Na última segunda feira fui para São Paulo para participar
do Encontro de Vinhos Off, a convite dos organizadores Daniel Perches e Beto
Duarte. O evento já tradicional em sampa, assim como acontece com as outras
feiras do mundo, antecipa “em off” a feira Expovinis que começara o dia
depois.
O "Encontro" se torna a cada vez mais imperdível, sendo já
referencia tão para os profissionais do setor quanto para o consumidor final.
Mais uma vez tive a honra de participar do painel de jurados
que elegeu às cegas os melhores 5 vinhos do evento. Como podem notar na foto acima, desta vez tivemos uns interessantes empates e o Top 5 se tornou Top 7. Vale
ressaltar 2 californianos nos primeiros 2 lugares.
Como sempre o evento foi muito bem organizado,
e além da grande quantidade e variedade de vinhos à disposição, tinha
acompanhamento de pizzas, pães e uma gostosíssima degustação de queijos.
E ainda entretenimento bem legal, com malabaristas e uma banda tocando música ao vivo.
Falando em vinhos, tinha vários velhos conhecidos, mas
também bastantes novidades e lançamentos.
Velho Mundo:
O maior destaque pra mim foram os belíssimos vinhos da
Áustria, com uvas bem diferentes como a blaufrankisch, a muller-thurgau e a
mais famosa gruner-veltiner. A vinícola Preier, em particular, mostrou bastante consistência.
Ainda entre os vinhos mais exóticos provei o Enira Reserva: um
tinto búlgaro, feito com uvas franceses, bem interessante.
De Portugal tivemos 2 produtores sensacionais do grupo do
Douro Boys: Gloria Reynolds e Secret Spot, todos vinhos fantásticos.
Da Itália destaque para o Sagrantino de Montefalco da Cantina
Fratelli Pardi, para o Brunello di Montalcino de Le Potazzine e o Barolo Vignarionda
de Pira: um melhor que o outro, cada um, naturalmente, com sua tipicidade.
Da Espanha gostei dos tinto de La Calandria , vinhos de
Navarra feitos exclusivamente com a casta Garnacha.
Novo Mundo:
Além dos californianos do top5 gostei bastante do Educated
Guess, um suculento Cabernet Sauvignon de Napa Valley.
Do Chile gostei bastante dos vinhos de William Fevre, renomeado produtor da Borgonha, que em Alto Maipo produz uns
chardonnays em estilo Chablis ,
muito interessantes; os tintos também são uma boa compra: seu Cabernet
Sauvingon Chacai foi 6° colocado no
Descorchados entre os melhores cabernet chilenos (batendo ícones como o Dom Melchor),
sendo que custa bem menos que os primeiros 5.
E ainda teve o tão falado vinho envelhecido com Meteorito!
Para Uruguay, o Abraixas da Domínio Cassis, um tannat rico e bem
aveludado.
E para o Brasil, os belos espumantes de Adolfo Lona (destaque
para o rosé Ouro e para o Nature, com zero açúcares totais.).
Terminando, tivemos o lançamento exclusivo do .Nero Gold da
Domno, primeiro espumante brasileiro com casquinhas de ouro de 23K (comestível)
em suspensão. Sinceramente
podíamos viver bem também sem ele, mas talvez alguns eno-esnobes façam questão de
ingerir metais preciosos.
Veja algumas fotos:
Mario,
ResponderExcluirComeçar a sexta-feira, que já é um por definição mais leve que os outros, vendo você elogiando vinho do novo mundo e sem falar nada do Parker, não tem preço! Rs, rs..
Muito boas as dicas. O chileno, especialmente, vou procurar aqui em Florianópolis..
Grande abraço,
José Filipe
Parker quem? Ahaha, caro José Filipe, eu não tenho preconceitos, mas por um acaso o vinho chileno que elogiei é produzido por um francês...rsrsr
ExcluirMuito obrigado mais uma vez pela fidelidade e pelo seu comentário.
Abraço!