Como antecipado, semana passada participei do esperado
Encontro de Vinhos no Rio de Janeiro. Seria redundante ressaltar a boa
organização de sempre por parte da dupla dinâmica Daniel Perches & Beto Duarte, deste evento que está a cada vez mais se firmando como um dos mais
interessantes do enomundo brasileiro.
Falando nos vinhos presentes, este ao lado é o resultado da
degustação feita às cegas por especialistas (mais uma vez tive o privilégio de
fazer parte do júri) onde foram eleitos os melhores 5. A minha nota mais alta foi para o Sios Seleccion da importadora Wine
Lovers, um espanhol da Costers del Segre. De qualquer forma vale ressaltar que nem todas as importadoras colocaram seu vinho e nem todas colocaram seu melhor vinho.
Os expositores foram (em ordem alfabético): Asa Gourmet,
Aurora, B-Cubo, Cantu, Cave Geisse, Da Confraria, Domno, Everest, Interfood, MS
Import, Pizzato, Ravin, Smart Buy Wines, Serrado Vinhos, Sicilianess, Valduga,
Villa Francioni, Vinho Sul e Wine Lovers.
O melhor branco do evento foi pra mim o Riesling alsaciano
do Léon Boesch, fermentado nas próprias borras em tonéis de carvalho. Um show
de complexidade, frescor e delicadeza. Importado pela Everest, que inclusive mostrou outros vinhos bem interessantes como
o Image do Château de La Mallevielle da Cote de Bergerac (já comentado aqui em ocasião do Encontro do ano passado) e um Vouvray do Philippe Brisebarre, um
Chenin Blanc demi-sec (por causa dos açucares da uva e não adicionados), mas
quase nada doce na boca em virtude da alta acidez: muito interessante mesmo.
Outra importadora bacana foi a Sicilaness, que, admito o pecado, não conhecia ainda. Em seu estande
tinha o melhor espumante do evento (sempre pra mim, é claro!): um Franciacorta
da vinicola Le Marchesine: muito complexo, lembrando um bom Champagne nos
aromas e no paladar. A Importadora também trouxe dois excelentes sicilianos da
vinícola Geraci: o Tarucco Nero
D’Avola (sensacional, um dos melhores tintos do dia!) e o Tarucco Colonna,
branco a base de Chardonnay e Grillo.
Da Interfood,
além de velhos conhecidos, como Santa Helena, Misiones de Rengo e os cavas da Codornìu,
me marcou um delicioso Pinot Noir do Uruguai (sim leio bem!) da vinícola
Pascual, na faixa dos R$30 ficou como o Bolso Esperto do evento. E também um
bom branco da siciliana Planeta, o La Segreta.
A Cantu também
apresentou um siciliano fora de série: o Nero d’Avola Chiaramonte, da vinícola
Firriato. Os vinhos da Ventisquero (já citados por aqui) e satélites como a
Ramirana e a Yali, são sempre uma boa escolha: particularmente, o Vértice,
corte de carmenere com syrah é de alto nível mesmo.
Teve bons californianos da Smart Buy Wines, principalmente o Mettler Zinfandel, já ganhador do
Encontro de Vinhos Off de 2012 (que também eu contribui a eleger).
Os nacionais também fizeram bonito: Villa Francioni, com seu renomeado Sauvignon Blanc, o Fausto Verve da Pizzato, um bom e barato
Chardonnay Reserva da Aurora e os
sempre extraordinários espumantes da Cave
Geisse.
Menção especial para o Perez Cruz Chaski, intenso Petit Verdot chileno, inclusive também já comentado aqui na edição passada, importado pela Vinho Sul.
Mas o vinho que mais me marcou sobre todos, foi um que eu
desconhecia até agora: o La Castagnola Dolcetto d’Ovada, fantástico tinto do Piemonte,
da vinícola Castello di Tagliolo. Complexo, estruturado, macio e envolvente, mas
conservando boa elegância.
0 comentários:
Postar um comentário