As mulheres preferem vinho branco. Clássico lugar comum, mas
desta vez parece que podemos afirmar esta sentença com o aval da ciência.
Um estudo internacional envolvendo oito Universidades e
Centros de Pesquisa de Itália, Republica Tcheca e Alemanha abordou o tema e o
resultado foi publicado nas páginas da Scientific Reports
A ideia inicial partiu do princípio que quando comemos
alimentos como verduras ou chocolate as sensações e especialmente a
sensibilidade ao gosto amargo de algumas pessoas é diferente da nossa. Então
para estudar mais aprofundadamente as sensações de amargor e adstringência os
cientistas em questão pensaram em utilizar uma substância rica em polifenóis
como o vinho tinto.
A equipe de pesquisadores envolveu 300 pessoas de
nacionalidade italianas e 300 da República Tcheca que foram convidadas a
saborear um vinho tinto muito encorpado. Mas em vez de se limitar à descrição
subjetiva dos voluntários, o estudo avaliou as sensações em nível dos genes receptores
do sabor. Os genes do gosto amargo e adstringente estão presentes em todas as
pessoas, mas o estudo destacou um modo de ativação diferente. No caso foi
evidenciado que a ativação dos genes receptores da adstringência no sexo
feminino é mais significativo que nos homens, o que explicaria porque as
mulheres consomem mais vinho branco.
Além disso, comparando os grupos por nacionalidade, veio á
tona uma questão interessante, ou seja, que os participantes italianos resultaram
menos sensíveis ao sabor amargo, independente dos próprios genes. Isto indicaria
que a cultura também desenvolve um papel fundamental na determinação do gosto pessoal.
“Afinal se o povo italiano é mediamente menos sensível ao amargor então deveria
consumir muito mais vinho tinto do que os povos do norte da Europa, mas o que ocorre
é exatamente o contrário” afirma o coordenador do estudo Alberto Bertelli, do Departamento
de Ciências Biomédicas para a Saúde da Universidade de Milão. A hipótese do
cientista, portanto é que o gene sozinho não explica tudo e que talvez ele seja
influenciado pelo efeito de diferentes culturas e estilos de vidas.
Este estudo é um primeiro passo para continuar examinando se
os fatores culturais podem realmente condicionar a genética.
“Temos que concluir que estas pesquisas têm de ser
aprofundadas, sem esquecer que o consumo de vinho com moderação é uma característica
própria dos países do Mediterrâneo, e em particular da Itália: este modelo
virtuoso parece ter a mesma importância que os efeitos dos genes”, conclui o coordenador
do estudo.
Muito legal este post. Espero que o pessoal da ideologia do gênero, que acha que não existe mais macho e fêmea, homem e mulher, não fique chateado com você ou com os autores do trabalho.
ResponderExcluirSaudações,
Leonel
Leonel, isto é inevitável rsrs, mas fazer o que...
ExcluirInclusive acabei escrevendo outro post para responder ás críticas, confira: http://mondovinho.blogspot.com.br/2017/10/correcao-as-mulheres-preferem-vinho.html
De qualquer forma fico contente que você gostou. Obrigado pela leitura! Abraço