Na semana passada participei do Interfood Road Show 2014, a
convite da própria importadora. O evento itinerante chegou à sua 2° edição
(confira aqui a edição passada)
e passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. A etapa
carioca aconteceu desta vez num dos salões da badalada churrascaria Fogo de
Chão, num ambiente bonito e com vista privilegiada para Pão de Açúcar, Enseada
de Botafogo e Baia da Guanabara. Os bufês preparados pela casa não ficaram por trás, com
iguarias várias para acompanhar os vinhos (além de pães variados, frios e
queijos, tinha deliciosos pedaços de lingüiças e cortes de picanha chegando
continuamente e um pão de queijo quentinho sensacional). Mas o espaço ficou
numa certa hora um pouco apertado pela quantidade de participantes, como
acontece na maioria dos eventos do gênero.
Indo aos vinhos, a diferença principal com a edição de 2012
foi que os produtores não estavam presentes, mas a equipe inteira de maneira
geral apresentou boa competência e conhecimento dos vinhos apresentados.
Uma outra diferença substancial é que rodando pelas mesas
não tinha nenhum dos vinhos tops da casa, mas de repente o Max (sommelier da
importadora) tirou o coelho da cartola e apresentou para poucos sortudos uns
dos grandes vinhos de seu portfólio, numa seqüência de tirar o fôlego.
Mas vamos por degraus, com os destaques dos vinhos das mesas.
VELHO MUNDO
Para começar Champagne Taittinger Brut Réserve, bem refrescante. Desta vez achei os Chablis
de Le Chablisienne mais
interessantes, as safras novas trouxeram mais frescor e mineralidade, especialmente
o Premier Cru Mont de Milieu 2010
que faz 15 meses de contato com as borras; o Chassagne-Montrachet Premier Cru Clos Saint Marc de Olivier Leflaive
2008 que primou pela elegância, já o Pouilly-Fuissé
2011 de Georges Duboeuf (estamos
sempre na Borgonha, mas na sub-região de Mâconnais) apresentou mais explosão.
Continuando com a França, os vinhos de E. Guigal causam sempre sensação (veja também aqui):
dos que estavam apresentando eu não conhecia ainda seu Châteauneuf-du-Pape 2006, muito rico em sabor e taninos macios.
Indo para Itália
com exceção dos que já conhecia (Planeta, Fattoria de Barbi, Ruffino, Tommasi,
Cortese) o que mais me marcou foi o Schiopetto
Rivarossa 2008, corte bordalês da região de Friuli, muito interessante
mesmo, unindo finesse e boa fruta.
Da Espanha, não
conhecia a Raimat (Costers del
Segre) e a Scala Dei (Priorato): da
primeira gostei do Castell de Raimat Albarino 2012, da segunda o Prior 2005,
com toda a expressão moderna típica da região. E ainda, da badalada Marqués de Riscal (veja aqui o Reserva 05 ), não tinha ainda provado o Rueda
Verdejo, elegante, frutado e com acidez refrescante.
Embora o Líbano
conste como País do Novo Mundo do vinho eu gosto de considerá-lo como Velho
Mundo, pois é justamente nesta área do Cáucaso que nasceu a nossa bebida
predileta. Já falamos algumas vezes do Chateau
Ksara, mas faço questão de salientar mais uma vez a qualidade de seus
tintos, especialmente o vinho homônimo de safra 2004, que embora s seus 10 anos de vida estava delicioso.
NOVO MUNDO
Os de Robert Mondavi
são os vinhos americanos mais conhecidos internacionalmente e eu também conheço
boa parte de suas linhas, mas não tinha ainda provado os de Greg Norman e fiquei muito bem
impressionado. Tinha dois vinhos lá e gostei de ambos mostrando todas as
características da Califórnia: o Santa
Bárbara Chardonnay 2010 de bom corpo com notas defumadas e o Pasos Roble Petite Syrah 2008, frutado
e macio.
A Nova Zelândia se destacou com seus brancos, especialmente
o Matua Marlborough Sauvignon Blanc 2013
e o Kim Crawford Sauvignon Blanc 2013, ambos muito secos e refrescantes.
Da Austrália, a vinícola mais famosa: Penfolds. A importadora trouxe o da linha de entrada Rawson's Retreat Shiraz Cabernet 2011 e
2 vinhos da linha de entrada Koonunga
Hill, o Shiraz 2010, tinto com
cara de velho mundo e o mais moderno e alegre Chardonnay 2012.
Ainda consegui provar o Santa
Helena Parras Viejas 2011, um cabernet sauvignon de vinhas centenárias elevando
tudo que se pode esperar de um cabernet chileno.
Mas o melhor ainda não tinha chegado, foi quando o sommelier
Max puxou um grupinho de degustadores sedentos e abriu algumas jóias da casa em
3 seqüências extraordinárias.
Veja no próximo post, não perca!
MondoVinho curtindo o local e sua incrível vista |
O seu MONDOVINHO,
ResponderExcluirEntão você tira uma foto com a celebridade aqui e não posta a mesma? Eu hein...rsrsrsrsrs.
Ficou ótimo o post.
Bjks
E cadé a foto? Vc não me enviou...
ExcluirParabéns pela excelente descrição do evento. Mário acertou em cheio como sempre. Faltou comentário sobre os de sobremesa. Faltou o crédito da foto do grande blogueiro italiano.Um abraço. Tom
ResponderExcluirVerdade, Tom. Mas vou deixar os de sobremesa para o prox. post, para finalizar o evento (como de fato aconteceu).
ExcluirObrigado mais uma vez pela contribuição (e pela foto!)
Grande abraço!