Vinopoly

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Confira como foi o Grand Tasting 2012 - Rio


Semana passada fui convidado a participar do Grand Tasting 2012 da importadora Grand Cru. No Rio de Janeiro o evento aconteceu nos espaços do restaurante Real Astoria que goza de uma vista privilegiada sobre a Baia de Guanabara, praia de Botafogo e Pão de Açúcar.

Talvez um pouco mais “light” em relação à edição do ano passado, com menos produtores presentes; por outro lado esta falta foi compensada com a introdução de “ilhas” temáticas, com os rótulos agrupados por temas ou castas.

Inútil dizer que, mais uma vez, dei prioridade aos vinhos do Velho Mundo.

Vou falar logo da melhor compra: o Talenti Zirlo. Supertoscaninho alegre e cheio de fruta: um delicioso corte de merlot, cabernet e petit verdot. Bolso Esperto (R$ 39,00).
Da mesma vinícola também um bom Rosso di Montalcino (R$ 98) e um elegante Brunello (R$ 240).


  
Continuando na Itália, Massolino, do Piemonte: destaque para o Dolcetto, simples e gostoso (R$ 79) e para o Barolo Parussi, de safra 2005, que estava ainda jovem, com taninos muito vivos, mas mostrando todo seu potencial de guarda.


Da mesma região a Tre Donne, com destaque para o Barbera d’Alba Donna Rossa, talvez a melhor relação preço/qualidade do mercado brasileiro para esta denominação (R$ 69).


Da região pouco conhecida de Marche, o Garofoli, apresentou interessantíssimos vinhos. O brancos Verdicchio sobretudo; o Monte Reale Sangiovese compete na categoria Bolso Esperto (R$ 38) e o Grosso Agontano Conero é um vinho de muita estrutura e complexidade (R$ 140).



Da Toscana, os belos Chiantis da San Pancrazio e Viticcio, de alta qualidade e bom preço (de R$ 48 até R$ 135).


E, naturalmente Brancaia, da qual sou fã declarado, que mais uma vez mostrou grande consistência em toda a linha: Tre, Chianti Classico, Ilatraia, e  Il Blu (de R$ 70 até R$ 342).


Ainda os bons proseccos da Bottega dei Poeti.



E para encerrar com o País da bota, o Moscato D’Asti do Saracco, doce natural e frisante, ideal para aperitivos e sobremesas.



Da Espanha, interessantes vinhos de Montsant a base de Garnacha e Samsó (Carignan) da vinícola Celler Besslum: o Xabec e o Besslum (R$53 e R$69) são idênticos em corte e vinificação, sendo únicas diferenças o terroir e a altura dos vinhedos.
Albariño do Don Olegário é um dos melhores brancos espanhóis do catalogo da importadora (R$85), muito aromático e frutado.

Provei também os vinhos do Bierzo da Bodega del Abad e os Rioja  Solar de Castro e Lar de Sotomayor da Domeco de Jarauta.
Mas os espanhol que mais me impressionou foi o Primordium da El Primer Racimo, um tempranillo de pequena produção que mistura potência e elegância de Ribeira del Duero (R$290,00)




Do Chile, a cultuada Santa Rita. A vinícola apresentou seu clássicos Medalla Real (R$ 88) e o ícone Casa Real (R$ 350), passando por um interessante Floresta Apalta Cabernet Sauvignon (R$ 150) e o Triple C (corte de carmenere, cabernet sauvignon e cabernet franc – R$180), que eu não conhecia ainda.


A Matetic, adepta ao cultivo orgânico e biodinâmico. Destaque para o EQ Chardonnay, o branco que mais gostei do evento inteiro (R$ 89) e para o Corralillo Winemaker’s Blend (R$ 89).



Da Argentina, um nome sobre todos: Viña Cobos. A vinícola do Paul Hobbs, tem uma impressionante linha que dispensa comentários, do Felino (R$70) até o fenomenal Bramare Marchiori Vineyard (R$395).


Dos hermanos ainda destaco dois malbecs: o elegante Malbec Gran Reserva do Humberto Canale, procedente do Rio Negro/Patagônia (R$98) e o encorpado San Pedro de Yacochuya, da região de Salta.

Ainda tive tempo para uns australianos da Heartland de bom custo/benéfico e de uns franceses menos acessíveis. O Chassagne-Montrachet 1er Cru Les Calleirets do Amiot Guy é um interessante branco muito mineral, mas nada barato (R$360).


O Brut Excellence da Gosset é um bom champagne, mas me decepcionou um pouco quanto a complexidade (R$220)

Fechando com chave de ouro, um belo Châteauneuf-du-Pape, o Cuvée des Cadettes de La Nerthe ótimo, mas um pouco over-price (R$ 490)


Enfim, embora faltaram bastantes rótulos da importadora (sobretudo muitos tops), o evento foi ótimo, e, sobretudo, com número adequado de participantes em relação aos vinhos disponíveis, o que possibilitou a conversa com os produtores, facilitando a degustação.

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