quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Apologia ao vinho branco


Aproveitando a deixa deste recente post, vou continuar aqui minha batalha em favor do vinho branco. Disclaimer: fique claro que não tenho absolutamente nada contra vinho tinto, que, aliás, adoro, mas o irmão pálido dele precisa de uma força.

Quando comento com operadores do setor estrangeiro sobre o desempenho tão pífio da categoria no mercado brasileiro eles ficam abismados. Simplesmente não entendem como num país tropical, tão rico em gastronomia a base de peixe, frutos do mar, verduras, legumes, saladas, o consumidor médio brasileiro, até mesmo num dia de 40 graus, prefere tomar um tinto encorpado e alcoólico que um branco leve e refrescante.

“Vinho branco é a coisa mais parecida com vinho” é uma das maiores atrocidades que já ouvi no Brasil. O tinto seria vinho e o branco algo de categoria inferior. Afinal desde a antiguidade quando se fala de qualquer objeto de cor vinho se subentende a cor de vinho tinto, não é? Errado! Na verdade vinho branco é sinônimo de vinho mesmo, pois já os antigos romanos preferiam tomar o Vinum Candidum feito a partir de uvas brancas, que consideravam como mais nobres para vinificação.

Certamente há razoes “históricas” e culturais neste preconceito do consumidor brasileiro: a partir do Liebfraumilch (o famigerado vinho da garrafa azul), até à suposta dor de cabeça causado pelo vinho branco, entre outras. Mas pelo que pessoalmente tenho observado o problema atual se resume em 2 principais aspectos.

1) o charme (ou a falta de): brasileiro acha vinho tinto uma bebida charmosa, mas não tem a mesma opinião sobre branco.

2) a qualidade percebida versus o valor gasto: o consumidor brasileiro compra tintos que custam centenas de reais, mas para branco não quer gastar mais de R$ 50. Claro que depois acha que branco é ruim...

Fazer vinho branco bom é mediamente mais complicado e dispendioso do que fazer o mesmo com um tinto, inclusive é mais difícil “mascarar” os defeitos. Ou seja, seria preciso repensar na despesa média e adquirir tintos mais em contas, normalmente agradáveis a preços mais acessíveis, e investir em brancos mais caros. Faça a prova e depois me fale.


Outro engano é achar que branco é para consumo imediato e que não dá para guardar na adega. Alguns sim, mas mediamente até os brancos jovens envelhecem mais que muitos tintos. Na verdade a coisa que une todos os grandes brancos é justamente a capacidade de evoluir no tempo, vinhos que não temem as estações e que conseguem surpreender até depois de muitos anos. Isso independente de serem vinificados em inox, em toneis, barricas, cimento ou até ânforas.

Vinho branco significa variedades de cores, perfumes, de estilos produtivos, de áreas geográficas. Características que, juntas, apresentam um panorama fascinante, capaz de oferecer ao enófilo interpretações sempre diferentes, e sobretudo, de revelar na taça uma gama de sensações de surpreendente complexidade. Escuro, âmbar, dourado, palha, ou até claríssimo, cada vinho branco representa uma descoberta que encontra suas raízes na história da região onde nasceu.

O vinho branco acompanha o homem há milênios, seguindo-o como um companheiro fiel em migrações e conquistas, se adaptando ao longo do tempo a condições climáticas até muito diferentes dos lugares de origem.  Assim, é possível falar da Chardonnay na França, ou da Riesling na Alemanha: castas que acharam o próprio lar depois de séculos de adaptação (e de paciente trabalho do homem) e que conseguem hoje originar vinhos únicos e irreplicáveis em outros lugares.

Os brancos inclusive são vinhos ecléticos, versáteis para acompanhar qualquer momento do dia, mas até qualquer prato, característica central para entender a difusão, onde a videira encontrou as condições necessárias para a sobrevivência.

Então, faça um favor a si mesmo: da próxima vez que adquirir uma garrafa de vinho branco, gaste para ela o que você está disposto a gastar numa de tinto. Verá que vai se abrir um mundo até então desconhecido.

De nada 😉

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

As 100 melhores vinícolas de 2018

A prestigiada revista Wine & Spirits Magazine revelou as 100 melhores vinícolas de 2018, na base das performances mais consistentes em toda a gama de vinhos de cada produtor. Fundada em 1982 em San Francisco, ou seja, na mais importante região vinícola dos Estados Unidos (o Napa Valley fica logo ali), a revista é uma das mais conceituadas e influentes publicações do setor.

Olhando a lista, pode surpreender a ausência de vinícolas badaladas e historicamente premiadas e a presença de outras nunca ouvidas antes; assim como pode surpreender que, por exemplo, as vinícolas dos EUA são mais do que as da França e Itália juntas. Mas é óbvio que eles querem/devem vender o próprio peixe, e que, por outro lado têm que garantir certa alternância, senão a lista seria basicamente igual de um ano para outro.

