Eu sei, você deve estar pensando: "Pô, depois de falar
sobre Grand Cru Classé e Champagne, agora o MondoVinho vem me falar de
insetos!?!? Só pode estar de s@c@n@gem... ". Pois é, mas quem não ficou antenado
(é o caso de dizer!), não sabe que inseto é a comida do futuro. E estamos falando
de um futuro nem tão remoto: com a crise dos recursos sustentáveis do nosso
planeta, os insetos representam uma segura, abundante e econômica alternativa
para nossa necessidade de proteínas, que antes ou depois teremos que nos
acostumar a consumir. De acordo com a ONU entre o ano de 2020, inseto será
nosso pão cotidiano. A tendência já pegou lá fora, onde em mercados e feiras é
muito comum encontrar estantes com potes de insetos a venda. E também estas “iguarias” já fazem parte de cardápios de
restaurantes mundialmente badalados e chefes estrelados, como os do René
Redzepi do Noma (Copenhague), Heston Blumenthal do Fat Duck (Londres), e até
aqui com os nossos Alex Atala do D.O.M. (São Paulo) e Felipe Bronze do ORO (Rio
de Janeiro), só para citar alguns. Inclusive muitas espécies são facilmente
adquirível no Amazon portanto, mesmo sentindo nojo (é exatamente o meu caso),
temos que aceitar que a realidade é mais próxima do que pensamos. Portanto
vamos adiantar os trabalhos e começar a pensar ao vinho, e com a ajuda desta matéria do Daily Mail, vamos ao primeiro guia de
harmonização vinho-inseto do mundo!
- Escorpião das
florestas asiáticas: os escorpiões têm um forte sabor amargo e normalmente
são consumidos com molho de chilli. Para combinar os sabores, um rosé ou um
pinot noir de bom corpo da Romênia.
- Minhocas: elas são crocantes e com
sabor de avelã, portanto harmonizam com a riqueza e a fruta de um Viogner
australiano
- Tarântula-zebrada:
as tarântulas são normalmente consumidas fritas, portanto pensamos em algo
similar a peixe com batata frita. Um Chardonnay vivo e encorpado vai harmonizar
perfeitamente.
- Larvas do
Escaravelho-vermelho: estes vermes tem um sabor distinto, parecido com o do
bacon, portanto é indicado um tinto musculoso e complexo, como um Shiraz
australiano, cheio de fruta e especiarias.
- Gafanhotos:
lembram o sabor de churrasco e de alguns aperitivos temperados. Um moscatel,
melhor se levemente borbulhante, é uma boa sugestão.
- Gafanhotos com
cobertura de chocolate: o sabor lembra sementes de girassol, mas não
podemos esquecer a doçura do chocolate. Portanto seria indicado um vinho
robusto com muita fruta doce (tipo um Malbeccão argentino ou um Primitivo di
Manduria)
- Barata-de-água:
a carne dentro da barata tem um sabor que remete a vieiras, enquanto a cabeça
tem notas de anis, então é preciso de um vinho que harmonize bem ao mesmo tempo
com frutos do mar e com sabores fortes. A melhor escolha é um Xerez seco fino,
com seus aromas cítricos e palato amendoado.
- Formiga tecedeira: tem um sabor
ácido e crocante, como um limão. Com um branco aromático, como um
Gewürztraminer com boa fruta e notas florais não vai ter erro.
- Grilo: os
sabores são mais difíceis em grilos, por isto eles são quase sempre preparados
com alho e sal. O leve sabor de avelã pede um branco rico e encorpado, como um
Albariño.
- Chapulin (gafanhotos ao alho): tem
um sabor terroso e herbáceo e uma textura muito crocante, portanto é
recomendado um Champagne seco e cremoso.
Pronto, em quanto você processar e
mentalizar as harmonizações para sua rica mesa, me desculpe só um momento: vou
vomitar rapidinho e volto em breve.
tá faltando carne humana
ResponderExcluir