sábado, 31 de dezembro de 2011

A minha "lista" dos melhores vinhos de 2011...

Nem todos os vinhos que bebo acabam no MondoVinho. Bebo vinho quase todo dia e, considerando que participo de degustações e eventos, de qualquer forma tenho que fazer uma seleção para o blog. Em geral procuro falar de vinhos que por alguma razão fazem a diferença, pelo menos pra mim. Muitos vinhos foram descartados não por não serem bons, mas para não serem distintivos sob aspectos que vão de qualidade a preço. Também houve momentos em que não tive muito tempo de postar, e outros casos que simplesmente esqueci (pública admissão de culpa), mesmo tratando-se de vinhos significantes.
De qualquer forma neste ano degustei muita coisa boa (e bastante coisa ruim também), mas acho agrupar rótulos em listas um frio exercício de auto-celebração.
Terminar o ano de 2011 com listas enormes de rótulos, classificações e notas não é o estilo do MondoVinho e, além de tudo, acho chato para quem ler.
Pra mim “como” é quase sempre mais interessante de “qual” vinho. Cada garrafa tem um porque e conta um pouco sobre nós: um lugar, uma emoção, um relacionamento. Uma espécie de contra-rótulo como página de um diário de lembranças.

O vinho que conta melhor o meu ano é o Chianti Classico 2008 de Brancaia. Não particularmente caro, porém elegante e delicioso. Mas, além disso, este foi o primeiro vinho que degustamos na reunião inaugural da confraria “Gran Reserva”, nascida justamente em 2011. Primeiro de muitos a seguir; mas no momento em que desceu o primeiro gole fiquei feliz por estar comemorando novas e antigas amizades apaixonadas pela mesma bebida. Pra mim este vinho terá sempre o sabor da amizade.

A mesma amizade de vocês leitores que ao longo deste ano acompanharam o blog, fazendo que em poucos meses o MondoVinho se tornasse o 12° blog de vinhos mais acessado do Brasil (fonte Enoeventos), o que de fato me coloca como 8° colocado entre os blogueiros propriamente ditos, pois 4 posições à frente são ocupadas por "portais". Nada mal para um blog ainda bebezinho (1 ano e alguns meses de vida) e pelo seu autor gringo que mal sabe escrever em português correto...

Agradecendo muito pela fidelidade e pelo carinho, espero que a confiança seja prorrogada para mais um ano. O que não vai faltar é assunto: as polemizações, as avaliações, as novidades, as notícias, e muito mais, tudo com a usual irreverência e bom humor.
Desejo a todos um 2012 repleto de prosperidade, saúde, sucessos e ótimos vinhos.
Grande abraço!

Como prevenir a ressaca de fim de ano

Acabamos de acordar: pálpebras coladas, dor de cabeça que nem marteladas na testa, e boca tão seca que parece que dormimos com papel toalha na boca a noite inteira.
O que diabo aconteceu?
Aconteceu que na noite passada quisemos nos divertir: espumantes, caipirinhas, martinis, vinhos, whiskies, cachaças, coquetels & drinques variados.
Que exagero, meu amigo!
Mas era a festa do Reveillon!

Tá bom, para alguns a ressaca é um distintivo de honra, mas para muitos de nós é um desconforto que gostaríamos de evitar.
Então seguem 7 dicas para combater os sintomas da ressaca de fim de ano.

1) Parece até banal, mas a palavra chave é moderação. Bastaria somente isso para não precisar dos 6 pontos seguintes, mas vocês são teimosos, né...?
2) Água: o ideal seria tomar sempre um copo entre uma bebida alcoólica e outra (ingerir a mesma quantidade de álcool e água). Se não conseguir levar ao pé da letra, pelo menos tente beber mais água possível.
3) Comida: mais o menos o mesmo discurso. O estomago forrado dilui os efeitos do álcool.
4) Quanto mais escura a bebida, maior a ressaca. Os congêneres são substancias químicas tóxicas conteúdas em todas as bebidas alcoólicas, e são consideradas como as maiores responsáveis pelos sintomas da ressaca. Por exemplo, vinho tinto tem mais congêneres do que o branco; uísque tem mais que brandy ou rum; e entre os super-alcoólicos a vodca é a que tem menos.
5) Deixe o açúcar para os momentos doces com seu amorzinho. O açúcar no seu sangue aumenta os efeitos do álcool do seu organismo. Em breve: quanto mais doce a bebida, mais dor de cabeça no dia seguinte
6) Basicamente a ressaca é devida à desidratação e esgotamento de minerais, vitaminas, enzimas e outros que o seu corpo usou para lutar contra a bebida da noite anterior. Melhor remédio natural para repor tudo no lugar? Água de coco. Graças a Deus não falta aqui no Brasil.
7) Sabedoria: pule aquele último drinque. Na maioria das vezes um copo a mais, ou a menos, faz muita diferença. O que distingue um bêbado de um bebedor consciente é saber reconhecer o momento de parar e ter firmeza em respeitá-lo.