Tendo claras estas premissas, de qualquer forma esse Top 100 ajuda a ter uma ideia geral da percepção da qualidade de uma vinícola, especialmente, eu diria, sob o aspecto do estilo produtivo. Vamos conferir então a lista das melhores wineries do mundo deste ano, divididas por Países:




ARGENTINA
    Catena Zapata
    Zuccardi 

AUSTRALIA
    D’Arenberg
    Giant Steps
    Grosset
    Voyager Estate
    Yalumba

AUSTRIA
    Stift Göttweig

CANADA
    Cave Spring Cellars

CHILE
    Concha y Toro
    Errazuriz

FRANCE
    Bouchard Père & Fils
    Domaine Vincent Carême
    Domaine Marcel Deiss
    Delas Frères
    Larmandier-Bernier
    J. Lassalle
    Philippe Livera
    Domaine Marc Morey et Fils
    Domaines Ott
    Bruno Paillard
    Domaine du Pégau
    Domaine de la Pousse d’Or
    Eric Rodez
    Louis Roederer
    Rotem & Mounir Saouma
    Domaine Vacheron
    Trimbach
    Domaine de la Vougeraie
    Domaine Zind-Humbrecht

GERMANY
    Dreissigacker
    Fritz Haag
    Robert Weil

GREECE
    Estate Argyros
    Boutari
    Domaine Sigalas

ITALY
    Marchesi Antinori
    Tenuta di Biserno
    Conterno Fantino
    Elvio Cogno
    Gulfi
    Mastroberardino
    Oddero
    Poggio di Sotto
    Le Ragnaie
    Rocca di Montegrossi
    Le Salette
    Sandrone

NEW ZEALAND
    Felton Road

PORTUGAL
    Aphros
    Blandy’s
    Kopke
    Casa da Passarella
    Soalheiro
    Wine & Soul

SLOVENIA
    Kabaj

SPAIN
    Comando G
    Forjas del Salnés
    Luis A. Rodríguez Vázquez
    R. López de Heredia
    Palacio de Fefiñanes
    Raúl Pérez
    Terroir al Limit
    Scala Dei
    Vega-Sicilia

UNITED STATES 
    Anthill Farms
    Bergström
    Big Basin Vineyards
    Buena Vista
    Col Solare
    Corison
    Cristom
    DeLille
    Diamond Creek
    Donkey & Goat
    Drew
    Evening Land Vineyards
    Gramercy Cellars
    Heitz Cellar
    Hermann J. Wiemer
    Hirsch
    Iron Horse
    Keenan
    King Estate
    Lingua Franca
    Matthiasson
    Melville
    Ovum
    Radio-Coteau
    Ravenswood
    Raymond
    Robert Mondavi Winery
    Roederer Estate
    Rose & Arrow
    Stag’s Leap Wine Cellars
    Stags’ Leap Winery
    Storybook Mountain
    Williams Selyem
    The Withers
    Walter Scott

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O maior exportador de vinho branco do mundo


Enquanto o Brasil continua esnobando vinho branco, lá fora os números de consumo da categoria continuam crescendo. Ao mesmo tempo em que o brasileiro consome tinto encorpado e alcoólico mesmo fazendo 40º lá fora, a do branco é já a tipologia de vinho mais consumida em Itália, Grã Bretanha, e em breve EUA.

Ma se isso não surpreende, já surpreende talvez descobrir que o maior exportador de brancos do planeta é a Itália! Isso é o que aponta uma pesquisa da Nomisma - Wine Monitor: com 1,3 bilhões de euro/ano o vinho branco tranquilo da ”bota” é o mais vendido no mundo, se colocando no topo da lista a frente da França que é superada em volume e valor. No terceiro lugar a Nova Zelândia e, a seguir, Espanha, Alemanha e Austrália.

Os principais compradores são os Estados Unidos (36,6%), Alemanha (16,5%) e Reino Unido (14,2%), que concentram 2/3 da produção branca made in Italy.

O motivo de tamanho sucesso do branco italiano parece ser a variedade e tipicidade das uvas autóctones, que dão vida a vinhos muito diferentes dos demais internacionais, e oferecem características muito variadas. Castas como, por exemplo, Verdicchio, Fiano, Vermentino, Garganega (entre outras) surpreendem a cada vez mais pela complexidade, estrutura, frescor, longevidade e, sobretudo versatilidade para harmonizações.

Só falta o consumidor brasileiro descobrir.


terça-feira, 4 de setembro de 2018

Está na hora de largar seu saca-rolha: vamos bater lata...de vinho!



Apesar de parecer um sacrilégio para a maioria dos consumidores brasileiros, já estão à venda latinhas de vinho nacional nas nossas prateleiras. E lá fora então já não é mais uma moda do verão, e sim um negócio de 45 milhões de dólares.

