Uma volta ao passado que soa como novidade: os Brunellos estão abandonando a barrique.
Como vimos neste post, a tendência de envelhecer vinhos em pequenas barricas de 225 litros (resultando em vinhos cheios de madeira) está mudando e até os famosos Brunellos di Montalcino estão fazendo um passo atrás, voltando a usar grandes tonéis de carvalho.
Como afirma a Valerie Lavigne, enóloga francesa da celebrada vinícola toscana Cinelli Colombini, e professora na mais famosa universidade de enologia do mundo, a de Bordeaux, “é verdade que o vinho quanto mais concentrado e rico em compostos fenólicos suporta melhor os pequenos recipientes em madeira, mas o fato que ele resiste a excesso de madeira não significa que seja justo impô-lo. O Brunello tem que maturar em carvalho pelo menos 2 anos. Para um armazenamento tão longo, o produtor deve escolher um recipiente que lhe permita beneficiar das vantagens associadas à utilização de madeira (oxigenação, clarificação, aromas e sabor) , preservando ao mesmo tempo a personalidade do vinho (frutas, frescor e equilíbrio). A madeira não deve dominar o vinho, ela tem que permanecer um suporte”.
Usando uma metáfora gastronômica, a madeira é como um pãozinho que acompanha um prato, ou melhor, no Brasil podemos compará-la a uma farofa que acompanha uma carne: ela é justamente de suporte, mas não pode sobressair no sabor.
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