Encontro português na Confraria Gran Reserva. Evidentemente
o Douro está realmente na moda, pois de 5 vinhos tivemos 4 desta região e 1 do Alentejo.
Começamos as danças justamente com o alentejano: Monte do
Pintor Reserva 2007. Pequena vinícola que se orgulha da consultaria do premiado
enólogo Paulo Laureano. Este vinho é produzido somente em safras especiais (de
2001 pra cá somente 4 vezes). Corte de Aragonez, Cabernet Sauvignon e
Trincadeira, maturado 1 ano em carvalho novo mais um em garrafa. Foi o rótulo
que mais me marcou da noite: fruta silvestre madura, notas herbáceas e café.
Bastante saboroso, com taninos finos (importado pela Adega Alentejana- R$ 120)
Passando aos do Douro, mais uma vez pudemos constatar o que
já falei por aqui: o estilo vai se tornando muito uniformizado e os 4 vinhos
resultaram muito parecidos, mesmo sendo de uvas, safras e vinificações diferentes.
Churchill’s Estates 2008. A vinícola é famosa pelos seus vinhos do
Porto, e apesar de não ter muita tradição (fundada em 1981 por uma família
inglesa) já se tornou um dos maiores nomes da região. Este corte de Touriga
Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz foi pra mim o que mais se diferenciou
entre os 4 durienses, mostrando um caráter exuberante misturado com certa
elegância. Amoras verdes, com algo tipo anis e eucalipto, textura sedosa e
taninos redondos (Expand - R$ 100).
O Pinta Character 2008 é o segundo vinho da vinícola Wine
& Soul. Produzido com mais de 20 castas de vinhas de 43 anos de idade,
entre elas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Rufete, Tinta
Amarela, Tinta Cão, Sousão e Tinta Barroca. Estágio de 18 meses em carvalho (50
% novo). Groselha e o chocolate típico; bastante concentrado, paladar aveludado
e taninos gordos. Um vinho vigoroso. (Adega Alentejana – R$ 150)
Não muito diferente foi o Meandro do Vale Meão 2008, da Quinta
do Vale Meão, uma das vinícolas mais badaladas e pontuadas de Portugal
(inclusive seus vinhedos forneciam antes as uvas para o cultuado Barca Velha).
Segundo rótulo da vinícola, é um corte de Touriga Franca, Touriga Nacional,
Tinta Roriz, Sousão, Tinta Amarela e Tinto Cão, maturado 12 meses em barricas
de 2° e 3° uso.
Mesmo estilo extraído/denso, mesmos aromas de groselha e
chocolate e mesmo paladar macio e volumoso (Mistral – R$120)
E chegou a vez do ganhador da noite: o Quinta do Vallado
Reserva 2009. De propriedade da família Ferreira, tradicional viticultores
desde 1751 (Casa Ferreira) tem como enólogo o Francisco Olazabal, o mesmo da
Quinta do Vale Meão.
O mais votado entre os confrades foi este corte de Tinta Roriz,
Tinta Barroca, Tinta Amarela, Touriga Nacional e Touriga Franca, envelhecido 17
meses em barricas de carvalho francês.
No mesmo estilo dos precedentes, com muita concentração e
fruta super-madura, potente e aveludado, não me encantou como deveria. Mas, por
outro lado, temos que considerar que, pela sua estrutura, o vinho estava ainda
jovem demais: com certeza daqui a alguns anos o poderia expressar melhor seu potencial
(Cantu – R$ 230)
Enfim, embora eu tenha preferido o alentejano pelo seu
caráter mais elegante, os do Douro são todos grandes vinhos, com o único limite
da impressionante semelhança.
Mario,
ResponderExcluiraqui é seu xará de Fortaleza, que há muito não aparece aqui no blog. Estive no Rio uma semana agora em maio, mas não pude lhe procurar para tomarmos aquele vinho que um dia você me prometeu. Enfim...
Passo apenas para re-passar uma matéria que saiu no Estadão hj e me lembrei de vocÊ, pois eu tive dor de cabeça com um Malbec top e a matério veio bem a calhar. http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,estudo-relaciona-tipos-de-vinho-a-enxaqueca-,894463,0.htm
Se puder me seguir no @twitter agradeço, pois uso muito, inclusive passei essa matéria por lá tb. o meu é @mariosawatani
Abraço!
Meu amigo! Ta sumido!!!
ExcluirBem ter suas noticias, mas que pena que não teve tempo de me ligar, fica pra próxima.
Muito interessante esta matéria, já divulguei no facebook.
Grande abraço, meu xará!
P.S. já estou te seguindo no twitter.