Só nos EUA o mercado de vinho enlatado cresceu 43% no último ano. Apesar de representar uma porção ainda minúsculas da indústria (cerca de 0.2% das vendas totais de vinho), cresce rapidamente, especialmente nas novas gerações (millennials). Eles não querem e não podem gastar 70 USD numa garrafa de vinho, portanto procuram produtos mais acessíveis, o que torna o vinho enlatado mais atraente.

Normalmente gastam entre 4-7 dólares para uma latinha que equivale a cerca de 2 taças de vinho (existem também outros formatos), e que pode ser levada mais facilmente para lugares como praias, parques, acampamentos. E ainda são mais fáceis de reciclar, e aparecem menos pretensiosas para consumidores ocasionais. Ademais isso é bom também para os produtores, pois, segundo pesquisas, os consumidores estão mais dispostos a provar novos vinhos se não forem obrigados a comprar uma garrafa inteira.

Grandes produtores americanos estão investindo fortemente na categoria e se até 3 anos atrás tinha apenas uma dúzia de marcas produzindo vinho em lata, hoje são mais de 100. Só a E. & J. Gallo Winery produziu em 2017 mais de 12 milhões de latinhas de vinho, mas outros players de peso como Francis Ford Coppola, Precept Wine e até pequenas vinícolas independentes como Union Wine Company e Infinite Monkey Theorem apostam neste molde.

Os vinhos elegidos para esta embalagem são pela maioria espumantes, brancos e rosés, principalmente a base de Moscatel, Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Chardonnay. Já para os tintos os prediletos são Pinot Noir, Merlot, Cabernet Sauvignon e blends. 

Apesar da crescente popularidade alguns podem argumentar que vinho enlatado não tem o mesmo charme e romantismo de uma garrafa tradicional. Outros alegam que a lata reduz os aromas e os sabores do vinho. Mas a categoria garante diversão a baixo custo, uma acessível porta de entrada ao mundo de Baco, e, de acordo com os especialistas, mediamente se trata de bons vinhos.  

Vamos provar?



sábado, 11 de agosto de 2018

Há também o Brasil nas melhores pizzarias do mundo!


Dando sequência ao post anterior, o concurso 50 Top Pizza, premiou também as melhores pizzarias ao redor do mundo, categorizadas por lugares ou estilos. Os jurados receberam centenas de candidaturas internacionais e, depois da inspeção, chegaram a um painel final de 5 indicados, com 1 ganhador por categoria, utilizando o mesmo conceito de avaliação: qualidade do produto, serviço, carta de vinhos, de cervejas e de azeites, pesquisa gastronômica, estética e decoração do ambiente.

Portanto, depois de ter visto as 50 melhores pizzarias da Itália, vamos agora conferir quais são os melhores lugares onde saborear uma bela redonda!

Os ganhadores de cada categoria estão evidenciados em vermelho.


Dando sequencia ao post anterior, o concurso 50 Top Pizza, premiou também pizzarias ao redor do mundo, categorizadas por lugares ou estilos. Os inspetores receberam centenas de candidaturas internacionais e, depois de provar, chegaram a um painel final de 5 indicados e 1 ganhador por categoria, utilizando o mesmo conceito de avaliação: qualidade do produto, serviço, carta de vinhos, de cervejas e de azeites, pesquisa gastronômica, estética e decoração do ambiente.
Portanto, depois de ter visto as 50 melhores pizzarias da Itália, vamos conferir quais são os melhores* lugares onde poder saborear uma bela redonda!

*Os ganhadores de cada categoria estão evidenciados em vermelho.

MELHOR PIZZARIA DA ASIA

Peppina - 27/1 Sukhumvit 33, Bangkok – Thailandia
Ciak Concept - Shop 265, 2F Cityplaza, Taikoo Shing - Hong Kong
Pizzeria Mozza - 10 Bayfront Avenue Singapore
Pronto Pizza - Jalan Poppies I, Kuta - Bali
Pizza Chi - 085 Vườn Cam Hợp Giang, tp. Cao Bằng – Vietnam

MELHOR PIZZARIA DO JAPÃO

Da Isa - 1-28-9 Aobadai, Meguro 153-0042, Tokyo
Echi Ponte Vecchio - F8 2-10-70 Nanbanaka Naniwa-, 541-0041 Osaka, Kita – Kansai
Pizzeria Mamma -  Kita Ward, Tanaka 121 - 105, 700-0951 Okayama City
Seirinkan - 2-6-4 Kamimeguro, Meguro 153-0051 -Tokyo
Trattoria Pizzeria da Ciro al Borgo 1-17-3 Honmachi, Akashi, Hyogo – Osaka

