Vai se dedicar à família o príncipe dos enólogos italianos.
Giacomo Tachis, a quem devemos vinhos como o Sassicaia, o Tignanello e o Solaia, decidiu se aposentar.
Ainda disputado por vinícolas, pois as suas indicações s podem fazer a fortuna de um vinho, Tachis, piemontês, mas radicado há décadas na Toscana, escolheu a vida privada: "Deixo a 77 anos depois de grandes satisfações profissionais. Esta na hora de aproveitar a minha família, meus netos e meus livros”.
Considerado o criador de um renascimento do vinho italiano e inventor dos Supertoscanos, Giacomo Tachis vinculou o seu nome aos grandes tintos de Bolgheri e Chianti.
É um bibliófilo apaixonado e coleciona volumes antigos. Entre uma leitura e outra, prometeu continuar a dar uma olhada à viticultura.
"O vinho nunca vai conhecer crise - diz - porque as pessoas o bebem e vão bebê-lo para sempre".
Tachis, que não quer ser chamado de príncipe dos enólogos e se define "um humilde mesclavinho", afirma que o aspecto mais importante está em não alterar a natureza: "Nós respeitamos a natureza e a simplicidade do vinho. Portanto nada de química como é praxe hoje, e cuidados com a genética porque a natureza se rebela.”
”Existe vinho de pobre e vinho de rico. O vinho do pobre é o vinum operarium, feito simplesmente pelo camponês, que nasce do sentimento e que está mais perto da natureza. O agricultor serio faz o vinho como ele sente e a inspiração vem da campanha e da a harmonia alcançada com ela, assim que o vinho venha da mão do homem como a natureza quer. "
"O vinho do rico, ao contrario, é feito com técnicas sofisticadas, obtido por meio de decantação particular, microfiltração ou também mentiras tipo osmose reversa e muito mais e aposta em variedades conhecidas, as mais famosas."
Sobre o futuro do vinho nas regiões italianas: "É a vez da Maremma Toscana e do Sul (Campania, Puglia, Basilicata e Sicilia). Em Itália basta querer produzir bem para obter bons resultados, porque há luz, sol, a terra está bem exposta, trata-se de investir e trabalhar".
E no exterior? “Califórnia, Chile, África do Sul, e Argentina vão crescer mais. E a Moldávia”.
Já no velho mundo, Tachis está convencido de que é um lance entre França e Itália: "Os franceses foram mais espertos, mas não são imbatíveis".
Palavra de Mr. Sassicaia.
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