Agora é só aproveitar a festa. E se beber, não dirija!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O vinho perfeito para Panettone

Fim de ano, época de espumantes. Como todo bom italiano, os espumantes que mais consumo nestes dias são os Asti, aqui no Brasil chamados de Moscatel. Antes que vocês torçam o nariz convido a clicar aqui para mudar de idéia.
Este tipo de espumante é perfeito com sobremesa em geral, mas praticamente imbatível com Panettone: para harmonizar com o tradicional bolo italiano de Natal não há Sauternes, Tokaji, colheta tardia , passificado ou fortificado para competir. Panettone e Asti/Moscatel é a harmonização perfeita.
O Brasil produz ótimos exemplares deste tipo de espumante de única fermentação e baixa gradação alcoólica, entre uns que experimentei achei este a seguir bastante interessante.
A Domno Brasil é um projeto da Família Valduga nos Vale dos Vinhedos e a linha .Nero (ponto nero) é dedicada exclusivamente a espumantes.
A Casa Valduga, todos sabemos ser garantia de qualidade em fato de borbulhas, e este Moscatel em questão não foge da regra. Elaborado com a uva Moscato Bianco, tem uma perlage fina, aromas de maça verde, laranja e pão tostado, na boca é delicado e alegre, com doçura balanceada pela boa acidez. Final persistente e cremoso. Muito bem feito. Ganhou medalha de prata no Concurso Vinalies 2011 em Paris.
Os meus convidados adoraram.
Custo médio: R$ 25,00

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Crise econômica: o Rihanna, que tal uma ducha de Champagne?

Vimos aqui como os russos consomem Champagne nas boates exclusivas: para tomar banho. Porque, vejam bem, meus caros pobres, Champagne pode ser bebido sim, mas também usado como substituto da ducha. Aliás, vocês, espécie inferior, tomem nota que o uso hidráulico do Champagne é o máximo da chiqueira possível para os socialites internacionais.
Até a Rihanna: para comemorar o fim de sua turnê tomou um mega-banho de chuva de Armand de Brignac Millesimée. A cantora afirma: "é algo que sempre quis fazer". 
Claro, quem nunca quis? Por favor, deixe de moralismo, eu conheço a minha cria: todos vocês gostariam de tomar uma ducha com a Rihanna com o Champagne. 
Armand de Brignac, “rated the number one Champagne in the world” (é o que eles mesmo dizem...tá bom, a gente acredita) custa cerca de 350 Euros a garrafa e a brincadeira da Rihanna custou cerca de €4.200 (12 garrafas). Uma ducha cara, que faz os ricaços parecer pobrezinhos. Vai acabar que quem dizer “eu prefiro bebê-lo” paga mico de proletário.
Há crise mesmo.
                                                                                                                  

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O meu vinho de Natal (espetacular!)

Vinhaço. Na boca é um Bordeaux de primeira, mas vem do sul da Itália, precisamente da região de Campania (a minha região, por detalhe).
Montevetrano é uma pequena vinícola a poucos quilômetros de Salerno (segunda maior cidade da Campania depois de Nápoles). Produz um único vinho de forma artesanal e em quantidade minúscula. Pela afinidade com os Supertoscanos este vinho poderia ser chamado de "Supercampano(gostou da minha definição?), pois é um corte de uvas francesas com a uva mais emblemática da região. 
Mas vamos por degraus, pois a historia é bem interessante.

Silvia Imparato de profissão é fotógrafa,  apaixonada por vinhos franceses e no final da década de 1980 decide fazer seu próprio vinho do jeito que ela gosta. A família possui um pequeno terreno agrícola de onde é possível ver o perfil do vulcão Vesúvio e a Costa Amalfitana. Por um acaso encontra o Riccardo Cotarella, enólogo de fama internacional, que se torna seu conselheiro e consultor.
No vinhedo 3 uvas: aglianico, cabernet sauvignon e merlot. Na adega um par de pequenas barricas francesas. A primeira colheita de 1991 é feita somente para os amigos, mais uma brincadeira. Mas o resultado é superior às expectativas. Daí começa o caminho espetacular do Montevetrano IGT Colli di Salerno.
Safra após safra vai o vinho vai melhorando e se integrando melhor com o terroir, ganhando renome, prestígio e grande destaque na crítica nacional e internacional. Em poucos anos a Silvia Imparato, de novata se torna ícone da vitivinicultura italiana e seu vinho um “cult” para os enófilos exigentes e apaixonados.
Coleciona 14 “Tre Bicchieri” (a máxima pontuação da revista Gambero Rosso), praticamente em quase todas as safras. Esta de 2007 que tomei parece ser a melhor de todas até agora e ganhou 95 pontos pelo Robert Parker e 94 pela Wine Spectator.

