
Chato mesmo,
mas faz parte. Até então a solução para os produtores evitarem este risco seria
a rolha sintéticas ou a screw-cap (de rosca). Numa matéria
recente vimos até uma nova rolha derivada de cana de açúcar. Mas
testando uns vinhos da Hugel (vinícola da Alsácia) descobri que ela usa uma
rolha que é ‘’bouchonné free’’, e é também de cortiça!
A empresa
francesa Diam desenvolveu uma rolha que é produzida com os melhores
cortes do sobrero, mas que vem processada de forma diferente. As cascas de
cortiça, depois de serem lavadas em água fervente são trituradas e os grãos
nobres são ‘’purificados’’ com o uso de dióxido de carbono. Em determinadas
temperaturas ele chega ao estado chamado de ‘’supercrítico’’ que mistura a
capacidade de penetração de um gás com a de drenagem de um líquido, conseguindo
assim extrair da cortiça todos os componentes responsáveis pelo TCA e qualquer
outra impuridade. Finalmente as rolhas são reconstruídas usando
micro-partículas expansíveis que ligam e vedam perfeitamente um grão ao outro
podendo assim escolher e adaptar qualquer rolha a qualquer tipo de vinho
conforme for pedido pela vinícola.
Além disso a
rolha consegue também que o líquido dentro das garrafas fique igual para todas,
eliminando a diferença sensorial que pode ocorrer entre uma garrafa e outra.
Tudo isso mantendo todos os vantagens e características da rolha tradicional,
principalmente a oxigenação.
A Diam produz
rolhas para vinhos tranqüilos, espumantes e fortificados e algumas vinícolas
que já aderiram ao uso de suas rolhas são: Valdivieso, Trapiche, Billecart
Salmon, Luois Jadot, Ruggeri, e Hugel (entre outras), e a demanda continua
crescendo.
Se isso funciona mesmo convido todas as vinícolas do mundo a utilizar este tipo
de vedação, ou então pelo menos para as garrafas que acabam indo para minha
adega.
Mais detalhes nos vídeo a seguir:
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