Podem ir se despedindo das tanto amadas barricas de carvalho, pois está chegando a tecnologia que quer acabar com elas: o tanque que respira.
O australiano Tony Flecknoe-Brown, engenheiro mecânico e ex dono de vinícola em Yarra Valley tem sido pioneiro na introdução dos tanques plásticos Flextank, que estão querendo que o mundo da enologia chute a tradição do lado.
Neste inovativo sistema um polímero especial permite que uma quantidade controlada de oxigênio passe para dentro do tanque, de forma semelhante à como acontece com barricas de carvalho para a maturação dos vinhos.
De acordo com os fabricantes os tanques Flextank são capazes de aportar sabores, taninos e aromas, e são muito mais econômicos do que barricas de madeira e inclusive mais rentáveis no tempo, pois não precisam ser substituídos anualmente por tanques novos.
Cerca de 625 vinícolas na Austrália já estão usando Flextanks em vez de carvalho:como aconteceu para o screw cap, os Australianos são os menos ligados em tradição, em favor do baixo custo.
Mas será que isso se reflete também na qualidade do vinho?
Como sempre é o custo que vai decidir. Mas já reparou que, apesar de tudo, os vinhos australianos não são nada baratos por aqui?
Pois é, Mario, você fez um comentário interessante - as vinícolas australianas fazem um esforço danado pra reduzir o custo dos seus vinhos, mas eles continuam chegando a nós, consumidores brasucas, a peços caríssimos ... quem será que está ficando com essa diferença de renda ?
ResponderExcluirIsso evidencia um velhíssimo conceito - não basta reduzir os custos, é preciso rediscutir concomitantemente a nova partição de valores da cadeia, né ? Se só um dos agentes abocanha todo o ganho, o jogo fica meio sem graça ...
Abraços !
Nivaldo,
ResponderExcluirSeu comentário é muito pertinente: muitos importadores não querem diminuir os lucros e um vinho cuja qualidade foi reduzida para reduzir os custos chega aqui ao mesmo preço de sempre (se não mais caro!)...faz sentido pra gente comprar um vinho destes?
Grande abraço