É um corte das uvas acima citadas, com passagem em madeira de 8/12 meses. Decantei por cerca de 1 hora. No nariz não é muito impressionante, os tímidos aromas são bem sofisticados (ervas aromáticas, alcaçuz e notas de cereja), mas é na boca que revela a raça puro-sangue. Elegância pura, muito profundo, com várias camadas de complexidade. A acidez é ótima, os taninos finíssimos, e a madeira é somente um sopro. O álcool civilizado de 13% fecha o conjunto muito harmônico e equilibrado. Final longuíssimo.
Tem estrutura para envelhecer pelo menos uns 15 anos, demonstração do fato que não é a madeira o que torna um vinho complexo e estruturado.

Um fora de série. É um rótulo caro, mas para ocasiões especiais vale a pena (o fato que as últimas 5 letras formam o meu sobrenome, é um valor agregado...).

Voto gringo: 9

Vinho: Montevetrano IGT Colli di Salerno
Safra: 2007
Produtor: Montevetrano
País: Itália
Região: Campania
Uvas: Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (30), Aglianico (10%)
Teor Alcoólico: 13%
Importadora: Mistral
Custo médio: R$ 350,00
Notas: RP95; WS94, GR3

sábado, 24 de dezembro de 2011

Buon Natale (o milagre da vida)

Meus nobres amigos e amigas, leitores e leitoras do MondoVinho, o Albert Einstein certamente sabia pensar e falar melhor que eu, então, neste mágico dia, vou deixar ele falar por mim:

“Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre”


Um Feliz Natal a todos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Madonna: a maior eno-chata do planeta?

Recentemente as revistas sensacionalistas around the World comentaram sobre um episódio envolvendo a Madonna: a nota cantora foi jantar com o parceiro da vez na Osteria Cotta de Nova York levando o próprio vinho. Até aqui nada de estranho, já falamos da prática do BYOB (bring your own bottle) e até eu faço isso de vez em quando. Mas a coisa que chamou a atenção foi que a popstar levou para o restaurante até as taças! Aí a imprensa logo se divertiu criticando a suposta fobia que ela tem de germes, bactérias, micróbios e afins.

Mas algo não fazia sentido pra mim: se fosse assim ela levaria até os talheres, não é?
Aí o post do nosso amigão James Suckling  me deu a iluminação: a Madonna não é germefóbica, mas simplesmente uma das maiores eno-chatas do planeta!
O Suckling de fato defende a cantora, afirmando que quem ama o vinho leva sempre um set de cristal onde que for, pois seria inaceitável degustar a sagrada bebida em um vidro anônimo. Ele mesmo afirma que faz isso e leva a própria taça da Riedel até para improvisados piqueniques na praia.

Gente, ma per favore! Uma coisa é amar a bebida, outra é frescura demasiada! Pessoalmente já tomei um Penfolds em copo de papelão descartável (que nem o Miles de Sideways) em um Burger King na Europa sem vergonha alguma, aliás foi uma experiência bem legal.
Estes sujeitos não fazem nada além de complicar um assunto que, teoricamente, seria bem mais simples.



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Esta não é uma normal cartinha para o Papai Noel

Caro Papai Noel,
Neste ano fui realmente bonzinho e comportadinho. 
Bebi com consciência e sensibilidade. Nunca dirigi depois de ter bebido e tentei ficar sempre lúcido e presente, mesmo quando a quantidade de vinhos provados desafiou o funcionamento do meu fígado.
Harmonizei peixe com branco e carne com tinto. Mantive o tanino longe de comida com tendência amarga. Fiquei atento a não julgar um vinho somente pelas qualidades organolépticas. Participei de eventos e feiras tentando escolher na base do vinho e não na base da hostess. Li muito e estudei muito.
Enfim, caro o meu bom velhinho, acho que mereço mesmo um belo presentinho.
Esperando que a crise econômica não chegou até a Lapónia, segue a minha Top 10 list dos desejos. Sei que nesta idade a vista pode não ser das melhores, então anexo também às fotos, para você não se confundir.

1) Primitivo di Manduria ES (Gianfranco Fino): já o provei na safra de 2006 e estava espetacular, dizem que nas novas se superou.

2) Masseto (Ornellaia): para provar o único varietal 100% Merlot capaz de competir com o Petrus (talvez seja até melhor...)

3) Um qualquer dos 5 Premiers Grands Crus Classes de Bordeax ( Château Lafite Rothschild, Château Latour, Château Margaux, Château Haut-Brion,  Château Mouton Rothschild): só para constatar que, afinal das contas, não é isso tudo.

4) Viñedo Chadwick: para testar o sabor do vinho que derrotou os 5 acima.

5) Barbaresco Gaja: um must. Degustei o último na década passada. Obrigatório tomar pelo menos uma vez a cada 10 anos.
6) Meo-Camuzet Clos deVougeot: talvez a mais elegante representação deste Grand Cru.

7) Noemìa: Malbec da Patagônia argentina. Terroir diferente de Mendoza e projeto italiano (Cinzano). Não tem como dar errado.

8) Barolo Cascina Francia (Giacomo Conterno): o retrogosto mentolado e de alcaçuz fica horas na boca.

