Recentemente participei de uma degustação, promovida pela
Casa Flora, da vinícola italiana Poderi Luigi Einaudi.
Quem gosta de história sabe que o Luigi Einaudi é
considerado um dos pais fundadores da Itália moderna, tendo sido o primeiro
Presidente da Republica da 1ª Constituição de 1948, ainda hoje em vigor.
Mas muitos não conhecem a paixão que Luigi Einaudi tinha por
vinho e que com somente 23 anos de idade ele adquiriu uma pequena propriedade em
Dogliani, na região de Piemonte, que logo converteu em vinícola. Seguindo
a carreira política, obviamente não pude se dedicar totalmente ao vinho, tendo
deixado a família cuidar dos negócios, mas mesmo quando Presidente ele fazia
questão de aparecer nos vinhedos pelo menos uma vez por ano para acompanhar a
colheita.
Hoje em dia a vinícola é bastante renomeada e seus vinhos
são apreciados e bem pontuados pelas maiores publicações italianas e
internacionais.
No caso, degustamos 4 rótulos.
Começamos por um Langhe
D.O.C. 2009. Os vinhos da denominação são considerados como irmãozinhos dos
Barolos, sendo vinificados com a mesma casta (nebbiolo) e nas mesmas colinas.
As únicas diferenças com o irmão mais célebre é o micro-terroir (muito mais
restrito segundo os regulamentos da denominação) e o tempo de maturação em carvalho. De fato
este Langhe mostrou todo o potencial e as características da casta, ao mesmo
tempo delicada e complexa.
A seguir, um Barbera
que leva a denominação Piemonte D.O.C. por não ser produzido nas áreas tradicionais
de Alba e Asti, mas não por isto de qualidade inferior. Aliás, o vinho é muito gostoso
mesmo, com ótima fruta e uma refrescante acidez, perfeito para gastronomia. 100%
Barbera, de safra 2009 com estágio de 12 meses em carvalho (tonéis e barricas).
O terceiro foi o vinho mais representativo da vinícola, feito
de uva Dolcetto, pois é justamente no território de Dogliani que esta casta alcança
a melhor expressão. Este Dogliani Superiore
D.O.C.G Vigna Tecc 2009 vem em de uvas dolcetto dos melhores vinhedos, um vinho
de média guarda e boa complexidade.
Fechando com chave de ouro, um Barolo D.O.C.G. Terlo de
safra 2006. Elegantérrimo e complexo, um show de aromas (especiarias, trufas, couro)
e sabor delicado, mas estruturado. Envelhecido por 30 meses em carvalho, estava
já pronto, mas deve ficar melhor ainda nos muitos anos de vida que tem pela
frente.
Os primeiros três têm um custo médio de R$80-90, já o preço
do Barolo é de cerca R$180.
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