Este vinho me foi servido na classe executiva da Tam durante minha recente viagem Rio de Janeiro - New York.
Tinha outras excelentes opções como o espanhol Ysios (já provado em uma anterior viagem - muito bom, por sinal) e uns belos riesling alemães, mas como o Jean Luc Thunevin parece ser “o cara”, resolvi experimentar este Domaine Fayat-Thunevin - Lalande de Pomerol.
Para quem não conhece a história do Thunevin, vou resumir aqui brevemente: ex dj e ex dono de restaurante chinês em Saint Emilion (Bordeaux), resolveu montar uma loja de vinho e sucessivamente produzir o próprio em um pequeno lote de terra atrás da própria casa. Sem conhecimento em enologia, somente com conselhos de amigos, produzia vinhos na própria garagem de casa até quando “por um acaso” o Michel Rolland estava passando por ali e quis experimentar os vinhos: gostou e consequentemente os desconhecidos vinhos do Thunevin entraram no Olimpio dos grandes vinhos de Bordeaux, recebendo notas altíssimas pelo Robert Parker, que deu para o seu Valandraud notas superiores ao Petrus ou ao Château Margaux da mesma safra. E pela ocasião criou a expressão “vinho de garagem”.
Este vinho custa hoje no Brasil mais de R$ 1.000. Nada mal para quem até os 40 anos de idade não entendia muita coisa de vinho, não é?
Este rótulo por mim degustado no avião é bem mais modesto, mas certamente interessante.
Feito em parceria com o Clément Fayat (Château La Dominique) é um corte de 70% Merlot e 30 % Cabernet Franc. Estagia 12 meses em barricas de carvalho novo.
Devo reconhecer que foi realmente um ótimo vinho: aromas de fruta madura e especiarias quentes, já na boca tem uma boa complexidade, taninos macios e madeira bem integrada.
A coisa que me deixou um pouco perplexo é o rápido decaimento: deixei um pouco na taça para acompanhar a evolução, mas brevemente perdeu aromas e sabores. Não sei dizer se isso tem a ver com a pressurização do avião e com as inevitáveis turbulências, aliás peço para os experts que estão lendo o favor de me iluminar.
De qualquer forma, este vinho se encontra também em terra firme: é importado pela Casa do Porto e custa cerca de R$ 130,00
Voto gringo: 7
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