9) Clos Apalta (Casa Lapostolle): projeto francês no Chile, já é um clássico da América Latina

10) Brunello di Montalcino Case Basse Riserva (Gianfranco Soldera): talvez o melhor vinho que já provei na minha vida. Então por que não repetir a experiência?

Como você viu, caro PN, não é nada de particularmente extravagante e bastante “low profile”. Para ressaltar mais ainda a minha “humildade” vou deixar você escolher as safras, mas preferiria as de 5 estrelas...

Agradecendo desde já pela disponibilidade, fico no aguardo de seu retorno.
Atenciosamente,
Mario Trano

E agora é a vez de vocês escreverem as suas listas de desejos enófilos!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Decantando com o liquidificador, vol.3

Hoje temos um novo relato de uma experiência com o polêmico liquidificador.

Vejo com prazer que a “blender experience” vai fazendo adeptos e fico feliz em saber que ainda existem enófilos sem frescuras, nem preconceitos.

Como vão perceber, os resultados mudam conforme ao vinho (e ao gosto): interessante notar que no meu caso o álcool sobressaiu, já no caso do leitor Doni França foi o contrário. Confiram o comentário dele na integra:

“Meu paladar não é muito apurado, contudo, fiz o teste com duas taças de um vinho francês recém adquirido na minha última viagem. Segui a orientação dos especialistas e utilizei um vinho de 2007. 
Bom, tanto eu quanto minha mãe reconhecemos uma diferença significativa no sabor. A primeira é quase a eliminação daquele gosto de madeira seca (ou algo parecido com isso), o que abriu especa para o gosto da uva. A segunda é uma redução do gosto do álcool, fato incrivelmente percebível pelo cheiro e pelo paladar. Para mim, o resultado foi ótimo, principalmente porque reduziu um pouco o gosto do álcool, algo que para mim deve ser bastante moderado em uma bebida. 
De um modo geral, achei o resultado equilibrado e bem satisfatório. 
Continuarei fazendo testes, talvez agora no método tradicional, para fazer comparações.”

Doni, obrigado pelo testemunho e valeu pela “coragem”.

E agora, who’s next?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Mais vinho = menos puns (até as vacas sabem disso!)

Já vimos aqui as vacas que tomam vinho, agora cientistas australianos publicaram os dados obtidos alimentando vacas por 37 dias com os resíduos da colheita, ou seja, as borras.
Substituindo a ração tradicional com sementes, cascas e engaços de uvas fornecidos pelas vinícolas, as vacas produzem mais leite e 5 vezes mais rico em ácidos graxos (ou gordos), chamados de “gorduras boas”, importantes para a prevenção do câncer de doenças cardíacas.
E o segundo importante resultado foi à constatação de que as vacas produzem 20% menos emissões gasosas orgânicas, considerado um dos principais gases de efeito estufa. 
Então se você não quer tomar vinho pela sua saúde, pelo menos o faça pela sobrevivência de quem fica ao seu redor.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Bolso Esperto de Natal

Este é um daqueles vinhos que me deixa dividido. Ou seja: de um lado não faz muito o meu estilo, de outro tenho que admitir que este é um Malbec muito bem feito e sobretudo barato pela qualidade oferecida. Eu diria que é um presente de Natal perfeito para quem não quiser gastar muito e fazer bonito, pois é um vinho impossível de não gostar.
Pertencente ao grupo Bodegas Esmeralda a linha Tília é feita exclusivamente para exportação e este Malbec é um mono-varietal maturado por 9 meses em carvalho americano.
Aromas explosivos de fruta madura, na boca é muito rico, concentrado, aveludado e redondo. A falta de acidez e álcool nunca menor que 14% já são característica quase unânime para malbecs mendoncinos, mas neste caso não prejudica o prazer.
Para quem gosta do estilo, por cerca de R$30,00 é certamente umas das melhores compras da Argentina e, obviamente, um Bolso Esperto. Já para quem não gosta do estilo...talvez seja uma boa compra também!
Importado pela Vinci Vinhos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Foto do dia: se beber não bata na lei seca

O último item do post anterior tinha falado sobre beber e dirigir. Pois bem, reparem nesta foto. Entre milhares de lugares úteis para bater seu Chevrolet Camaro, este bêbado na Carolina do Norte escolheu o pior: um trailer da lei seca. Felizmente ninguém se machucou gravemente, mas o cara não vai poder dirigir por um bom tempão: carro e carteira retidos.
Se você tiver um título melhor, não hesite: a ocasião merece.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

6 presentes de Natal diferentes

O mundo do vinho nos acostumou a objetos e ridículos como este, ou feios como este outro, mas de vez em quando tem umas invenções bacanas e inovativas. 

Por exemplo, no site da Overwine, loja italiana on-line especializada em acessórios para vinho encontrei alguns produtos diferentes e bem interessantes, que poderiam ser um presente legal para os seus amigos enófilos.

High-Tech
O Wine Preserver digital: com um sistema automático de pressão à vácuo através de um sensor analisa qualquer queda de pressão dentro da garrafa e bombeia automaticamente o nível exigido, permitindo manter inalteradas as características do vinho aberto por até 10 dias; ainda vem com display digital informando temperatura e dados de armazenamento (€ 38,00).

