Desde
sempre, a necessidade de conservar o vinho em um recipiente capaz de mantê-lo
em boas condições e de consentir também o transporto é ligada à produção de
vinho em si.
A
escolha mais moderna, que teria origem nos meados do século XVII, é a garrafa
de vidro, mas foi somente um século depois que as garrafas começaram a pegar a
aparência atual.
Hoje em
dia é o recipiente ideal para armazenamento e afinamento do vinho, mesmo tendo
quem aponta que em breve será substituída por garrafas
PET (rezamos que não aconteça!).
O
formato das garrafas é modelado para dar características físicas apropriadas
para armazenagem e ao serviço do vinho. Cada garrafa é formada pelas seguintes
partes: gargalo, pescoço, ombro, bojo e base.
A base é
muitas vezes modelada com uma forma um tanto côncava. Esta concavidade (maior
ou menor ou até ausente, dependendo dos casos) tem uma útil função
especialmente para vinhos envelhecidos que contêm sedimentos (borra): em
posição vertical os sedimentos vão se depositar ao longo do anel criado pela
concavidade. Desta forma a decantação será facilitada, pois os sedimentos terão
bastante dificuldade a voltar em suspençao.
Os ombros também
são importantes para o serviço e decantação do vinho. Ombros acentuados são uma
eficaz barreira para os citados sedimentos. Durante o serviço os depósitos
serão retidos pelos ombros, permitindo um melhor controle das operações de
despejamento da garrafa para a taça ou decanter.
O pescoço é
a parte mais estreita da garrafa, acima da qual o gargalo tem a
função, além de evitar que a garrafa escorregue da mão, de dar maior força e
estrutura no local onde é colocada a rolha. Ademais, no caso dos espumantes, a
forma ajuda a manter firme a gaiola metálica que segura a rolha.
As
formas derivam basicamente da tradição dos lugares onde as garrafas eram
produzidas.
Seguem
os tipos mais comuns (confira a imagem abaixo):
-Bordalesa:
Como o próprio nome sugere é originária de Bordeaux. Bojo cilíndrico, ombros
bastante acentuados e pescoço não muito comprido. É a mais comum e versátil,
usadas para tintos e brancos.
-Borgonhesa:
Originária da Borgonha tem bojo mais largo em um formato quase cônico, com
ombros muito delgados é usada largamente para brancos e tintos. Uma variação é
a Albeisa usada no Piemonte para os tintos, é muito similar, muda
apenas a inclinação dos ombros.
-Renana:
o nome vem da região do Reno, na Alemanha. Com bojo delgado e alongado, mais
alta que as outras é usada exclusivamente para brancos. A Alsaciana é
muito parecida, somente um pouco menor.
-Champagne:
da homonímia região francesa usada para vinhos espumantes, é muito semelhante a
Borgonhesa, mas de vidro mais espesso, para suportar melhor a pressão interna.
-Do
Porto: da homônima região é mais baixa e com ombros bem acentuados. Usada para
vinho do Porto e outros fortificados, como Xerez ou Marsala, onde porém é um
pouco mais alta.
Depois das caixinhas Tetra Pak, ainda querem nos ameaçar com vinhos em garrafas PET ?!? Arrrrrrrrgggggghhhhh !!!!!!!!
ResponderExcluirDemorei a responder, mas a verdade Nivaldo é que em Santiago, no Jumbo mais precisamente, já se encontra Concha y Toro em embalagens Tetra.
ExcluirPois é Nivaldo,
ResponderExcluirTomara que não!
Caso não tenha lida a matéria completa sobre o futuro de plástica: http://mondovinho.blogspot.com/2010/11/o-futuro-e-de-plastica.html
Abraço!