domingo, 31 de julho de 2011

Vinho orgânico não existe (a lei NÃO é igual para todos)

O vinho orgânico no velho mundo não existe, e temo, nunca vai existir. Sim, claro, tem os vinhos procedentes de uvas orgânicas, onde a certificação pertence somente ao cultivo das uvas. Mas na adega das vinícolas as coisas mudam, e uma vez engarrafado temos que beber o que eles querem que bebamos. Pelo menos até quando a União Européia não aprove um regulamento digno desse nome.

O obstáculo maior dos produtores “bio” chama-se anidrido sulfuroso, aquela simpática substância que ninguém quer, mas que todos, mais ou menos, usam, não existindo ainda válidas alternativas para a conservação do vinho. O problema é que o enxofre, vamos chamá-lo com seu nome real, não faz muito bem para a saúde, e contrabandeá-lo como alimento não é coisa muito bonita. Poderia se limitar o uso, mas o maior problema é justamente estabelecer a quantidade máxima permitida.

Logo quando todos pareciam concordar, chega na mesa do SCOFF (Standing Committee on Organic Food and Farming, a comissão permanente para a alimentação e a agricultura orgânicas) um projeto de regulamento que cancela um ano de negociações e torna piores os acordos já feitos. De acordo com o projeto, os níveis de enxofre no vinho não serão iguais para todos, mas menores para os países do Mediterrâneo e maiores para a Alemanha que, na prática, vai ostentar a certificação de "Vinho Orgânico" mesmo tendo igual nível de enxofre do vinho convencional. Alguns espertos enfiaram até uma liminar que consente superar os limites "em caso de condições climáticas adversas" e pronto! O jogo está feito: o vinho orgânico não existe. 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O ataque é a melhor defesa

Já vimos o vinho básico (Bolso Esperto, por sinal) e um premium da Herdade do Esporão. Este, ao invés, fica justo no meio dos dois.

O Vinha da Defesa Tinto primeiramente se destaca pela bonita garrafa com rótulo serigrafado. Mas não é só estética não: o conteúdo é à altura do visual.

Corte de Touriga Nacional e Syrah, maturado 6 meses em carvalho americano, é um vinho moderno, mas que não perde a cara do Alentejo.
Aromas florais, de fruta negra e notas tostadas. Bom corpo, sedoso, taninos bem trabalhados, acidez na medida certa, álcool totalmente integrado, resultam em um vinho muito equilibrado. Final médio com destaque para alcaçuz.

Enfim, o Vinha da Defesa, não precisa de defesa: se defende muito bem sozinho.

Voto gringo: 7
  
Vinho: Vinha da Defesa Tinto
Safra: 2008
Produtor: Herdade do Esporão
País: Portugal
Região: Alentejo
Uvas: Touriga Nacional e Syrah
Teor Alcoólico: 14%
Importadora: Qualimpor
Custo médio: R$ 60,00

terça-feira, 26 de julho de 2011

8 simples sinais que o seu vinho está estragado

Como sabemos, o conteúdo de uma garrafa apenas aberta não necessariamente pode estar como queríamos, ou pior, pode estar estragado. E nunca falta o sommelier da vida que quer te convencer que você está enganado. Então, nestas horas, você sabe como reconhecer os defeitos? Don’t worry, o MondoVinho vem aí com mais um guia prático de sobrevivência, que vai te ajudar nos momentos duvidosos.

1) Alvenaria
Tipo: a cor do seu Malbec 2010 vai de tijolo de barro para quadra de tênis do Roland Garros.
Os tons naturais de cor de um tinto são: vermelho rubi/púrpura/alaranjado/granada. Já as nuances de um branco podem ser amarelo esverdeado/palha/dourado/âmbar. Quando ambos os tipos (tinto e branco) ficam em contato com o oxigênio, perdem parte do brilho e pegam uma cor tendente ao marrom. Isso é normal para vinhos de longa maturação, mas em garrafas e safras recentes é o primeiro sinal que o seu vinho está oxidado.

2) Borbulhas
Tipo: o seu Sauvignon Blanc tem uma perlage na taça que nem Champagne.
As leveduras não têm desenvolvido bem as próprias tarefas. Partículas de açúcar andam soltas pela garrafa. Com a chegada do primeiro calor, as leveduras voltam à ação e uma nova fermentação não desejada começou implacavelmente.