Praia ou piquenique? Casa!
Ice-bag: o balde de gelo dobrável e portátil. Em 8 cores diferentes, comodíssimo para viagem. Para levar para o pic-nic ou para praia e manter o seu espumante/branco na temperatura certa. Indicado também para quem não tiver muito espaço em casa para guardar um balde tradicional (€ 5,00)



Praia ou piquenique high-society
Já se o pic-nic ou a praia forem particularmente chic, então a solução é este Thermovan, um pequeno baú refrigerado, com capacidades para 2 garrafas, 2 taças, mais saca-rolha e acessórios (€ 148,00)
Corta-decanter
Para salvar a mesa dos respingos escorrendo do gargalo das nossas garrafas usamos faz tempo corta-gotas de vários tipos: o bico em inox, o anel para o pescoço da garrafa ou a lamina flexível para inserir no gargalo. Mas o problema continua quando usamos um decanter. O que fazer então? Simples: usar um corta-gotas para decanter! Regulável, se adapta ao diâmetro de qualquer pescoço de decanter (€ 9,00)
 
Rolha-drive
Já vimos por aqui alguns modelos de pen-drive simulando uma rolha de cortiça.
Já a DataWine é uma verdadeira rolha em pura cortiça reciclada com um pen-drive dentro. Solução ao mesmo tempo ecológica e tecnológica (€ 14,00).

Se dirigir não beba
Gosta de levar sua garrafa para o restaurante ou para casa de amigos? O protetor Sidecar  permite firmar a garrafa ao assento do carro em segurança total. Está levando uma Magnum? Don’t worry, ele é adaptável para até uma Jeroboam (3 litros) (€ 12,00).


Infelizmente a maioria destes produtos não são disponíveis no Brasil e de qualquer forma seriam, no mínimo, 5 vezes mais caros.
Esperando que um dia as coisas melhorem, para os seus presentes de Natal dê uma refrescada aqui:
e

domingo, 11 de dezembro de 2011

Em tempo de crise o vinho fica melhor?

Na Europa, como sabemos, a crise econômica está brava. Alguns Paises com mais dificuldades financeiras correm risco até de sair da área do Euro e voltar para suas antigas moedas nacionais. Neste cenário, o que poderia acontecer no mundo do vinho?
De acordo com o Dr.Vino, a agricultura orgânica iria prevalecer, para cortar os custos dos fertilizantes e pesticidas químicos. O uso da madeira na maturação seria mais “prudente” e sensato. E seriam revalorizadas algumas castas autóctones (locais), pois mais fácil de cultivar de maneira natural no terroir originário.
Ou seja, pelo que posso deduzir, o vinho se tornaria melhor: como aos velhos tempos, um verdadeiro produto da natureza.
Pelo amor de Deus, não chego a desejar que a crise piore, mas...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Este vinho é pra ficar na memória

Já não é muito comum encontrar um varietal 100% Cabernet Franc, menos ainda se for da Itália. Pois bem, lá vamos nós com mais um supertoscano (desta vez não é “inho”, mas de grande estirpe mesmo). Quem acompanha estas humildes páginas sabe que sou suspeito em falar em Supertuscan, pois é um estilo que me agrada bastante. Mas este aí me conquistou totalmente, um vinho verdadeiramente cativante.
Le Macchiole, vinícola top do gênero, localizada em Bolgheri, melhor terroir na Itália para castas francesas, produz 5 vinhos, todos em puro estilo bordalês.
Este Paleo Rosso é da linha intermediária, mas, por admissão da mesma dona da vinícola Cinzia Campolmi, é o mais representativo da vinícola, e da sua visão e filosofia. Já chamado de “Cheval Blanc do Mediterrâneo”.
Decantei-o uma meia hora e os aromas se desprenderam ao redor! Sentado no sofá, conseguia perceber os perfumes do vinho na mesa: cassis, couro, charuto, café, hortelã, e um festival de fruta seca. Na boca é Bordeaux de primeira. É até potente, mas com uma elegância fora do comum. Profundo, aveludado, equilibrado entre álcool, acidez, madeira. Taninos numerosos e finíssimos. Longo final.
Da safra 2004, uma das melhores de sempre na Toscana, com estágio de 14 meses em barricas de carvalho francês, agüentava tranquilamente mais uns 15 anos. Sacrifiquei o moleque em plena adolescência, mas estava já espetacular.

Voto gringo: 9

P.S. o vinho foi gentilmente trazido diretamente da Itália pelo valente amigo Rodrigo, que agradeço novamente.

Vinho: Paleo Rosso  
Safra: 2004
Produtor: Le Macchiole
País: Itália
Região: Toscana
Uvas: Cabernet Franc (100%)
Teor Alcoólico: 14%
Importadora: Mistral
Custo médio: R$ 400,00

Notas: RP94; WS94

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Alarme OVNI nas vinícolas!

