O Sr. Milton De Souza é um personagem querido no enomundo
carioca, pois é um dos responsáveis do desenvolvimento do mercado de vinho
local, quando com seu trabalho pioneiro, há mais de 30 anos, trazia do sul para
a região fluminense os primeiros vinhos finos nacionais. Obviamente começou
representando as grandes marcas, mas atualmente está focando em pequenas
vinícolas boutique. Uma de suas mais recentes descobertas é a vinícola Batalha. Como ele está promovendo uma
série de ações para apresentar seus vinhos para o público carioca, ficamos
felizes em ajudar. Rapidamente, junto com os parceiros Tom Meirelles e Paulo
Uchoa da distribuidora Saudável Online montamos uma pequena apresentação/degustação
que foi um sucesso total: de 14 participantes previstos, a casa lotou com 30
pessoas, coisa que obviamente nos encheu de satisfação.
A vinícola, jovem e dinâmica, fica em Bagé, na Campanha
Gaúcha e com investimento considerável pretende se tornar referencia da região
(e quiçá do País).
O nome da casa deriva da Batalha do Seival, conflito militar
ocorrido justamente naquela área em 1836, quando o pequeno grupo de revoltosos
da revolução farroupilha venceu o exercito do império brasileiro instalando a República
Riograndense.
A empresa faz questão de ressaltar a geografia do local,
especialmente o fato que os vinhedos ficam no paralelo 31, o mesmo que corta as
principais regiões vinícolas do hemisfério sul (veja abaixo).
Sinceramente não sei se isto se reflete diretamente nos
vinhos, pois apenas a longitude não me parece um índice de qualidade de
vinhedos/uvas, mas fato é que os vinhos são bons
mesmo, sendo toda a linha realmente de ótima qualidade.
A vinícola produz um espumante brut, um Chardonnay (já
esgotado!), um Cabernet Sauvignon, um Merlot e um Tannat. Este último é a aposta
da casa, e é de fato surpreendente. Mas como tenho uma queda por merlot e nesta
coluna destacamos a relação preço/qualidade, a minha escolha para o Bolso
Esperto de hoje vai para o Batalha
Merlot 2011
Um merlot muito fino e puro, pouco extraído na cor, mas de
boa complexidade, mesmo não tendo passagem em madeira. A fruta domina tanto no
nariz quanto na boca, trazendo perfumes de cereja, morango, cassis. O corpo é leve,
mas preenche o palato com textura muito sedosa; a ótima acidez e os taninos macios
convidam para mais um gole.
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