Você deve já ter visto a notícia em jornais, revistas e redes
sociais (eu mesmo a divulguei com orgulho): a Itália volta a ser o maior
produtor de vinho do mundo, sendo responsável sozinha por 18% da produção de
vinho do planeta inteiro. Nesta briga eterna com os primos franceses, os dois Países se
alternam no degrau mais alto do pódio e em 2015 a minha amada/odiada nação
voltou a liderar no quesito do volume produzido.
Mas vamos ver os números um pouco mais de perto, divulgados pela
OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho).
Primeiramente é preciso dizer que a produção global em 2015 aumentou
de 2%, atingindo 275,7 milhões de hectolitros. Como dizemos, no primeiro lugar ficou
a Itália, que cresceu de +10%, com 48,9 milhoes de hectolitros, contra o crescimento da França de
apenas +1% , com 47,4 milhões. Medalha de bronze para Espanha, porém bem distanciada
dos primeiros, com 36,36 milhões.
No 4º lugar um novo recorde para os EUA que atingiram
cota 22,1 milhões.
Os dados divulgados não são definitivos, faltam ainda, por
exemplo, os números oficiais de Russia e China, que numa projeção devem se colocar
respectivamente nas posições 8º e 12º e também do Brasil, que deve se confirmar no 15º lugar.
Aqui na America do Sul se verificou uma situação
contrastante para os 2 Países top: enquanto a produção da Argentina caiu de
12%, a do Chile aumentou de 23%.
Continuando no hemisfério sul, não deve assustar a
queda de -27% da Nova Zelândia, que na verdade voltou a seus números habituais
depois do recorde de 2014, mantendo uma estabilidade ao longo dos últimos anos junto
com a Austrália.
O Velho Mundo registra crescimentos notáveis para
Portugal e Romênia (na casa de +6%) e para Hungria, Áustria e, enquanto
Alemanha e Grécia estão com sinal negativo.
Nem precisa ressaltar que estamos falando apenas em
quantidade, não necessariamente ligada à qualidade. Por outro lado vale lembrar
que anos mais produtivos de maneira geral trazem sim uvas de melhores
qualidades.
Veja a seguir a tabela completa.
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