Ovorrica? Barricovo? Ou, talvez, dado o tamanho, Tonelovo?
Então, que nome dar para este OVNI que apareceu durante a última SIMEI feira da Enologia e Engarrafamento em Milão?

Temos que pensar rapidamente, porque a “coisa” ameaça invadir logo as caves mundiais e as primeiras a serem afetadas serão as biodinâmicas.

Parece realmente que o ovo caiu no gosto dos bioqualquercoisa, pois criaria um vórtice capaz de mesclar cascas e mosto de maneira totalmente natural.  Obrigatório usar o condicional, pois os produtores do fermentador em questão, Foudrerie Francois, não o testaram ainda de fato. E se não funcionar? Bom, o UFO é de qualquer forma bonitinho e vai ser a peça de decoração de destaque na sua sala de estar. Pela bagatela de 27.000 euros.

P.S. se quiser economizar, tem também o ovinho de plástico que sai por apenas 4.000 euros, mas é não é igualmente maneiro: parece um cruzamento entre um robô da ficção cientifica anos 70 e uma lavadora de roupa.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Robert Parker: o fim do escândalo. Ou não?

Importantes novidades sobre o escândalo que envolveu o Robert Parker e seus colaboradores. Jay Miller, o crítico incriminado, pediu demissão “espontaneamente” e já não faz mais parte da Wine Advocate. O mesmo Parker informa a “mudança não fácil, mas essencial” no site dele. Parece que o meio das “transações” seja o Master of Wine espanhol Pancho Campo, que intermediou os contatos entre o Miller e as vinícolas de Murcia. O Campo, obviamente, desmentiu tudo.

Enfim, toda a história  deixou o amigão Bobby não pouco nervoso, e as demissões do colaborador são um claro sinal que algo deu errado. Os e-mails, com o requerimento de dinheiro existem e ninguém até agora deu uma resposta convincente.

Arriscamos uma hipótese: o Parker, em vez de se preocupar em indagar sobre a longa cadeia de comunicações, preferiu fazer limpeza geral, afastando de uma vez o Miller e as suspeitas.
Resta, nesta altura, um mistério a ser resolvido: quem teria sido o titular da fatura?

Escolinha do vinho gringo: o que é “Bâtonnage”

Bâtonnage é uma daquelas palavras que os experts de vinho gostam de falar: é chique, ninguém sabe o que, e te permite de desenferrujar aquele sotaque francês que faz muito MBA em Bordeaux..
Na realidade trata-se de normal “agitação” do vinho através de uma vara, para reportar em superfície as borras que se depositam no fundo das barricas. Normalmente esta mexida se faz depois da fermentação alcoólica e serve a aumentar corpo e perfume dos vinhos.
Aqueles gênios da Jordan Winery (Califórnia) modificaram uma barrica, substituindo a tampa de madeira com uma de vidro, assim que fosse possível mostrar no vídeo seguinte o que acontece “batonnando” um Chardonnay.
Enjoy.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Um ótimo tinto de uma denominação quase desconhecida

Eis mais um tinto espanhol que agrada paladar e carteira.
A Denominação de Origem “Campos de Borja” é praticamente desconhecida aos demais: constituída em 1980 no nordeste do País, é na variedade Garnacha que foca a sua força, pois nesta região é a casta que consegue melhor expressão e tipicidade.
A vinícola traz suas origens de 1958 com a Cooperativa de Borja, mas é em 2001 que a Bodegas Borsao decide fazer um pulo de qualidade, investindo em tecnologia e marketing e em aquisição de novos vinhedos (uns de 80 anos de idade) o que trouxe destaque e reconhecimento internacional.
Provei também outros rótulos da vinícola, incluindo as linhas Crianza e Reserva, mas este Borsao Selección foi o que mais me seduziu, sobretudo levando em conta o preço.
Corte típico do Rhone de Garnacha (Grenache) com Syrah mais uma pitada de Tempranillo é um vinho que não passa por madeira, mesmo assim impressiona em complexidade e sabor.
Fruta em abundância, bom corpo, acidez na medida certa e taninos aveludados. Final de curto pra médio, mas gostoso. O álcool de 14% é imperceptível. 

Voto gringo: 7 ½

Vinho: Borsao Tinto Selección
Safra: 2008
Produtor: Bodegas Borsao
País: Espanha
Região: Borja
Uvas: Garnacha (70%), Syrah (20), Tempranillo (10%)
Teor Alcoólico: 14%
Importadora: World Wine
Custo médio: R$ 45,00

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Robert Parker: ESCÂNDALO! Descoberto o jogo..

