A última reunião da gloriosa Confraria Gran Reserva tinha a
Nova Zelândia como tema do mês Devido ao calor da estação, pessoalmente decidi
levar um branco. E decidi também que devia ser um Sauvignon Blanc, uva que
certamente se expressa melhor nos terroirs
da Oceania. Procurando o seleto da vez, fiquei intrigado com o currículo do
Sauvignon Blanc da Oyster Bay: logo na primeira safra (1990) foi eleito melhor vinho do mundo elaborado com esta casta na International Wine &
Spirit Competition. E ainda ganhou 6 vezes em seguida o titulo do "Premium
White Wine of The Year" no Australian Liquor Industry Awards. Geralmente
dou para este tipo de concursos uma importância ainda menor do que dou para as
notas dos críticos, pois não sei quais eram os outros concorrentes, tampouco os
jurados e menos ainda os métodos de avaliação. Mas, como o meu conhecimento
sobre vinhos neozelandeses é ainda limitado, achei que um pedigree deste fosse pelo menos um bom começo, portanto foi ele o meu escolhido.
E não é que é bom mesmo? E olha que eu não sou fã de
Sauvignon Blanc do Novo Mundo. Da região de Marlborough, é um varietal 100%,
sem passagem em madeira. O
vinho é sujeito a uma longa fermentação, na fase final a contato com as borras,
e é engarrafado imediatamente depois da vinificação, mantendo, desta forma, toda
a aromaticidade e sabores frutados da uva. Diferentemente da maioria dos
colegas de casta do hemisfério sul, o maracujá não era tão acentuado, deixando
espaço mais para abacaxi, limão, melão e banana; notas vegetais, tipo pimentão
verde e um toque picante. Na boca é vivo e elegante, com bastante frescor e um bom
final.
Não sei se é mesmo o melhor Sauvignon Blanc do mundo, mas de
fato me impressionou positivamente e também ganhou só elogios de todos os
membros da confraria.
Vinho:
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Oyster Bay Sauvignon Blanc
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Safra:
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2011
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Produtor:
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Oyster Baymar
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País:
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Nova Zelândia
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Região:
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Marlborough
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Uvas:
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Sauvignon Blanc 100%
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Alcoól
(Vol.)
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13%
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Importadora:
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Vinci
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Custo
médio:
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R$ 100,00
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P.S. Os outros vinhos da noite:
Saint Clair Vicar’s Choice Riesling 2011
Cloudy Bay Sauvignon Blanc 2010
Wild Rock Gravel Pit Red Merlot Malbec 2008
Cloudy Bay Pinot Noir 2010
Cloudy Bay Pinot Noir 2009
Hunter’s Pinot Noir 2010
Nobilo Regional Collection Pinot Noir 2008
Matua Pinot Noir 2007
Saint Clair Pioneer
Block 4 Sawcut Pinot Noir 2009
You can't be srious? Oyster Bay, the best sauvignon blanc of the world? Anthony ( TONY ) Quinn
ResponderExcluirTony,
ExcluirThat's what the International Wine & Spirit Competition said, not me. I got all the doubts about it (that's why the question mark in the title). Anyway, New Zealand is often considered as the world capital for sauvignon blancs and this is a very good one. Even so I still prefer a good Pouilly-Fumé from Loire.
Thanks for your comment.
Caro Mario,
ResponderExcluirEu gosto dos SB neozelandeses. E obviamente, muito mesmo daqueles do Loire. No entanto, tenho acompanhado com muita atenção o crescimento de qualidade dos SB chilenos, principalmente aqueles de zonas mais frias. A mineralidade de alguns deles é de espantar. Como exemplo, os ótimos Laberinto, de Ribera del Lago e Casa Marin Cipreses Vineyard (de elegância ímpar).
Abraços,
Flavio
Flavio, geralmente os sb chilenos tem aquela nota de maracujá muito marcada que às vezes cega a me incomodar, mas concordo contigo que a qualidade e elegância vem crescendo. Conheço o da Casa Marin, mas ainda não provei o Laberinto, vou experimentar. Obrigado pela dica e por participar do blog.
ExcluirGrande Abraço!
Mario, tenho tido ótimas experiências com os vinhos da Nova Zelândia. Dessa lista que vocês provaram, já provei e fiquei bem satisfeito com o Oyster Bay, com o Cloudy Bay (destaque para este !, para o Hunter's e para aquele que é, na minha opinião, a melhor relação preço/qualidade, o Vicar's Choice. Afinal, se o vigário o escolheu, porque é que eu o desprezaria ? Esses vigários sabem das coisas ...
ResponderExcluirDestaco ainda um Fallen Angel Ruesling 2006 que tomei alguns anos atrás, e que me impressionou bastante.
Abraços !
Nivaldo, entre os tintos o meu preferido foi o pinot da Cloudy Bay 2009, o do vigário foi a minha segunda escolha. Fico feliz que estamos em sintonia. Agora, engraçado, a turma gostou muito do Wild Rock, corte de Malbec e Merlot, que vc nunca diria ser neozelandês, tendo mais cara de argentino, com todos os atributos novomundistas opostos à elegância. Talvez seja justamente por isto que gostaram...pobre de nós! rsrs
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