Quando o sempre atento amigo Tom Meirelles me apresentou
este vinho fiquei bem curioso, pois não tenho lembranças de pinots lusitanos. Inclusive na última edição da Expovinis em São Paulo
visitei o estande da importadora e provei uns vinhos da vinícola em questão (DFJ), mas
não lembro de ter experimentado este rótulo.
José Neiva Correia, um dos enólogos que mais assinou vinhos
em Portugal, resolveu fundar a sua própria empresa em 1998 e hoje possui 33
marcas com uma produção anual de 6 milhões de garrafas, 90% delas exportadas,
especialmente na Inglaterra onde a vinícola é uma das líderes do mercado.
Vamos ao vinho: DFJ Grand' Arte Pinot Noir 2006. De fato não
é comum encontrar um Pinot Noir em terra português e quando vi que a garrafa tinha
mais de 8 anos fiquei um pouco duvidoso sobre o estado do líquido. Mas fui
pontualmente desmentido pela prova, afinal a linha Grand Arte é uma das
super-premium da vinícola, e o vinho tinha ainda fôlego para evoluir mais.
Da região de Lisboa, precisamente Estremadura, é um varietal
100% que estagia 9 meses em barricas de carvalho francês, mais 3 meses em
garrafas antes da comercialização.
O vinho é bastante estruturado e complexo tanto no nariz
quanto na boca, percebem-se notas de evolução, mas, como disse, continua firme e forte. A fruta silvestre evolui para couro, cacau, canela e toques defumados. Na boca
é potente e mais encorpado que os demais pinots, com textura aveludada e
taninos macios. A boa acidez permitiu a conservação e o final persistente
fecha belamente este tinto diferente e muito interessante.
Vinho:
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Grand' Arte Pinot Noir
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Safra:
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2006
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Produtor:
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DFJ Vinhos
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País:
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Portugal
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Região:
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Lisboa – Estremadura
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Uvas:
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100% Pinot Noir
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Alcoól (Vol.)
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14%
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Importadora:
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Lusitano Import
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Custo médio:
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A Quinta |
Os vinhedos de Estremadura |
O enólogo/proprietário José Neiva Correia |
Tem vinhos que só podem ser degustados com os grandes apreciadores. Esse, em especial, foi degustado com duas pessoas que não apreciam os "Pinots" e foi bem elogiado por ela que como elogio disseram "não parecer Pinot". Boa experiência. Um abraço. Tom Meirelles
ResponderExcluirMuito bem colocado, Tom. Tinha esquecido de citar este detalhe importante. Obrigado sempre. Abraço
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDescobri seu blog recentemente e estou muito interessado nas matérias passadas e nas futuras. Parabéns, ganhou um seguidor, ávido por aprender cada vez mais sobre esse maravilhoso mundo. Tomo vinho há alguns anos, mais em 2014 resolvi mergulhar de cabeça. Grande abraço, FP.
ResponderExcluirFrederico, muito obrigado pelo seu comentário. Fico muito feliz com suas gentis palavras: pra mim é uma enorme satisfação poder contribuir.
ExcluirForte abraço!
Acompanho as ideias e vontades do Frederico.
ResponderExcluirPor isso ajudei a criar a wivini
Em relação aos vinhos da Estremadura aconselho o Chocapalha Reserva Tinto Vinha Mãe
Cumprimentos