Acaba de ser aprovada na Itália uma medida controversa: um decreto-lei do Ministério das Políticas Agrícolas estabeleceu a disciplina para os concursos enológicos. Entre um mar de blábláblá, o item que chamou atenção e causou revolta para umas categorias é que os júris deverão ser compostos exclusivamente de enólogos titulados e técnicos em enologia com diploma que tenham atuado pelo menos um ano no setor vitivinícola.
Ou seja: nas competições de vinho nada de jornalistas, artistas, intelectuais, formadores de opiniões (menos ainda blogueiros!) para atribuir medalhas.
Uma verdadeira pancada para os aspirantes novos Parker/Sucling/Robinson da vida que vão ver a própria hegemonia sendo redimensionada.
Sinceramente ainda não cheguei a uma conclusão pessoal a respeito.
A medida pode parecer feita especialmente para proteger a categoria dos enólogos, a cada vez mais superados (em influência/fama/renda) pelos jornalistas badalados e supostos experts. Mas a verdade é que uma avaliação feita por um time de especialistas mesmo, acredito ser um fato reconfortante: afinal eles conhecem o produto e os bastidores a partir das raízes da planta até o líquido final no copo e certamente a análise será mais confiável.
Por outro lado, temos que pensar na liberdade de opinião dos cidadãos comuns, que não tem menor interesse na manufatura do caldo ou em degustações técnicas, mas sim querem saber simplesmente se o vinho tal é bom ou ruim.
E vocês de qual lado estão?
Estava na hora de colocar ordem na casa,que começe pela Itália e se espalhe pelo mundo.
ResponderExcluirMario
ResponderExcluirTu mesmo mataste a charada, assim disseste: Mas a verdade é que uma avaliação feita por um time de especialistas mesmo, acredito ser um fato reconfortante: afinal eles conhecem o produto e os bastidores a partir das raízes da planta até o líquido final no copo e certamente a análise será mais confiável.
Por outro lado, temos que pensar na liberdade de opinião dos cidadãos comuns, que não tem menor interesse na manufatura do caldo ou em degustações técnicas, mas sim querem saber simplesmente se o vinho tal é bom ou ruim.
Ora, se a para conceituar um vinho, cada qual tem sua opinião e que a liberdade de expressão seja respeitada ao máximo. Já dizia o filósofo Voltaire: Não concordo com tua opinião, mas vou respeitar o direito de expressá-la, seja onde for.
Mas, no quesito técnico, medalhas, processos de elaboração, capacidade de guarda e outros quesitos, SOMENTE QUEM ENTENDE DA RAIZ À GARRAFA, aí, meu caro, somente quem põe a mão na massa.
Mas, por outro lado, veja o que disse meu amigo que viajou para a Itália e seguiu nossas dicas:
Prezado Peter, pós retornar de viagem ao sul da Itàlia e conseguir colcar as coisas em dia, consegui voltar ao blog.Primeiro quero agradecer as dicas de vinhos tua e do Mauro do MondoVino,dizendo que provei todos da lista,Montevetrano,Taurasi Cinque Querce,vários do Mastroberardino.O ùnico que nao encontrei em lugar algum foi da Clèlia Romano.Por outro lado conheci dois brancos muito peculiares, cheios de personalidade propria:Um chama-se Fiordiuva da Marisa Cuomo, de Furore, na costiera amalfitanae um siciliano do sul do Etna, chamado Pietramarina se nao me engano o produtor chama-se Benanti e o en`logo è o prestigiado Mauro Salvo.Recomendo-os.Encontrei numa pequena enoteca em Frasacati a jòia da Ligùria(Cinque Terre) o passito Chachetrâ,porèm alèm das minhas poucas posses, a 130,00 euros a garrafa de 350 ml.Esse fica para quando ganhar na mega.AbraÇos e precisamos marcar um fim de tarde na enoteca.
Um abraço fraterno
www.alemdovinho.wordpress.com
chega de arroz de festa, blogueiro que nao tem o que fazer, "publicitarios", aspones, e gente inutil que nao faz nada pelo vinho. otima atitude.
ResponderExcluiradorei.
Peter,
ResponderExcluirObrigado por “iluminar” mais uma vez o blog.
Pelo visto o seu amigo levou a sério as minhas dicas: que bom, fico feliz de ter ajudado.
O Benanti também é um ótimo produtor, recentemente tomei um Etna Rosso, vou falar em breve por aqui.
Grande abraço!
Prezados leitores anônimo(s), obrigado por visitar e comentár.
ResponderExcluirAbs!
Mário, nem tanto o céu, nem tanto a terra.
ResponderExcluirNão poderiam ser dois eventos distintos? Um para enólogos, outro para palpiteiros profissionais com datas bem separadas, mas bem antes de qualquer comprador.
Marcelo,
ResponderExcluirAcho difícil, pois, além da dificuldade organizativa dobrada, seria uma competição na competição. Mais fácil talvez um único evento com júri composto por enólogos e “palpiteiros profissionais” (gostei desta!) em igual número.
Muito obrigado pela visita e pelo seu comentário.
Abraço!