3) Au-au!!!
Tipo: no restaurante pede um Barolo e vem com o cheiro do seu cachorrinho molhado.
Mesmo se o seu vinho for um Conterno 1990 não necessariamente os aromas terciários devem ter licença para matar. Se o cheiro do seu Totó domina na taça, isso tem uma explicação plausível: o TCA tem tomado posse de seu vinho. A sigla significa Tricloroanisol, substância  química que é a maior responsável pelo cheiro de mofo, melhor conhecido como bouchonée (já passei por isso...)
No caso o sommelier acima citado tentará fazer você mudar de opinião “é o típico aroma de papelão molhado”. Claro: uma garrafa desta tem que ser vendida a qualquer custo!

4) Muuuuu
Tipo: o seu Syrah cheira a band-aid, ou pior, a celeiro.
A levedura Brettanomyces, em pequenas doses pode até ser índice de tipicidade e tem seus apreciadores, mas se você sentir no nariz uma verdadeira transumância de gados, então não está perante de um bom vinho que mostra o próprio terroir, mas na frente de uma bela contaminação de Brett.

5) Salão de beleza
Tipo: o seu Chianti tem cheiro de esmalte para unhas, ou pior, de vinagre.
A evolução natural do vinho é de se tornar (antes ou depois) vinagre. Sinal que as bactérias do ácido acético estão trabalhando causando a chamada de acidez volátil (ou VA). Como pelo Brett, a VA pode ser indicador de boa qualidade, mas em excesso é um defeito. Se o seu vinho estiver deste jeito, use-o como condimento. A sua salada agradece.

6) Cobaia
Tipo: pede um Cabernet Sauvignon e se lembra do laboratório onde a sua parceira bióloga te leva de vez em quando.
Os ingleses o chamam de "mousey", eu o chamo fedor de rato. Mais uma vez os responsáveis são as bactérias. Mesmo assim, também tem uma delegação de adeptos, mas este “aroma” pra mim é bastante desagradável, o suficiente para me fazer feliz tomando água fresca.

7) Dentro do vulcão  
Tipo: pede um Pinot Noir e encontra sob o nariz um repolho cozido.
Defeito causado pela indesejada formação de compostos sulfurosos (enxofre). Outro cheiro comum é de borracha queimada.

8) Não preciso de Tylenol
Tipo: pede um Gewurztraminer e te trazem uma água natural sem gás.
Se não estiver sentindo nenhum aroma não é necessariamente porque esteja gripado. O vinho pode ter sido servido a uma temperatura muito baixa, ou talvez precise de um pouco de oxigenação. Tente esquentar a taça com as palmas das mãos e rode-a novamente. Se nada acontecer é até provável que o vinho tenha um baixo nível de bouchonée, ou seja: o TCA já cancelou os bons aromas do vinho, mas ainda não chegou a desenvolver os cheiros desagradáveis acima citados.

sábado, 23 de julho de 2011

Como destruir U$1 milhão de vinho em um único movimento

Quem nunca involuntariamente já quebrou uma garrafa de vinho? Sabem como é, né? Pedaços de vidro pela casa, o vinho tinto que manchou para sempre aquele carpete oriental e aquele ótimo perfume que revela que o vinho deveria ter sido mesmo muito bom...

Consolem-se: há quem fez pior que vocês. Um motorista de empilhadeira no porto de Sydney, na Austrália, conseguiu destruir de uma vez um contêiner de 1 milhão de dólares em Syrah australiano! Para ser preciso, 486 caixas contendo garrafas de 200 dólares cada, praticamente a inteira produção anual da vinícola Mollydooker Wine, direcionada para o mercado americano.

"Parecia a cena de um crime" afirmaram os funcionários do porto. “Vermelho em toda parte”.

“Mas o cheiro era fenomenal!” declararam.

Coisas que acontecem, mas com certeza neste momento não gostaria de ser o dono da seguradora.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Um belo branco diferenciado

Da região alemã do Reno, um bom riesling biodinâmico.
A Dr. Bürklin-Wolf é uma das maiores vinícolas da Alemanha e bastante tradicional: desde 1597 é referência quando o assunto é Riesling.

