Vinopoly

quinta-feira, 10 de abril de 2014

And now: os 50 vinhos mais caros da Itália!

Falamos muito sobre o famoso custo/beneficio, de vinhos baratos, de Bolso Esperto, mas uma das matéria mais lidas do blog do últimos tempos é esta, sobre os 50 vinhos mais caros do mundo. Sinal que, de qualquer forma, o preço alto desperta certa patológica curiosidade.
Então para saciar esta sua insalubre fome, aliás, sede de preços, o MondoVinho vem aí com mais um post de assistência social!

Bem, como vimos na citada matéria anterior, a França domina praticamente a lista do mundo com 43 vinhos entre os 50 mais caros, daí quis conferir como se comporta a rival Itália neste quesito, sempre naturalmente com a ajuda do precioso motor wine-searcher.

Lembrando que o valor (em U$) é uma média aritmética do preço praticado por vários revendedores, de várias safras disponíveis nos vários mercados mundiais, e que também são isentos de impostos, que variam de acordo com o País. Enfim, não é uma verdade única, mas justo uma noção, de qualquer forma bem confiável.

Uma análise geral da lista confirma o que eu sempre digo: os vinhos franceses são superiores em termos absolutos (admito traquilamente), mas os italianos ganham no quesito preço/qualidade. Já sei que agora vão me chamar de partidário, ou de maluco (ou ambos), mas repare bem, traduzindo em números: que o Richebourg de Jayer seja melhor que o Collina Rionda do Giacosa eu não tenho dúvida, mas que valha mais de 22 vezes o preço dele eu vou duvidar a vida inteira! Isto comparando os respectivos primeiros colocados das duas listas; mas de maneira geral você vai ver que por uma qualidade similar ou até levemente inferior, a diferença de preços é gritante. Mais exemplos? O Masseto é recorrentemente comparado ao Petrus; supertoscanos como Sassicaia e Ornellaia aos Premier Grand Cru Classes de Bordeaux; agora confronte os preços e depois me fale.

Claro que na regra básica que define um preço (de qualquer produto) entram sempre em jogo outros fatores, como fama, história, brasão, terroir, marketing, ganância, esnobismo, etc, que acabam influenciando até minhas compras (é normal, somos humanos), mas os fatos estão aí. E explicam também como é possível que o Refosco de Miani fique 10 lugares a frente do Barbaresco do Gaja, por exemplo.
Mas chega de papo, está na hora de conferir a lista:


Position

Wine Name
Average Price (USD)
1

748
2

725
3

645
4

610
5

555
6

512
7

505
8

490
9

478
10

478
11

450
12

437
13

408
14

407
15

392
16

385
17

378
18

373
19

367
20

352
21

343
22

332
23

323
24

295
25

292
26

270
27

263
28

262
29

252
30

247
31

245
32

243
33

232
34

223
35

220
36

218
37

217
38

213
39

210
40

208
41

203
42

203
43

203
44

203
45

203
46

202
47

198
48

197
49

193
50

190

Em breve, as listas de outros Países também. Fique acompanhando!

3 comentários:

  1. Mario,

    Você poderia me indicar alguns bons merlots da Toscana que custem até 50 euros na Itália? Sempre ouvi falar muiro bem do L'Apparità...mas este está definitivamente fora do meu orçamento...rsrs

    Confesso que tenho ainda alguma dificuldade com o caráter rústico da Sangiovese. Não é à toa que os tintos da Itália que mais me encantam ainda são os do Piemonte...É possível encontrar Brunellos ou Supertoscanos com menos de 5 anos que não sejam agressivos demais? Com acidez e taninos mais "domados"?

    Abraço,
    Rubão

    ResponderExcluir
  2. Ah sim...tinha esquecido: Brunellos nem podem ser lançados com menos de 5 anos, né...Mas enfim, mantenho a pergunta, adaptando-a para os 5 anos mínimos dos Brunellos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rubão,

      Merlots como L’Apparita, Masseto, Redigaffi, Messorio são grandíssimos vinhos, mas infelizmente são inacessíveis aos demais e não representam bem a realidade da Toscana, que não é terra de merlot “custo/beneficio”. Uma boa exceção pode ser o Matè Mantus, )mas nunca o vi por aqui) ou o Lamaione de Frescobaldi).
      No quesito preço/qualidade a Itália oferece muito mais nas regiões do nordeste (Veneto, Friuli, Trentino), que tem uma particular vocação para merlot. Entre os disponíveis no Brasil recomendo o Graf de la Tour de Villa Russiz. Também te recomendo bons merlots do sul como o Montiano Falesco, o Patrimo da Feudi San Gregório ou o do Planeta.

      Sobre os supertoscanos, já provou os da Brancaia? Vinhos como o Le Volte (Ornellaia) e o Nipozzano (Frescobaldi) também costumam ser mais macios. Em alternativa, se nao gostar mesmo, tem muitos supertoscanos sem a sangiovese.

      Brunellos: tente o Pian delle Vigne (Antinori) ou o Talenti, são bastante aveludados.

      Espero ter ajudado.

      Obrigado por partecipar do blog.

      Abraço

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