Vinopoly

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O segundo do primeiro dos segundos


A história do Château Brane-Cantenac remete ao ano de 1735. Narra-se que o barão Hector de Brane  vendeu o Château Brane-Mouton (hoje Mouton-Rothschild) para poder comprar o Brane-Cantenac (que, na época, chamava-se Château Gorce). Desde então passou pelas mãos de diversos proprietários e hoje, sobe o comando do Henri Lurton é um das mais prestigiadas vinícolas da França (e do mundo).
Grand Cru Classé pela Classificação Oficial de 1855 de Médoc, classificado como Deuxièmes (ou seja 2°) Cru, o Brane-Cantenac é o de fato considerado o primeiro entre os 14 châteaux  que compartilham a mesma classificação. O Baron de Brane aqui provado é o segundo vinho da vinícola, por isto o título  do post: “o segundo (vinho) do primeiro (château) dos segundos (cru)”.
Detalhe: estamos falando da apelação Margaux, pra mim uma das mais elegantes de Bordeaux.

O corte do Baron de Brane leva normalmente pequenas parcelas de Cabernet Franc e em alguns casos até uma pitada de Carmenere, mas a safra de 2007 por mim provada foi produzida somente com Cabernet Sauvignon e Merlot. Mais de um terço das uvas procedem dos mesmos vinhedos usados para o primeiro vinho da casa. Maturação em barricas de carvalho (20% novas) por 12 meses.

O nariz é dominado por aromas de amoras, cassis e framboesa com notas terrosas. Paladar muito equilibrado, com um bom ataque de boca e volume, ótima acidez e taninos finamente trabalhados. O final perdeu força, mostrando menos persistência do que esperado. Belíssimo vinho, de qualquer forma.

[Clique aqui e veja  a avaliação de seu direto concorrente do mesmo terroir de Cantenac.]
  
Vinho:
Baron de Brane
Safra:
2007
Produtor:
Château Brane-Cantenac
País:
França
Região:
Bordeaux (Margaux)
Uvas:
Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (30%)
Alcoól (Vol.)
13%
Importadora:
Grand Cru
Custo médio:
R$ 190,00

2 comentários:

  1. Degustado cinco anos depois, este vinho demonstrou consistência eis que evoluiu perfeitamente na garrafa. Se se considerar que 2007 não foi uma safra histórica em Bordeaux, forçoso concluir que estamos de um tinto de grande qualidade por preço relativamente acessível. Parabéns pelas informações constantes do post. Jeriel

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    Respostas
    1. Grande Jeriel, obrigado pelas palavras!
      Concordo totalmente com sua avaliação, sempre uma excelente compra para Bordeaux.
      Abraço!

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