MELHOR PIZZARIA DA AMÉRICA DO SUL

Pizzeria Guerrin - AV. Corrientes 1368, Buenos Aires – Argentina
El Cuartito - Talcahuano 937, Ciudad de Buenos Aires - Argentina
Pizzería La Linterna - Av. Los Libertadores 311, San Isidro – Lima - Peru
O Forno - Av.Dom Pedro II, 1056 13320-241 Salto - Brasil
Bráz Pizzaria - Av. Érico Veríssimo, 46 Rio de Janeiro – Brasil

MELHOR PIZZARIA DA OCEANIA

Verace Pizzeria - 7 Khartoum Rd, 2113 Macquarie Park (Sydney) NSW - Austrália
The Dolphin Hotel Dining Room - 412 Crown St. Surry Hills, NSW 2010 – Austrália
400 Gradi - 99 Lygon Street Brunswick East, 3057 VIC Melbourne, Victoria – Austrália
Ombra 76 Bourke St, Melbourne, Victoria 3000 – Austrália
La Disfida 109 Ramsay St, Haberfield, Ashfield – Austrália

MELHOR PIZZARIA DO NORTE DA EUROPA

Villa Marina - Østre Strandgate 2A, 4611 Kristiansand - Noruega
Pane Fresco - Klarabergsgatan, 50, 11121 Stoccolma – Suécia
Pizzeria Luca – Lauttasaarentie 28, 00200 Helsinki – Finlándia
Trattoria La Sultana - Eklandagatan 8 412 55 Göteborg - Suécia
Baest - Guldbergsgade 29, Copenhagen – Dinamarca

MELHOR PIZZARIA NEW YORK STYLE

Roberta’s - 261 Moore Street, Bushwick, Brooklyn, New York – EUA
Lombardi's - 32 Spring St, New York - EUA
Joe’s Pizza – 7 Carmine St, Greenwich Village, New York – EUA
Patsy’s Pizzeria -2287 1st Avenue and East 117th Street, East Harlem, New York – EUA
Di Fara Pizza 1424 Avenue J, Brooklyn, New York – EUA

MELHOR PIZZARIA CHICAGO  STYLE

Giordano’s- 730 N Rush St, Chicago - EUA
Gino’s East - 162 E Superior St, Chicago – EUA
Lou Malnati’s Pizzeria - 439 N Wells St, Chicago – EUA
The Art of Pizza - 3033 N Ashland Ave, Chicago – EUA
Burt’s Place - 8541 Ferris Ave, Morton Grove – EUA

MELHOR PIZZARIA NAPOLITANA FORA DA ITÁLIA

Spaccanapoli, 1769 W. Sunnyside Ave. Chicago - EUA
Kestè West Village – 271 Bleecker St, New York - EUA
Ribalta NYC – 48 E 12TH St, New York - EUA
Pizza e Pazzi, 1182 St. Clair Ave West, Main, M6E 1B4, Toronto, Ontario - Canadá
Ristorante Cavallino, Ferrari World Abu Dhabi, 128717 Abu Dhabi - Emirados Árabes 








segunda-feira, 6 de agosto de 2018

As 50 melhores pizzarias do mundo


Ok, ok, na verdade se trata das 50 melhores pizzarias da Itália, mas seguindo uma fácil equação lógica: se reconhecidamente a melhor pizza do mundo é a da Itália, podemos então concluir que a melhor da Itália seja automaticamente a melhor do mundo, não é? Isto sem ofensas aos paulistanos, novaiorquinos e todos aqueles que consideram a própria pizza como a melhor, afinal os mesmos organizadores do 50TopPizza (prêmio inspirado no já famoso 50 Best Restaurants) comparam a pizza da Itália ao basquete da NBA que mesmo sendo um campeonato nacional americano é o melhor do mundo.

Mas se o destino da sua próxima viagem não for à Itália, não desanime: foram premiadas também outras pizzarias ao redor do mundo (vou deixar para o próximo post, não perca!).

Um time de 100 especialistas do mundo enogastronômico visitou de forma anônima 1000 pizzarias e avaliou os seguintes critérios: qualidade do produto, serviço, carta de vinhos, de cervejas e de azeites, pesquisa gastronômica, estética e decoração do ambiente.

A premiação do 50 Top Pizza ocorreu na semana passada em Napoli, berço da redondinha. Confira então a lista das 50 melhores pizzarias da bota e, entre parenteses, os prêmios especiais por categoria.





