Vinopoly

quarta-feira, 26 de março de 2014

Veja como foi o Interfood Road Show 2014 (parte 1)

Na semana passada participei do Interfood Road Show 2014, a convite da própria importadora. O evento itinerante chegou à sua 2° edição (confira aqui a edição passada) e passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. A etapa carioca aconteceu desta vez num dos salões da badalada churrascaria Fogo de Chão, num ambiente bonito e com vista privilegiada para Pão de Açúcar, Enseada de Botafogo e Baia da Guanabara. Os bufês preparados pela casa não ficaram por trás, com iguarias várias para acompanhar os vinhos (além de pães variados, frios e queijos, tinha deliciosos pedaços de lingüiças e cortes de picanha chegando continuamente e um pão de queijo quentinho sensacional). Mas o espaço ficou numa certa hora um pouco apertado pela quantidade de participantes, como acontece na maioria dos eventos do gênero.

Indo aos vinhos, a diferença principal com a edição de 2012 foi que os produtores não estavam presentes, mas a equipe inteira de maneira geral apresentou boa competência e conhecimento dos vinhos apresentados.
Uma outra diferença substancial é que rodando pelas mesas não tinha nenhum dos vinhos tops da casa, mas de repente o Max (sommelier da importadora) tirou o coelho da cartola e apresentou para poucos sortudos uns dos grandes vinhos de seu portfólio, numa seqüência de tirar o fôlego.

Mas vamos por degraus, com os destaques dos vinhos das mesas.

VELHO MUNDO

Para começar Champagne Taittinger Brut Réserve, bem refrescante. Desta vez achei os Chablis de Le Chablisienne mais interessantes, as safras novas trouxeram mais frescor e mineralidade, especialmente o Premier Cru Mont de Milieu 2010 que faz 15 meses de contato com as borras; o Chassagne-Montrachet Premier Cru Clos Saint Marc de Olivier Leflaive 2008 que primou pela elegância, já o Pouilly-Fuissé 2011 de Georges Duboeuf  (estamos sempre na Borgonha, mas na sub-região de Mâconnais) apresentou mais explosão.





Continuando com a França, os vinhos de E. Guigal causam sempre sensação (veja também aqui): dos que estavam apresentando eu não conhecia ainda seu Châteauneuf-du-Pape 2006, muito rico em sabor e taninos macios.


Indo para Itália com exceção dos que já conhecia (Planeta, Fattoria de Barbi, Ruffino, Tommasi, Cortese) o que mais me marcou foi o Schiopetto Rivarossa 2008, corte bordalês da região de Friuli, muito interessante mesmo, unindo finesse e boa fruta.




Da Espanha, não conhecia a Raimat (Costers del Segre) e a Scala Dei (Priorato): da primeira gostei do Castell de Raimat Albarino 2012, da segunda o Prior 2005, com toda a expressão moderna típica da região. E ainda, da badalada Marqués de Riscal (veja aqui o Reserva 05 ), não tinha ainda provado o Rueda Verdejo, elegante, frutado e com acidez refrescante.

Embora o Líbano conste como País do Novo Mundo do vinho eu gosto de considerá-lo como Velho Mundo, pois é justamente nesta área do Cáucaso que nasceu a nossa bebida predileta. Já falamos algumas vezes do Chateau Ksara, mas faço questão de salientar mais uma vez a qualidade de seus tintos, especialmente o vinho homônimo de safra 2004, que embora s seus 10 anos de vida estava delicioso.

NOVO MUNDO

Os de Robert Mondavi são os vinhos americanos mais conhecidos internacionalmente e eu também conheço boa parte de suas linhas, mas não tinha ainda provado os de Greg Norman e fiquei muito bem impressionado. Tinha dois vinhos lá e gostei de ambos mostrando todas as características da Califórnia: o Santa Bárbara Chardonnay 2010 de bom corpo com notas defumadas e o Pasos Roble Petite Syrah 2008, frutado e macio.



A Nova Zelândia se destacou com seus brancos, especialmente o Matua Marlborough Sauvignon Blanc 2013 e o Kim Crawford Sauvignon Blanc 2013, ambos muito secos e refrescantes.



Da Austrália, a vinícola mais famosa: Penfolds. A importadora trouxe o da linha de entrada Rawson's Retreat Shiraz Cabernet 2011 e 2 vinhos da linha de entrada Koonunga Hill, o Shiraz 2010, tinto com cara de velho mundo e o mais moderno e alegre Chardonnay 2012.


Ainda consegui provar o Santa Helena Parras Viejas 2011, um cabernet sauvignon de vinhas centenárias elevando tudo que se pode esperar de um cabernet chileno.

Mas o melhor ainda não tinha chegado, foi quando o sommelier Max puxou um grupinho de degustadores sedentos e abriu algumas jóias da casa em 3 seqüências extraordinárias.

Veja no próximo post, não perca! 

MondoVinho curtindo o local e sua incrível vista








4 comentários:

  1. O seu MONDOVINHO,
    Então você tira uma foto com a celebridade aqui e não posta a mesma? Eu hein...rsrsrsrsrs.
    Ficou ótimo o post.
    Bjks

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  2. Parabéns pela excelente descrição do evento. Mário acertou em cheio como sempre. Faltou comentário sobre os de sobremesa. Faltou o crédito da foto do grande blogueiro italiano.Um abraço. Tom

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    Respostas
    1. Verdade, Tom. Mas vou deixar os de sobremesa para o prox. post, para finalizar o evento (como de fato aconteceu).
      Obrigado mais uma vez pela contribuição (e pela foto!)
      Grande abraço!

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