Vinícola boutique e familiar, a Pizzorno produz há 4
gerações vinhos de forma artesanal, a partir de apenas 20 hectares de vinhedos
próprios localizados em Canelón Chico, 20 Km . ao norte de Montevidéu.
Os vinhedos são conduzidos de maneira natural, sem
fertilizantes ou adubos, nem irrigação artificial, com poda verde, rendimento
reduzido e colheita manual.
O seu ícone Primo
2006 foi considerado o melhor tinto de Uruguai pelo guia Descorchados.
Recentemente provamos um 2008, trazido diretamente da
bodega.
É um corte de Tannat,
Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot das melhores uvas da propriedade, que
ainda passam por uma segunda seleção manual, feita bago por bago. As variedades são
vinificadas separadamente, e cada uma matura por 12 meses em barricas de
carvalho francês de primeiro uso, até ser definido o blend final que estagia em
carvalho por mais 8 meses.
O Pizzorno Primo 2008
é certamente um vinho de grande impacto aromático e gustativo. Diferentemente
de muitos vinhos uruguaianos que vivem de certa identidade própria e referência
mais européia, achei neste exemplar as características típicas de vinho novomundista mais marcadas: a abundante fruta em compota, a baunilha, o grande
corpo macio, a potência e os taninos doces remetem mais a tintos argentinos ou
chilenos, mas com muito equilíbrio, nunca enjoativo. Pelo contrário, apesar de não fazer exatamente o meu estilo, o vinho é
bem prazeroso de beber enquanto a boa acidez, junto com os taninos copiosos (embora
maduros) e as leves notas de fumaça e especiarias o tornam um perfeito
companheiro gastronômico.
A vinícola indica um potencial de guarda de 8 anos, nós o
tomamos neste ano, que seria seu sétimo de vida e acredito que vai se manter
bem ainda até o final desta década.
Depois que a Grand Cru descontinuou a importação, no momento
não é possível encontrar os vinhos da Pizzorno nas prateleiras do Brasil. Fica
a dica para os importadores.
Vinho:
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Primo
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Safra:
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2008
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Produtor:
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Pizzorno
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País:
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Uruguai
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Região:
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Canelones
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Uvas:
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Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot
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Alcoól (Vol.)
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14%
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Importadora
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-
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Preço médio
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-
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Avaliação internacional
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-
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Avaliação MV
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** (marcante)
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Um grande vinho que trouxemos para beber com quem gosta de experiências vinhetas novas.Tom Meirelles
ResponderExcluirO que seria das nossas degustações sem a mochila do Tom ;-)
ResponderExcluirMario, esse vinho nao veio na mochila do Tom, e sim na mala da Cynthia.
ResponderExcluirAbraco amigo.
Bruno
Verdade Bruno. Mas foi a mochila que escolheu o vinho....rsrsrs
ResponderExcluirGrande abraço e obrigado pela leitura!
O 2006 era espetacular, provei lá, junto com Carlos Pizzorno e depois com um amigo aqui em Campinas, demais!
ResponderExcluirAbs
Grande Cristiano! Eu não tive este privilégio, gostaria de ter provado o 2006, que pelo visto foi bem superior ao 2008, ou não? De qualquer forma este também não desapontou.
ExcluirEu me pergunto: como é possível que os importadores façam questão de trazer pra cá muito vinho medíocre, e deixam passar os bons como estes...? Vai entender.
Obrigado pela visita, meu amigo!
Grande abraço!
Fiquei na vontade de provar este vinho. Assim que for ao Uruguai, vista rei a vinícola. O pouco que provei de vinho uruguaio, achei muito abaixo de Chile e Argentina. Espero desfazer essa impressão. Att. Fábio
ResponderExcluirFábio, vinho do Uruguai não é muito abaixo de Chile e Argentina, apenas tem outro estilo, que ao meu ver remete muito mais a vinho de velho mundo. Tenho certeza que vai desfazer essa impressão sim, pois tem muita coisa boa por lá.
ExcluirObrigado pelo comentário.
Abraço
Quando deve custar uma garrafa do 2006?
ResponderExcluirNão tenho dados reais, também porque é muito difícil de encontrar, mas acredito que não menos de R$ 800
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