Você quer que a Wine Advocate (Robert Parker e Cia.) visite a sua vinícola? No problem: basta pagar o cachê concordado e pronto. Se eu fosse um produtor aproveitaria agora, pois é época de saldos.
O escândalo foi descoberto pelo blogger americano Jim Budd, e envolve diretamente o Jay Miller, o colaborador de Parker que dá 90 pontos até para água com gás. Já no passado o Miller, que na WA cuida das avaliações de vinhos da América do Sul e Espanha, foi flagrado aceitando viagens e refeições grátis, mas desta vez o nosso gordinho foi além: ele ofereceu uma “breve visita” em algumas vinícolas na província de Madri para “metade do preço usual: U$27.000 + VAT (impostos)”. Ou seja, com regular recibo e taxas pagas. Quer dizer que não seria uma transação em baixo do pano, mas tudo limpo e transparente: um negócio oficial da Wine Advocate (como sempre?).
E cadê o tão famoso código ético do Parker? Ele sempre se vangloriou de sua independência, declarando com orgulho que nunca aceitou um centavo de nenhuma vinícola, que faz questão de escolher livremente os vinhos a serem avaliados e que ele os compra com o próprio dinheiro.
Ahi, ahi, caro Bobby, agora vai ter que explicar esta. Não para mim, que, como sabemos,  nunca te levei muito a sério, mas para seus inúmeros fãs no mundo inteiro. 
Nota: 0

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aroma de PÊNIS é o que faltava...

“Este é um vinho do ca****o”! Cuidado com esta expressão, hoje vai correr o risco que alguém te leve a sério.
Quando você acha que já viu de tudo, este vídeo do National Geografic TV vai te fazer tombar da poltrona. Na China (aonde, senão?) produzem um licor com um “delicado blend” de pênis de cão, cervo e foca. O efeito seria benéfico para o desempenho sexual.
Se ainda estiver consciente, sente-se: tem um vinho com aroma de rato. Mas, atenção, não estou falando do defeito definido como “mousey” que vimos aqui. A coisa é um pouco diferente: dentro da garrafa não tem só o aroma, mas o rato inteiro. Não acredita? Aprecie o vídeo (“aprecie” é modo de falar...).

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Horóscopo do Vinho: Sagitário

E com o último signo do ano fechamos aqui a coluna do Horóscopo do Vinho (para recuperar os outros signos clique aqui). 
Você do Sagitário sabe mudar de vida em poucos instantes; sofre com as regras; gosta de viajar e conhecer pessoas de outros lugares; é tolerante, mas quer sempre ter razão.
Você iria para o fim do mundo para saborear um vinho que não conhece. E de fato viaja para se deliciar com os aromas de terras desconhecidas e com a hospitalidade dos viticultores, até não ficar sabendo que em um outro lugar, do lado totalmente oposto, existe uma pequena vinícola que produz uma garrafa que deve absolutamente provar.
O seu vinho: Alvarinho

domingo, 27 de novembro de 2011

Vinhos nacionais: além do óbvio tem coisa boa (e até barata)!

Recentemente participei do “Circuito Brasileiro de Degustação” evento itinerante (aconteceu em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro) promovido pela Ibravin, apresentando 25 vinícolas nacionais e seus vinhos.
Aqui o lugar foi sugestivo: o Iate Clube do Rio de Janeiro. A organização um pouco menos: quase não tinha nada para acompanhar e faltando ainda meia hora para encerrar o evento já não tinha mais vinho para degustar.

De qualquer forma foi uma noite agradável na qual pude experimentar uns vinhos novos pra mim. O amigo Rodrigo (que me convidou e que agradeço publicamente aqui) achava que eu não gostasse de vinho brasileiro, mas não é bem assim. O subtítulo do blog (“vinhos gringo com olhar de gringo”) tem dupla explicação:
1) Sendo estrangeiro tenho mais conhecimento e identificação com vinho estrangeiro.
2) Como já falei várias vezes, não acho o vinho brasileiro competitivo em matéria de preços. Ou seja: acho os vinhos nacionais bons, mas de uma maneira geral caros em relação à qualidade oferecida, sobretudo se comparados aos demais importados. Esta impressão foi de qualquer forma confirmada ao longo desta degustação, mas tive algumas agradáveis surpresas.

A parte os velhos conhecidos como Miolo, Salton, Aurora, Dal Pizzol, Pericó, Don Laurindo, quis experimentar coisas novas pra mim (com a ajuda do Rodrigo, que conhecia praticamente tudo).
A maior surpresa foi um vinho vindo de Minas Gerais (sim, leram bem, não é um erro, Minas Gerais mesmo!): pioneira no Estado para vinhos premium a vinicola Estrada Real produz um ótimo Syrah, na sua primeira safra de 2010, chamado “Primeira Estrada”, de boa complexidade e profundidade, mas com o problema acima citado: custando cerca de R$75,00 é um pouco overpriced pela qualidade oferecida.  


Gostei bastante de uns Tannats, como o do Antonio Dias e do Campos de Cima, vinícolas boutique do Rio Grande do Sul, vinhos simples, mas com boa expressão e tipicidade e vocação gastronômica (cerca de R$50 cada).

Outra vinícola que curti muito foi a Dom Cândido , do Vale dos Vinhedos: seu Marselan "4ª Geração" e seu Merlot "Documento" são simplesmente deliciosos (R$ 35 - 48).

