Desta vez o WineBar lançou um desafio nada fácil, mas ao mesmo tempo estimulante. Numa iniciativa
conjunta com a Wines of Argentina,
os “eleitos” receberam a “missão” de harmonizar vinho e música. Mais
precisamente, recebemos duas diferentes garrafas de vinho - argentino,
obviamente - e uma lista de músicas - mais de 100 - selecionadas pelo
wine-blogger e músico Mauricio Tagliari, para brincar e acertar uma trilha sonora do vinho degustado (ou uma
trilha gustativa do som escutado).
Eu recebi dois
brancos, sendo um tranqüilo e um espumante.
O primeiro foi o Elsa
Bianchi Torrontés 2012. Um vinho jovial, perfeito para aperitivos,
refrescante e gostoso. Ideal para dias de verão, este é o clássico branco para
beira de piscina. Na verdade, pessoalmente, mais que piscina me remeteu logo à
praia. Seu baixo teor
alcoólico e alta acidez o tornam companheiro perfeito para dias ensolarados e
brisa marina batendo no rosto. Perfeito tanto nos baldes de gelo e taças de
cristal dos decks das praias mais badaladas do mundo, quanto em um estilo mais
simples tipo cadeirinha, copo plástico e bolsa térmica. Então vai um som que
acompanha bem as duas situações: uma música bem brasileira, ma que se tornou
sucesso internacional: “Já sei namorar” dos Tribalistas. Música festiva, mas
com um toque de doçura, que anda de mãos dadas com o açúcar residual da própria
Torrontés. Inclusive esta era a música mais tocada nas praias na primeira vez
que vim ao Brasil, então pra mim tem até uma conotação afetiva especial.
O segundo vinho foi
um espumante, o Finca La
Célia La Consulta Brut. Um corte de Chardonnay e Semillion
elaborado com método Charmat. Um espumante pra mim que fica no meio do caminho
entre exuberante e elegante; nem tanto para comemorações, nem tanto para um evento
de gala ou encontro romântico chic. É um vinho pra mim mais para juntar pessoas
de uma forma descontraída, tipo uma reunião tranqüila entre amigos ou com os
respectivos parceiros, sem outros pretextos a não ser o de ficar juntos. Por
isso, eu imagino uma trilha de fundo macia e relaxante, e a minha escolhida é
“Let’s stay together” do mítico Al Green. Muito soft, mas não chega a ser uma ballad de chorar, é quase um mid-tempo, que acaricia os ouvidos da
mesma forma que as borbulhas acariciam o palato. E já somente o título é um resumo da idéia (de ficar juntos) que o
vinho me passou, então let’s stay
together!
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