1 Pepe In Grani – Caiazzo (CE) – Campania
2 I Masanielli – Francesco Martucci – Caserta – Campania (novidade do ano)
3 50 Kalò di Ciro Salvo – Napoli – Campania (pizza do ano - margherita)
4 I Tigli – San Bonifacio (VR) – Veneto (pizzaiolo do ano)
5 Pizzaria La Notizia 94 – Napoli – Campania (Performance do ano)
6 Gino Sorbillo ai Tribunali – Napoli – Campania
7 La Gatta Mangiona – Roma – Lazio (prêmio para carreira)
8 Pizzaria La Notizia 53 – Napoli – Campania
9 Francesco&Salvatore Salvo – San Giorgio a Cremano (NA) – Campania (melhor carta de azeites)
10 Pizzeria Starita a Materdei – Napoli – Campania
11 Concettina Ai Tre Santi – Napoli – Campania
12 Lievito Madre al Duomo – Milano – Lombardia
13 'O Fiore Mio – Faenza (RA) – Emilia Romagna
14 Casa Vitiello – Caserta – Campania
15 Dry – Milano – Lombardia
16 Sforno – Roma – Lazio
17 Pizzeria Da Attilio – Napoli – Campania
18 Patrick Ricci – Terra, Grani, Esplorazioni – San Mauro Torinese (TO) – Piemonte
19 L'Antica Pizzeria Da Michele – Napoli – Campania
20 Saporè – San Martino Buon Albergo (VR) – Veneto
21 Berberè – Castel Maggiore (BO) – Emilia Romagna
22 Tonda – Roma – Lazio
23 La Masardona – Napoli – Campania
24 Santarpia – Firenze – Toscana
25 10 Diego Vitagliano Pizzeria – Napoli – Campania
26 Grigoris – Mestre (VE) – Veneto (melhor carta de vinhos)
27 Le Follie di Romualdo – Firenze – Toscana
28 Piccola Piedigrotta – Reggio Emilia – Emilia Romagna
29 Seu Pizza Illuminati – Roma – Lazio
30 In Fucina – Roma – Lazio (melhor serviço)
31 Carlo Sammarco Pizzeria 2.0 – Aversa (CE) – Campania
32 La Sorgente Pizzeria – Guardiagrele (CH) – Abruzzo
33 Carmnella – Napoli – Campania
34 'O Scugnizzo – Arezzo – Toscana
35 Pizzeria Apogeo – Pietrasanta (LU) – Toscana
36 Pizzeria Le Parùle – Ercolano (NA) – Campania
37 Fandango Racconti di Grani – Filiano (PZ) – Basilicata
38 Lievito 72 – Trani (BT) – Puglia
39 Da Zero – Milano – Lombardia
40 Osteria Pizzeria Per Bacco – La Morra (CN) – Piemonte
41 La Braciera – Palermo – Sicilia (prêmio identidade territorial)
42 Percorsi Di Gusto – L'Aquila – Abruzzo (prêmio inovação e sustentabilidade ambiental)
43 Mistral dal 1959 – Palermo – Sicilia
44 Pizzeria Mamma Rosa – Ortezzano (FM) – Marche
45 I Masanielli – Sasà Martucci – Caserta – Campania
46 Enosteria Lipen – Triuggio (MB) – Lombardia
47 Marghe – Milano – Lombardia
48 Fresco Caracciolo – Napoli – Campania
49 Framento – Cagliari – Sardegna (melhor carta de cervejas)
50 La Divina Pizza – Firenze – Toscana

Como era de se esperar, domina a lista a minha região da Campania, com 19 presenças entre Nápoles e arredores, afinal a pizza napolitana foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco,  mas como pode se ver, é possível comer uma pizza top de norte a sul.

No próximo post, os prêmios internacionais e as melhores pizzarias around the world. Fique ligado.




quinta-feira, 26 de julho de 2018

Volta o grande evento de vinho brasileiro!


Quando a paixão transcende a profissão os resultados podem ser surpreendentes. E’ exatamente o caso da “dupla dinâmica” Gustavo Guagliardi Pacheco e Marcelo Ideses: eles não são profissionais nem da área de vinho nem da área de eventos, mas no ano passado conseguiram realizar um dos melhores eventos de vinho já vistos no Brasil, e, pela felicidade de milhares de enófilos, vão replicar (e aperfeiçoar) a formula este ano.

Vinho brasileiro é já uma realidade consolidada e continua crescendo. Eu sou suspeito, pois sempre elogiei, inclusive nestas páginas, o estilo e a qualidade média dos vinhos nacionais e, portanto, não poderia ser mais contente em anunciar mais um grande evento voltado a divulgar esta qualidade aos consumidores.

A segunda edição do ViniBraExpo acontece nos próximos dias 4 e 5 de agosto na Cidade Maravilhosa, trazendo o que de melhor a viticultura nacional tem a oferecer.
Em degustação livre mais de 400 rótulos procedentes de todas as regiões produtoras (tradicionais e emergentes), e ainda será possível aprofundar vários temas específicos durante 10 masterclasses. Ainda mais: área gourmet, música ao vivo, concursos*, exposições. Enfim,  um grande evento que reúne diversão, entretenimento e cultura. Se eu fosse você não perderia.

Confira abaixo o release oficial com todos os detalhes.

