A idéia é muito simples: quantas vezes já aconteceu que em um restaurante terminou o jantar, mas ainda tem vinho na garrafa? Se pra você uma garrafa é muito e uma taça é pouco, então talvez esta seja uma solução que possa atrair sua atenção.
Vinitaly discutiu um novo estilo de consumo: a partilha de uma garrafa de vinho entre comensais que não se conhecem, mas que têm os mesmos gostos.
Não é certamente fácil de aplicar. O sommelier precisa ter certeza que o cliente caia dentro do perfil adequado. Tem que sondar as diferentes preferências, verificar os rótulos e, em seguida, fazer uma proposta: uma garrafa para compartilhar que satisfaça igualmente gosto e preço.
E obviamente o cliente deve estar aberto e ter senso de ironia, claro. Porque dividir uma garrafa de vinho significa também compartilhar palavras, comentários e piadas, talvez sobre o próprio vinho.
Mesmo sendo uma novidade absoluta, a iniciativa esta tendo já um discreto sucesso nos restaurantes da Toscana por exemplo nas mesas de duas pessoas ou quando o cliente esta sozinho. Isto porque muitas vezes casais ou pessoas que viajam a trabalho renunciam a saborear alguns rótulos porque já sabem que não iriam beber uma garrafa inteira.
Não sei se esta pratica vai se difundir no mundo, mas achei interessante, sobretudo pelo Brasil, vistos os preços muitas vezes absurdos praticados para os vinhos nos restaurantes.
Claro que depende da ocasião (porque se esta querendo um jantar romântico não da...), mas afinal é uma maneira divertida também para harmonizar cada prato com um vinho diferente, economizar, evitar álcool em excesso e também para conhecer outras pessoas, fazer novas amizades e, porque não, até algo mais...!
Mario,
ResponderExcluirHa mais ou menos 10 anos atraz houve esta experiencia de "bottle sharing" em um wine bar na Vila Madalena, aqui em Sao Paulo. Numa lousa estavam listados os vinhos, e os frequentadores se candidatavam a divisao marcando ao lado do vinho seu nome e mesa,alcancado o quorum de 4 a 6 pessoas o sommelier efetuava o servico. Tinha-se a oportunidade de se degustar otimos rotulos em uma comunhao com desconhecidos amantes do vinho. Tenho sugerido esta ideia a alguns donos de bares ,e encontro resistencia na aceitacao, mas nao custa nada relembrar,e derepente vinga. Abracos, Rafael
Rafael,
ResponderExcluirRealmente seria uma esquema bem simples, que poderia ser aplicado facilmente em todo lugar, mas o Brasil, excluindo pouquíssima exceções (como o caso do inovativo e antecipador de tendências wine bar de SP por você citado) é um mercado muito novo para vinhos e a abordagem continua sendo de tipo tradicional. Vamos torcer para que isto mude logo.
Muito obrigado pela visita e pelo seu interessantíssimo acréscimo à matéria.
Grande abraço!