Recentemente fui convidado para um jantar na casa do amigo enófilo (e colecionador) Rodrigo, que é também um ótimo chef. Ele queria degustar uma garrafa, eu fiz questão de levar uma outra minha e afinal acabamos tomando até uma terceira que não estava programada!
A viagem enófila partiu dos Estados Unidos, passou pela Itália e acabou na Espanha!
Abrimos as danças com antipasto de beringelas com pimentão e um belíssimo exemplar de Napa Valley: um Cabernet Sauvignon 2006 da Sequoia Grove.
Não tenho traços desta vinícola no Brasil, mas é bastante conhecida nos EUA, onde goza de ótima reputação.
Este cabernet sauvignon (100%), maturado por 18 meses em carvalho, mostrou bastante complexidade e dos californianos que já provei com certeza está entre os que têm mais cara de Velho Mundo. Boa fruta, também algo vegetal e herbáceo, boa madeira e taninos finos (Wine Enthusiast 93 pontos)
Voto gringo: 8
Seguimos com um penne ao pomodoro, basilico e búfala (deliciosos, por sinal!) e atacamos o vinho que eu levei e que por enquanto estava decantando: Tua Rita Giusto di Notri 2001.
Um Supertoscano de elite. A vinícola é entre as mais celebradas e premiadas da região e este exemplar que tomamos foi espetacular.
Corte clássico bordalês de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc mostrou uma evolução, mas ainda uma boa fruta e foi somente melhorando ao longo do jantar. Aroma de amarena, sugeriu o Rodrigo, de couro, de grama cortada e de defumado. Muito sedoso na boca, com boa acidez e madeira (18 meses) perfeitamente casada com os taninos. Final longuíssimo. Um vinhaço.
Voto gringo: 9
E entre uma conversa e uma garfada, o vinho se foi antes do esperado, quando fomos repetir a dose de massa tivemos que abrir mais uma garrafa e o Rodrigo escolheu o Protos Reserva 2005.
A rolha já estava quase totalmente infiltrada, mas felizmente o vinho não foi prejudicado. Achei muito bom, de boa complexidade e bastante equilibrado, mas não chegou a encantar, talvez (aliás, com certeza) porque foi “matado” pelo Giusto di Notri que tínhamos acabado de tomar. Acho que se bebido como primeiro ou segundo vinho da noite teria se destacado mais. De qualquer forma um belo tinto.
Voto gringo: 7 ½
Valeu Rodrigo, logo logo vamos repetir!
Notas de compra:
-O Sequoia Grove ainda não é importado no Brasil.
-O Giusto di Notri é importado pela Grand Cru e o da safra mais recente (e menor) de 2005 custa R$ 476,00. A da safra 2001 que degustamos é já considerada uma garrafa para colecionadores (97 pontos pelo Parker): se encontrar deve custar pelo menos o dobro!
- O Protos Reserva 2005 é importado pela Península e custa cerca de R$250,00
Hummm, que noite memorável, hem! fiquei até com inveja. Bravo!!!
ResponderExcluirAbraços.
Leonor,
ResponderExcluirFoi muito bom mesmo.
Obrigado pela visita!
A Leonor tem toda razão - esse foi de dar inveja em nós, pobres mortais .. risos....
ResponderExcluirAbraços
Que isso Nivaldo! Estes pra você são vinhos do dia a dia...! Já quando quiser tomar um melhor você voa diretamente para a vinícola e o toma junto com o dono e o enologo...! rsss ;-)
ResponderExcluirMeu amigo, espero estar compartilhando logo uma boa garrafa como estas com você!
Grande abraço!