*Aproveito para agradecer publicamente a organização, na pessoa de Gustavo Gualhardi Pacheco, pelo convite a fazer parte do júri internacional de especialistas que elegerão o TOP10, mas infelizmente não poderei comparecer, pois nestas datas não estarei no Brasil.

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ViniBraExpo 2018
O Grande Festival do Vinho Brasileiro
Público e Júri Especializado irão eleger o Top10 ViniBraExpo
Nos dias 04 e 05 de agosto, o Rio de Janeiro será palco mais uma vez da ViniBraExpo, o “Grande Festival do Vinho Brasileiro”, que chega à sua segunda edição com a participação de mais de 50 vinícolas de todas as regiões do país, nos Jardins do Office - Shopping Città, Barra da Tijuca, RJ.

Idealizado por uma dupla de empresários apaixonados pelo vinho, Gustavo Guagliardi Pacheco e Marcelo Ideses, o evento foi concebido com um propósito muito claro: fazer um festival de referência pelos vinhos brasileiros nos mesmos moldes dos melhores festivais internacionais do mundo, como o Grand Tasting (França) e o Essência do Vinho (Portugal).

A expectativa é receber mais de 4 mil pessoas entre profissionais e público geral nos dois dias de evento, o dobro do ano passado, e gerar mais visibilidade e negócios para um setor que vem registrando sucessivos recordes em sua produção.

“O vinho brasileiro já é uma realidade há algum tempo, tendo sua qualidade reconhecida no exterior. Precisamos exaltar o belíssimo trabalho de vinícolas de distintas partes do país, que buscam, acima de tudo, a expressão de seus lugares”, explica Gustavo Pacheco.

Estatísticas mostram que nos últimos três anos houve um incremento de mais de 15% no consumo da bebida no país e a previsão é que continue crescendo: até 2030 o Brasil será o quinto maior comprador de vinho do mundo, de acordo com estudos internacionais.

Na ocasião, os “wine lovers”, terão a oportunidade de conhecer centenas de rótulos e descobrir verdadeiras pérolas. Os destaques serão revelados tanto de regiões mais tradicionais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, quanto de novos e surpreendentes polos de produção de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Bahia.

Dentro da programação prevista, haverá uma exposição que retratará a história do vinho brasileiro, além de shows de jazz, oficinas de experiências sensoriais e uma área gourmet, dedicada aos melhores produtores de queijos e embutidos artesanais do país.

Em uma área de 20 mil metros quadrados, em meio a jardins paisagísticos e com as atividades em área coberta, o evento está dividido em 4 setores: Área de Degustação, Área de Masterclasses, área de Convívio Gourmet e Espaço Cultural.

Na Área de Degustação será possível provar e adquirir os produtos direto das vinícolas e conhecer mais sobre suas histórias com acesso ao custo de R$ 75,00. Simultaneamente, na Área de Masterclasses localizada dentro do Centro de Eventos do Città Office, o visitante terá a oportunidade de participar de degustações dirigidas por alguns dos maiores especialistas no assunto ao custo de outros R$ 95,00 cada. Serão 10 Masterclasses, com duração de 1h30, onde tanto os iniciantes quanto os mais experientes, poderão se aprofundar em temas específicos degustando vinhos de exceção.

Bem ao estilo das mais tradicionais feiras de vinho do mundo, a ViniBraExpo promove um grande concurso. Assim, todos os vinhos degustados pelo público serão degustados às cegas por uma banca internacional, composta por 40 profissionais renomados de seis países diferentes, que elegerão os 10 melhores vinhos do evento, em 15 categorias. Ao final, serão eleitos os Top10 ViniBraExpo, com os diversos tipos de espumantes, brancos, rosés, tintos, doces, e também por cada variedade de uva.

A ViniBraExpo 2018 realizará, ainda, o 2º Prêmio Brasil Sommelier, onde será escolhido, através de uma competição, o Melhor Sommelier para Vinhos Brasileiros em uma finalíssima com prática, serviço e identificação de vinhos aberta ao público. Para completar, haverá a escolha da Vinícola do Ano, Vinícola Revelação do Ano, Restaurante com a Melhor Carta de Vinhos Brasileiros, do Melhor Estabelecimento de Vinhos Brasileiros e da Personalidade do Ano de 2018 para o Vinho Brasileiro.Entre os especialistas confirmados para compor o júri estão nomes de peso como Alexandre Lalas, Cecilia Aldaz, Celio Alzer, Danio Braga, Deise Novakoski, Dionísio Chaves, Euclides Penedo Borges, François Dupuis, Homero Sodré, Marcos Lima, Nuno Pires, Pedro Hermeto, entre outros.

Paralelamente, ao visitante caberá a nobre "missão" de escolher, dentre todos os vinhos degustados, os seus favoritos. Na saída da Área de Degustação haverá uma urna onde deverão ser depositados os votos com as preferências de cada visitante. Aquele rótulo que receber mais votos será eleito o “Vinho do Público”.

