O icewine (vinho do gelo) é aclamado
como um dos grandes vinhos do mundo e considerado pelos wine-lovers como um
verdadeiro presente de inverno.
Originário das regiões frias da Europa (principalmente da Alemanha, onde é conhecido como eiswein), é no Canadá,
especialmente nas regiões de Ontário e British Columbia, que achou seu terroir ideal. As uvas já maturas no
começo do outono são deixadas intactas nas plantas até a chegada do rígido
inverno canadense acompanhado por seu gelo intenso. Desta forma a fruta fica
desidratando naturalmente, concentrando sabor, aroma, ácidos e sobretudo
açucares. A temperatura que desce até 10° negativos congela as uvas até
solidificá-las, o que torna a colheita, que geralmente é feita à noite, uma
tarefa ainda mais difícil. O rendimento do mosto (altamente concentrado) é baixíssimo, cerca 10-15% do normal, pois a maior parte de água é descartada em
forma de cristais de gelo. Todo este processo torna inevitavelmente o vinho
caro, mas a recompensa costuma ser valiosa, dando como resultado um vinho de
sobremesa de alto nível e diferente dos demais.
A Inniskillin é
uma das vinícolas mais importantes e premiadas do Canadá, produz tradicionais
vinhos tranqüilos na península do Niagara e no vale de Okanagan, mas é com seus
icewines que ganhou fama mundial (especialmente
depois de ter ganho o Grand Prix de honra na Vinexpo de Bordeaux).
Provei recentemente um Riesling
2007 da casa e foi pra mim um dos mais interessantes vinhos de sobremesa já
provados ever. É um vinho de
sobremesa, claro, mas a característica principal não parece ser a doçura, pois
é balançada magnificamente por uma vibrante acidez, que o torna perfeitamente
equilibrado. Os aromas são muito intensos, de limão, abacaxi, mel, damasco,
nozes. Na boca é um veludo, complexo, confirmando em camadas os sabores
sentidos no nariz. E a doçura final, como disse, “neutralizada” por um grande
frescor: o resultado é um sabor acídulo-adocicado, bem diferente e gostoso. Vai
ficar na minha memória talvez mais que o Yquem ’97.
Não tenho rastos deste vinho importado no Brasil - se encontrar aconselho vivamente a prova - no meu caso foi trazido diretamente do Canadá e
custou cerca de U$ 80,00 a
meia garrafa (375 ml).
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirFlavio, desculpa! Sem querer deletei seu comentário (cliquei em excluir ao invés de responder....estou ficando velho!) Mil perdoes!
ExcluirDe qualquer forma concordo plenamente sobre as garrafas bonitas.
Na Itália temos um ditado que fala: "anche l'occhio vuole la sua parte", ou seja, os olhos também merecem ser premiados.
Obrigado mais uma vez!
Grande abraço!
Grande Mario!
ExcluirNão se preocupe...rs. Já fiz isso algumas vezes. E depois que a gente exclui não tem mais volta...rs. A reação é uma só: A gente põe a mão na cabeça, faz uma careta e solta aquela expressão clássica...rsrs.
Só para os seus outros leitores saberem, eu comentava sobre a beleza das garrafas jateadas dos Icewines canadenses, com fundo grosso, que complementam a bela qualidade do líquido dentro delas.
Gostei do ditado, e concordo plenamente!
Grande abraço!
Flavio
Grande Flavio!
ExcluirAinda bem que vc entendeu...E entendeu mais ainda a reação, foi isto mesmo...! rsrsr
Ai está o seu comentário a beneficio dos outros leitores, aliás , leitores recomendo muito a leitura do blog do do amigo Flavio, é muito bom. Confiram aqui:
http://vinhobao.blogspot.com.br