Como anunciado, semana passada foi a vez do Zahil Saber
Viver. No Rio o show room de vinhos aconteceu nos salões do celebérrimo
Copacabana Palace. A organização perfeita e a limitada quantidade de convidados
fizeram que o evento se tornasse muito agradável mesmo. Uma farta mesa de
antepastos gostosos e ainda os garçons circulando pela sala com pratos quentes
complementaram excelentemente os rótulos degustados. Mas o entusiasmo de poder
circular livremente pelas mesas sem as multidões de taça erguida foi reduzido pela
ausência dos produtores e também de muitos dos rótulos tops da importadora. De
qualquer forma o evento foi bem arranjado e a falta dos produtores foi
compensada com uma divisão dos rótulos em ilhas temáticas (por País ou por
tipologia de vinho).
Seguem os meus destaques.
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A recepção do evento antes do começo |
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Arrumando o buffet |
Entre os espumantes o brasileiríssimo Brut do Don Abel e o impecável Drappier Carte d’Or (talvez o Champagne que tenho mais bebido na minha vida).
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Espumantes |
Dos vinhos da minha terra itálica Tenute Rubino mostrou um Primitivo diferente (por não ter muito
corpo e extração de cor e, sobretudo baixo teor alcoólico pela denominação: 13%);
Boa compra é o alegre Silice da
toscana Sangervasio (R$61). Destaque absoluto para Altesino com seu Rosso (R113) e Brunello di Montalcino, grandioso
(talvez o melhor do evento, mas a little expensive: R$400).
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Os conterrâneos |
Indo para a França: dos brancos um Bordeaux (notoriamente
terra de tintos) se destacou sobre os brancos borgonheses: o “G” de Guiraud. Entre os tintos, uma
boa compra é o Chateau de Mauves
(R$95), já o ótimo Chateau Clarke
(Cru Borgeoiuse de Listrac) requer um investimento maior (R$300) e o
elegantíssimo Aloxe-Corton de Roux
Père et Fils ainda mais (R$373,00). Mas dos franceses o que mais me
impressionou foi um rosé (e olhe que eu não sou fã de rosé) delicado e
complexo, o Château de Pibarnon, da
prestigiada denominação de Bandol (Provence): o vinho é uma delícia, mas nada
barato (R$230).
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Bordeaux e Borgonha |
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O sensacional Chateau de Pibarnon |
A importadora também possui uma boa representação de vinhos
portugueses, entre eles o Duque de Viseu Tinto da Quinta dos Carvalhais (R$74) do Dão e o alentejano Herdade do Peso Colheita (R$116), mas o
destaque vai para Casa Ferreirinha
do Douro com seu Callabriga (R$197) e o excelente (e caro) Quinta da Leda
(R$360).
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Portugal |
Da Espanha apreciei bastante o Aster Crianza da Ribera del Duero (R$180) e 2 vinhos da prestigiada
La Rioja Alta: o Viña Alberdi Reserva (R$172) e o
Viña Ardanza Reserva (R$295).
Do Chile destaque para a
Aquitania, sobretudo o Chardonnay
Sol do Sol (R$168) e o Cabernet sauvignon
Lazuli (R$ 140); nota de mérito também para o excelente Sauvignon
Blanc Cipreses da
Casa Marin
(R$175,00). Mas quanto ao Chile, a cena foi roubada inteiramente pelos vinhos
da
Clos Quebrada de Macul: o Alba de
Domus (R$ 175), o Stella Aurea (R$247) e o
Domus
Áurea (R$ 332) são 3 cortes franceses de rara precisão e elegância. O último
particularmente é sensacional e sua complexidade o deixa diferente em aroma e
sabor a cada fungada e gole (veja
aqui uma matéria especifica sobre este
vinho).
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Aquitania |
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Casa Marin e Volcanes de Chile |
A Argentina também foi bem representada, principalmente pela
Rutini: seu Merlot é bem
interessante e o Antologia é um “malbecão”
(com pequenas parcelas de petit verdot e syrah) no clássico estilo encorpado
mendoncino; porém gostoso.
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Rutini |
Ainda teve tempo para um bom Pinot Noir da Nova Zelândia, o
da Framingham e os shiraz autralianos da D'Aremberg; um tinto do Líbano, o
Chateau Kefraya e uma parceria
franco-sulafricana Rupert &
Rotschild, com tintos de cara bem bordales, mas definitivamente overpriced
(o Baron Edmond, por exemplo, custa R$320!)
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Líbano e Africa do Sul |
Finalizando com um digno representante brasileiro,o já
citado Don Abel. Ele produz pra mim
um dos melhores vinhos do País, o Cabernet Sauvignon Rota 324 (honestos R$69),
mas a linha reserva também garante satisfação, especialmente o Merlot (R$44); e
se gosta de branco tem um belo Chardonnay (R$ 39).
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O brasileiro Don Abel |
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O lindo salão do evento |
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