A ViniBraExpo também conta com a importante chancela da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), do Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN) e apoio do SEBRAE.  Parte da arrecadação será revertida para o Instituto Pró Criança Cardíaca.

Em vista de sua estrutura coberta, em caso de chuva, o evento ocorrerá normalmente.

O EVENTO: ViniBraExpo 2018
Datas: 04 (sábado) e 05 (domingo) de Agosto
Endereço: Jardins do Office, Shopping Città, Avenida das Américas, 700 – Barra da Tijuca

Área de Degustação Livre (Vinhos e Gastronomia Artesanal):
Horário de Funcionamento ao Público: 14:00h às 22:00h
Valor Promocional: R$ 75,00 (pré-venda) www.ingressorapido.com.br
Valor Regular: R$ 95,00 www.ingressorapido.com.br
*Imprensa especializada e profissionais do ramo terão identificação e acesso diferenciados.

Masterclasses (Provas dirigidas por especialistas):
Sábado, 04/08/2018:
12h00: Top-Espumantes do Brasil
14h00: Brancos Fora da Curva
16h00: Grandes Vinhos de Dupla-Poda
18h00: Máxima Expressão das Castas
20h00: Super Merlots Safra 2012 D.O. Vale dos Vinhedos

Domingo, 05/08/2018:
12h00: Os Melhores Chardonnays do Brasil
14h00: Painel: Vinhos Naturais
16: h00: Um Novo Brasil
18h00: Castas e Vinhos Raros
20h00: 2005: Uma Safra Histórica

Valor Promocional: R$ 95,00 (pré-venda) www.ingressorapido.com.br
Valor Regular: R$ 120,00 www.ingressorapido.com.br
(cada palestra inclui a degustação dirigida de cinco vinhos de exceção)

*O Centro de Eventos, local onde serão realizadas as Masterclasses, é parte do complexo e está em situação central e bem sinalizada, sendo necessário adquirir o ingresso do dia do evento para acessar a sala onde ocorrerão as Masterclasses daquele mesmo dia. Não é possível adquirir ingressos separadamente.

Como chegar:
De carro: O local dispõe de amplo estacionamento ao custo de R$ 6,00 promocional de R$ 6,00 para cada dia do evento.
De táxi: Barra Town descontos nas corridas de ida 30% e volta 10%: 2426-0334.
De transporte público: Metrô - Estação Jardim Oceânico + BRT (Bosque Marapendi).

Sobre o Città:
Inaugurado em dezembro de 1999, o Città América Office passa por um grande processo de revitalização para oferecer ainda mais conforto, serviços e opções de compra e gastronomia para seus clientes. Fruto de um choque de gestão que possibilitou o investimento de aproximadamente 16 milhões sem nenhum custo extra para condôminos e lojistas, as obras incluem a modernização da fachada, das escadas rolantes, banheiros e pátios. Com localização privilegiada no coração da Barra da Tijuca, o complexo conta com um prédio comercial com 3 pavimentos e 7 blocos corporativos onde destacam-se a segurança, a funcionalidade e o ambiente aprazível que recebe eventos memoráveis para a cidade do Rio de Janeiro. 









domingo, 22 de julho de 2018

A elegância de Philippe Pacalet


Olhando a foto ao lado, este homem não é exatamente sinônimo de elegância, mas felizmente seus vinhos são. Confesso que minha primeira experiência com Philippe Pacalet, há cerca de 10 anos atrás, não foi entusiasmante. A garrafa em questão era um Puligny-Montrachet, gentilmente oferecida pelo amigo Rodrigo Santos, e lembro que não nos deixou particularmente impressionados. Um bom vinho, claro, mas o achamos apenas correto e nada para arrancar os suspiros que esperávamos.

Não sei dizer se foi uma garrafa não sortuda, uma safra pouco convincente, uma harmonização pouco acertada, ou talvez, porque não, o nosso paladar estava em outro estágio (afinal ele também evolui - ou pelo menos se espera), mas fato é que ao longo dos anos a seguir tive a oportunidade de provar mais vinhos de Pacalet em diversas ocasiões e achei todos de uma pureza espetacular: revendo as minhas avaliações no Vivino de seus vários Pommard, Nuits-Saint-Georges, Mersault, Gevrey-Chambertin, Chambolle-Musigny de diferentes safras, a minha nota mais baixa é de 4 estrelas...

Philippe Pacalet faz parte da nova geração de vignerons “naturais” da Borgonha (tem pouco mais de 40 anos). Depois dos estudos em enologia, com especialização em leveduras indígenas por 10 anos foi diretor do Domaine Pieuré Roch, do coproprietário do Romanée-Conti. Depois desta importante experiência resolveu fundar sua própria vinícola: hoje produz 50mil garrafas por ano, procedentes de cerca de 10 hectares de vinhedos, alguns alugados, outros próprios, dentro de algumas das mais prestigiadas denominações borgonhesas. As vinhas são conduzidas de maneira biodinâmica e não faz uso de sulfito em nenhum momento.

