas AINDA não tem notas do RP.. hehehe.
Abraço!
Obrigado Filipe! Fico feliz que gostou da ideia, alguns já me criticaram ainda antes de estrear a coluna quando apenas comentei que estava pensando em incluir cervejas no blog...serà justamente porque não teriam as notas do Parker para poder se orientar? Rsrsrs
ExcluirAbraço!