É assim que se define o Domaine
de Chevalier, por estar localizado em uma clareira no meio de uma floresta
que protege as videiras de temperaturas extremas.
Grand Cru Classé de
Graves, o château fica em Pessac-Leognan que apesar de ser terroir de
grandes tintos (Haut-Brion lhe diz algo?) é certamente área de destaque para os
brancos de Bordeaux.
A vinícola funda suas raízes no século 17, quando era
chamada de Domaine de Chivaley, que significa cavalheiro em antigo gascão,
dialeto franco-catalão (a vinícola faz fronteira com uma antiga trilha que os
peregrinos usavam – e ainda usam - rumo a Santiago de Compostela), mas foi em
1865 que nasceu oficialmente o Domaine
de Chevalier. Em 1983 foi adquirido pela família Bernard, principal negociant
de Bordeaux, que logo começou a ampliação e modernização da propriedade. A
partir de 1986 foram plantadas vinhas mais jovens que deram vida ao segundo
vinho da casa*, o L’Esprit de Chevalier.
Degustamos aqui o L’Esprit
de Chevalier Blanc 2013 e devo dizer que foi um vinho muito marcante. Blend
como de protocolo de Sauvignon Blanc (70%) e Sémillon (30%), que matura por 18
meses com suas borras em barricas de carvalho (35% novas).
O nariz muito intenso e complexo de eucalipto, manjericão,
limão, abacaxi, maracujá com aromas minerais tipo pedras molhadas e giz. Na
boca muito puro, com ataque fresco e final macio, confirmando o perfil
aromático, sustentado por uma linda tensão ácida. Com 5 anos de vida, ainda vai longe.
Uma bela compra por cerca de R$ 170 (na Wine)
* A vinícola produz hoje 2 ícones (tinto e branco)e
2 segundos vinhos (tinto e branco).
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