Durante o curso WSET nível 3 que fiz recentemente em Milão, uma das garrafas mais marcantes ás cegas foi um Premier Cru do Pacalet e mais uma vez pude comprovar a alta qualidade deste produtor:

Philippe Pacalet Beaune 1er Cru Les Perrières 2014

A pinot noir aqui dá mais um show de elegância, pureza e genuinidade indiscutível: muito pronunciado no nariz de cerejas, rosas, ameixas, grama cortada, hortelã. Na boca ressalta uma alta acidez, balanceada por taninos macios de boa intensidade, muita fruta silvestre com adição de pedras molhadas, pele de salame, defumado, folhas de eucalipto, e uma leve nota oxidativa, vindo dos 16 meses de estágio em madeira. Lindo.


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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Corra e não perca a sua garrafa de vinho novaiorquino!


Lembra das vinhas plantadas nos telhados de Nova York? Se perdeu o começo da história clique aqui.

Pois bem, agora já vai poder colocar seu nome na waiting list para adquirir (no próximo ano) a tão aguardada "joia engarrafada" novaiorquina.

Finalmente foi anunciado que a primeira safra comercializada será a de 2019, numa produção de 300 garrafas e você pode tentar garantir o seu frasquinho pela bagatela de 1.000 dólares

O Devin Shomaker, criador do projeto Rooftop Reds, acha o preço adequado, considerando  a exclusividade e peculiaridade do projeto, e também em função do número muito limitado de garrafas. 

Não sei você, mas esta eu vou deixar passar. Afinal não vai certamente faltar apreciador bobo entusiasta para esgotar a produção inteira.





sexta-feira, 15 de junho de 2018

Um estilo único e espetacular


A uva Sémillon (ou Semillion) é conhecida pela sua utilização na região de Bordeaux. Nativa de Saint Émilion (daí o nome), mas é principalmente nas áreaa de Pessac-Leognan (Graves) e Sauternes que origina respectivamente alguns dos melhores vinhos brancos e de sobremesa do mundo.

Existe, porém, um estilo de vinhos produzidos com Sémillon varietal 100% e seco, não tão conhecido, mas totalmente diferente e único no mundo, que vem ganhando popularidade e merece certa atenção. Falamos dos Sémillons da Hunter Valley

Estamos no sudeste da Austrália, precisamente na região de New South Wales, a cerca de 250 km ao norte de Sidney. Aqui o clima é quente e úmido, supostamente não propicio para produção de Sémillon de qualidade. E de fato esta uva aqui cresce naturalmente sem muita expressão. Os vinhos resultantes costumam ter alta acidez, ser fracos em cor, corpo e álcool, e desenvolvem aromas e sabores neutros. Mas os enólogos locais fizeram uma descoberta e tanto: estes vinhos evoluem incrivelmente em garrafa por décadas, ganhando cor dourada e um leque aromático-gustativo de nozes, mel, notas tostadas, quase como se tivessem passado em madeira.

Praticamente, depois da vinificação os vinhos são rapidamente engarrafados; daí em diante o único protagonista é o tempo, que torna estes brancos anônimos em belíssimos caldos complexos e estruturados.

Pena que por enquanto é ainda uma categoria difícil de encontrar nas lojas comuns, mas fiquem de olho, pois estes vinhos são já considerados como a jóia da coroa australiana e têm tudo para se tornar the next big thing, uma nova tendência mundial, inclusive porque tem (ainda!) preços acessíveis.

Provei um bom exemplar no curso WSET nível 3 que recentemente fiz em Milão. Precisamente este: Mount Pleasant Elizabeth Cellar Aged Semillon 2009




A Mount Pleasant fica no coração da Hunter Valley e é uma das vinícolas mais tradicionais da região. Fundada em 1921 pelo então jovem enólogo Maurice O'Shea, que acabou se tornando  uma das mais importantes personalidades do vinho australiano, uma verdadeira lenda.

Também neste caso as uvas de Semillon são colhidas com alta acidez e poucos açucares (resultando em apenas 10,5% de álcool), esmagadas mantendo o mínimo contato com as cascas, fermentadas em tanque de aço e o vinho resultante é imediatamente engarrafado.

Com 9 anos de vida ele ainda está em plena fase evolutiva, mas se encontra num momento interessante, intermediário, onde a fruta ainda abundante (limão, tangerina, maçã, pêssego) vai mudando devagar para nozes, avelã, castanhas, mel e defumado, num fundo de pedras molhadas. A acidez está mais amigável, mas ainda viva carregando toda a estrutura num corpo médio que confirma no palato as sensações olfativas, indo para um final de boa persistência. Intenso. Ainda vai longe.