Ou seja: a garrafa que decanta.
A idéia de servir o vinho decantando-o ao mesmo tempo é uma daquelas fáceis de vender, pois oferece a inestimável vantagem de poupar tempo, algo que os restaurantes, por exemplo, sempre tem curto.
Não é por acaso que a patente seja nascida justamente em um restaurante, o Galileo, na Galiza, juntando a cooperação do chef espanhol Martin Berasategui (3 estrelas Michelin), do qual o produto leva o nome, com mais 2 sócios (o Cristóbal Berzosa do restaurante Bodega Boecillo, e o chef meu conterrâneo Flavio Morganti).
Este sistema self-decanting é a prima garrafa tecnicamente estudada para segurar os depósitos no fundo, sem qualquer outra intervenção externa.
Esteticamente a garrafa apresenta uma dupla base comunicante. O espaço entre os dois fundos, criado pelo encolhimento da garrafa perto da base, mantém o depósito de vinho quando for colocar o conteúdo na taça.
As análises de laboratório mostram que o MBS é natural e eficaz, sem prejudicar a qualidade do vinho. Além de ser uma vantagem para o consumidor, que não vai precisar decantar mais, ajuda o trabalho dos sommeliers e dos enólogos também, que podem assim evitar de clarificar e filtrar demais até os vinhos jovens prontos para o mercado.
Parece que vários produtores espanhóis e bordaleses já adotaram o sistema Berasategui, até para azeites e licores.
A minha opinião é que além de ser um pouco feinha, a garrafa, se é verdade que resolve o problema dos depósitos, ainda não resolve o da areação.
De qualquer forma vamos esperar pra ver se for o caso de escrever um novo capítulo sobre a evolução da garrafa de vinho.
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