Semana passada tive o privilégio de participar do Road
Show do Gambero Rosso,
evento itinerante promovido pela homônima publicação, que leva ao redor do
mundo uns dos nomes do vinho mais importantes da Itália e que na sua 5ª edição
chegou pela primeira vez ao Brasil (São Paulo e Rio).
O evento era fechado somente para convidados (profissionais
e personalidades do setor) e mais uma vez o MondoVinho não ficou de fora e
esteve lá para contar a vocês como foi a edição carioca. Aconteceu no Hotel
Sheraton do Leblon: o lugar bonito e os amplos espaços foram uma moldura
perfeita para o sucesso da manifestação. Cerca de 50 produtores presentes e
mais de 200 vinhos em degustação livre.
Seria até banal destacar o Barolo Dagromis do Gaja, os Amarones
do Masi e de Bertani, grandes supertoscanos como os sensacionais Grattamacco, o
Magari, novamente do Gaja, e o Soldi di S.Niccolò (este último de Castellare di
Castellina é um supertuscan sui generis,
sendo um corte de Sangioveto e Malvasia Nera).
Então vamos falar de vinhos mais diferenciados: você conhece
Lambrusco e acha vinhozinho meio sem graça, não é? Ok, agora experimente o
Concerto, Lambrusco Reggiano da Medici Ermete: vai mudar totalmente de opinião.
Complexo, com borbulhas leves e delicadas e até um pouco tânico. Vinhedos
selecionados, produção minúscula e vinificação cuidadosa fazem deste Lambrusco
um fora de série do genro. Senão não teria ganhado os 3 bicchieri pelo Gambero Rosso. Obviamente mais caro que a maioria
de lambruscos que encontramos por aí, mas vale a pena para quem gosta do estilo
frisante.
No mesmo estilo e qualidade o Lambrusco da Cantine Ceci.
Sempre da regiao de Emilia-Romagna a Poderi dal Nespoli, com seus vinhos realmente surpreendentes: especialmente o Nespolino Rosso, corte de Sangiovese-Merlot e o Prugneto, feito com Sangiovese Grosso (a mesma casta do Brunello): um melhor que o outro, e, sobretudo, baratos!
Sempre da regiao de Emilia-Romagna a Poderi dal Nespoli, com seus vinhos realmente surpreendentes: especialmente o Nespolino Rosso, corte de Sangiovese-Merlot e o Prugneto, feito com Sangiovese Grosso (a mesma casta do Brunello): um melhor que o outro, e, sobretudo, baratos!
Outros vinhos que me deixaram bem feliz em questão de
tipicidade foram o Nobile di Montepulciano e o Sagrantino de Montefalco da
Fattoria del Cerro, o Vitiano da Falesco e o Montepulciano Riserva Conero Cùnaro da Umani
Ronchi - desta ultima bom também o Pélago, da região de Marche - e uma novidade
da Rocca delle Macie, o Chianti Classico Riserva di Fizzano.
A vinicola Planeta, da Sicília, é uma minha velha conhecida,
especialmente pelo Santa Cecília, mas não conhecia o Cometa, um belo exemplar
da casta Fiano fora de seu natural terroir.
Mas, apesar de não ser novidade pra mim (pois sou fã), o
maior destaque vai para os fantásticos vinhos de Argiolas,
da região de Sardegna. Seu Turriga é excepcional por
profundidade e tipicidade, mas o meu favorito, também em função bolso esperto,
é o Costera,
um cannonau delicioso e com muitas
especiarias.
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