Vamos com mais um relato de um grande evento: Decanter Wine
Show 2013 (Rio). A passada edição (relembre aqui)
foi dedicada ao Velho Mundo, já neste ano a importadora veio apresentar seus
rótulos do Novo Mundo (26 produtores e mais de 160 vinhos em degustação).
Infelizmente não pude aproveitar o evento da forma que teria
gostado, pois cheguei tarde e fui embora cedo por causa de outros compromissos,
de qualquer forma consegui provar e comprovar a qualidade de vários rótulos.
O papel de protagonista foi certamente preenchido pelo Hess Family Estate, grupo suíço
proprietário de varias vinícolas nos 4 cantos do planeta, presente no evento
com a Amalaya e Colomé da Argentina, Glen Carlou da África do Sul, Peter
Lehman da Austrália, Artezin,
Sequana e Hess Collection dos
Estados Unidos. Entre eles, destaque pelo Amalaya
(Bolso Esperto), o Pinot Noir Sundawg
de Russian River da Sequana e a linha inteira da Hess Family, particularmente
os 3 cabernets: Select, Allomi e Mount Veeder (pessoalmente prefiro o do
meio) .
Indo para os outros, entre hermanos argentinos além de
velhos conhecidos como Luigi Bosca
(sou o único que não consegue mais gostar dos vinhos dele? Nem o Icono me conquistou!), Riglos e Família Schroeder (Saurus), o destaque vai para os vinhos da
tradicional Viña Alicia:
particularmente a linha Paso de Piedra,
o malbec Brote Negro e o blend Cuarzo, além de um insólito Nebbiolo (totalmente diferente dos
italianos, mas bastante saboroso).
Para o Chile vou fazer um único nome: De Martino. Uma das vinícolas que mais sabe expressar o terroir
chileno sem frescuras ou “exageros” de muitos dos colegas conterrâneos. Os
vinhos são muito elegantes e gastronômicos, quase todos de vinhedos únicos.
Destaque para o cabernet sauvignon Las
Aguilas, o syrah Alto los Toros e
o carmenere ícone Armida. Melhor
ainda é o corte Las Cruces.
Da Nova Zelândia, notas de mérito para a Craggy Range, especialmente para seu pinot
noir Te Muna e o corte Sophia.
Mas o produtor que mais me impressionou sobre todos os presentes
foi o australiano Kilikanoon. São
vinhos ricos e macios, perigosamente agradáveis Particularmente gostei dos 2 grenache
(o Prodigal e o The Duke), mas a linha de shiraz (Killerman’s Run, Covenant e
Oracle) também não fica atrás.
Entre os brancos provados destaco o Albarino da uruguaiana Bouza,
o Riesling Art Serie Classic da Peter Lehman e Sauvignon
Blanc Allomi da Hess.
Parabéns mais uma vez para a Decanter pela boa organização
do evento e pelo seu belo catálogo.
Grande Mario,
ResponderExcluirÓtima seleção! Infelizmente este ano não fui ao Decanter Wine Show. Concordo plenamente com você em relação à De Martino. Os vinhos são bons, pouco badalados e têm preço mais atraentes que muitos de seus irmãos chilenos. Da Argentina, gosto também da Viña Alícia. Apesar de potentes, os vinhos são muito particulares e muito bem feitos. Da Austrália, os Kilikanoons realmente impressionam. Preciso experimentar os Grenache deles. Com a sua opinião, vou apressar a compra de umas garrafas que vi em promoção em uma loja da vizinha Ribeirão Preto.
Grande abraço,
Flavio
Grande Flavio,
ExcluirQue bom que concordou com as minhas indicações. Quanto aos grenaches da Kilikanoons, se achou em promoção compre sem hesitações, depois me fale o que achou.
Forte abraço!