Outro Marselan (cruzamento de Cabernet Sauvignon com Grenache) bem interessante foi o 2009 da Viapiana: ainda não foi lançado e por enquanto continua descansando em barrica, mas pela prova que foi trazida já tem um ótimo nível de maturação.


Entre os brancos, good job da Dunamis: provei o “Ser” (Sauvignon com Chardonnay, R$28), bastante fresco e aromático e um interessante Pinot Grigio ainda em fase de elaboração.

Mas em termos do famoso “custo/beneficio” o ganhador absoluto da noite foi um tinto da Vinícola Ducos: holding com vinícolas na Itália e França implantou no Vale de São Francisco seu projeto verde-amarelo. Seu Petit Verdot, o único do Brasil, é muito equilibrado, tem estrutura, boa fruta e taninos redondos. Pela bagatela de R$22,00 é praticamente imperdível.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Wine Spectator: até parece uma revista cômica!

Passaram já alguns dias da publicação da “esperada” lista dos 100 melhores vinhos do ano da revista Wine Spectator, e na verdade nem ia comentar nada. Já houve uma época em que eu acompanhava a Wine Spectator com mais interesse, e esperava a saída da lista dos Top 100 do mundo com mais empolgação de quanto poderia esperar a próxima capa da Playboy. 
Depois você cresce, vai se informando de outras formas, conhece gente que entende de vinho e gente que trabalha com vinho e os seus horizontes vão além de uma classificação confiável quanto um jogo de baralho.
Esta lista continua tendo uma importância relevante para os mercados (afinal estamos falando da mais prestigiada revista de vinhos do mundo), mas quanto mais fico estudando / aprofundando / experimentando vinho, tanto mais esta classificação me parece uma piada. 
O ganhador deste ano (assim como do ano passado) é um vinho americano. Segundo lugar? Um vinho americano, of course. Enfim, nas primeiras 50 posições, temos a beleza de 25 vinhos dos Estados Unidos...será por quê ?
Como já comentei aqui, isso se explica não somente com partidarismo (seria até compreensível), mas, sobretudo com a política de agradar as vinícolas que pagam pelas inserções e pelas matérias da revista.
Ou seja, objetividade zero.
O que posso ressaltar aqui é que as coisas vão mudando e que enófilos e experts estão dando cada vez menos importância para notas e pontuações da crítica internacional.
Por exemplo, com muito prazer notei que o amigo e colega blogueiro Deco Rossi, do blog Enodeco, tem um pensamento não tão diferente do meu. 
Enfim, se quiser mesmo escutar conselhos e dicas, pelo menos que venham de alguém com nenhum interesse particular atrás de lucro e que não se deixe influenciar pelos grandes críticos. 
Alguém como o MondoVinho, para chutar um nome qualquer. Ou outros blogs, mas só alguns.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A primeira garrafa de papel do mundo!

Chama-se Greenbottle (garrafa verde) e é a primeira garrafa do mundo feita de papel. Biodegradável em algumas semanas e com uma pegada carbônica (ou seja, o cálculo do impacto total em emissões de carbono) de 10% de uma garrafa de vidro. O vinho não fica em contato direto com o papel, mas com um forro de filme plástico, algo parecido com o Bag-in-Box.

Construída na Grã Bretanha, em breve será oferecida nos supermercados do País e daí para o mundo.
O especialista Gerard Basset, ganhador do World’ Best Sommelier em 2010, afirma não ter nada contra uma garrafa que vai economizar tempo, dinheiro e que ajuda o meio ambiente.

E vocês, estão prontos para este tipo de garrafa?


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como se faz uma barrica

O vinho barricado, não é um vinho “defendido por barricadas”. Vou explicar brevemente e em termos fáceis: é um vinho que matura algum período em barris (ou pipas) de carvalho de capacidade entre 228 e 350 litros, chamadas “barricas” (do francês “barrique”). Durante este período de maturação, dito “afinamento” o vinho oxigena lentamente e fica mais macio, perdendo um pouco daquela tanicidade e aspereza que seca o palato. Por outro lado ele recebe da madeira novos taninos e aromas claramente percebíveis no bouquet (baunilha, mentolado, etc), que variam em função da tostadura e do tempo de vida da própria barrica e do tempo de estágio, of course. 
A madeira mais usada é o carvalho francês, seguido do americano, esloveno e pouco mais.
É bom ressaltar que nem todos os vinhos são indicados para estagiar em barricas e nem sempre a barrica é usada na melhor das maneiras. Um caso típico? O vinho que está bebendo lembra mais o mobiliário da tia Chiquinha que vinhedos nas colinas.
Último detalhe importante: a barrica não é eterna, deve ser usada até um par de vezes. Pessoalmente prefiro vinhos em barricas de segundo uso (ou em tonéis grandes, mas esta é outra história), justamente para a madeira não ficar tão “agressiva”, mas depois do terceiro uso todas as barricas deveriam ser convertidas em confortáveis ​​poltronas ou em elegantes pisos de madeira.
Agora confira como se constrói uma barrica. Enjoy the video.