Localizada no distrito de Pfalz (terrroir considerado por muitos como o Montrachet da Alemanha), adepta ao cultivo biodinâmico, é a única casa estrangeira membro da associação francesa de produtores biodinâmicos Biodyvin.

Este Wachenheimer Altenburg é um riesling trocken (quer dizer “seco”), classificado como Premier Cru, bastante interessante: com notas de flores brancas, pêra e fruta cítrica no nariz, e muito frescor, corpo e profundidade na boca, com destaque para mineralidade. Tem um potencial de guarda de mais de 10 anos.
Simplesmente perfeito com peixe e frutos do mar.

Voto gringo: 7 ½

Vinho: Wachenheimer Altenburg Premier Cru Riesling Trocken
Safra: 2009    
Produtor: Dr. Bürklin-Wolf
País: Alemanha
Região: Pfalz
Uvas: Riesling (100%)
Teor Alcoólico: 13%
Importadora: Mistral
Custo médio: R$ 115,00

sábado, 16 de julho de 2011

Nuas para o vinho


Um grupo de jovens enólogas austríacas posou pelado para um ensaio “sexy, mas não excessivamente erótico”.
As fotos vão ser publicadas em um calendário destinado a divulgar a cultura do vinho e se espera a levantar as vendas das vinícolas da Áustria (mais provável que levante outras coisas...).
O calendário pode ser adquirido on-line, pelo custo de 25 euros (sic!), neste site:
www.e-ledermueller.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Como se faz uma rolha de cortiça?

falamos, brincamos e polemizamos bastante a respeito da rolha de cortiça: em breve será um luxo reservado para poucas e caras garrafas. A oferta de cortiça não satisfaz a demanda da indústria vinícola e os preços sobem. As melhores rolhas, de 4/5 cm de comprimento e sem defeitos custam na Europa já mais que umas garrafas de vinho barato, mas garantem duração medível em décadas. Para todas as outras o destino está decidido: depois de 10 anos a rolha estraga, com tendência a se esfarelar com o uso do saca-rolha, ou então tem poros demais e conseqüentemente pouca resistência ao oxigênio.
Portugal produz 60% da produção mundial, seguido de Espanha e Itália. Pequenas parcelas procedem de Marrocos, Argélia e Tunísia.

O problema, vocês já o conhecem: uma vez plantada a planta, é preciso esperar cerca de 25 anos para uma cortiça de boa qualidade. De fato, os sobreiros começam a produzir depois de 15/20 anos, mas a primeira cortiça (chamada de cortiça macho) que vem retirada é de péssima qualidade: ela volta a crescer depois de 9/12 anos, chegando a 5 cm de espessura, sem as irregularidades e defeitos do primeiro ciclo. Nesta altura a cortiça fêmea está pronta para ser cortada, operação que é efetuada manualmente, para evitar danos para a arvore.

Depois da devida introdução, vamos ao nosso know-how: como são feitas as rolhas de cortiça?


O ano de vida da planta é marcado no tronco, de modo que cada árvore não seja cortada na hora errada.


A fase do corte é a mais delicada. É retirado somente o felogênio, deixando intactos os extratos sucessivos para não prejudicar o recrescimento. A operação é feita rigorosamente à mão e golpes de machado.


 Assim aparecem as cascas logo depois de serem cortadas. Em geral, as empresas maiores as guardam logo em um ambiente protegido para evitar a contaminação indesejada.


As cortiças passam em um fervedor, que, simultaneamente, as desinfeta, as limpa e as torna mais elásticas.


 Depois da ebulição, as cascas, são prensadas, esticadas e submetidas a uma primeira seleção. As sobras da produção serão usadas para as rolhas técnicas: feitas de lascas de serragem coladas e prensadas.


 É a hora da perfuração, a fase crucial: há que escolher as melhores partes da cortiça para "extrair" as rolhas.


A primeira seleção é feita com um leitor óptico. Um jato de ar vai dividir as rolhas conforme qualidade e medidas.


A segunda e final seleção é feita manualmente. As rolhas feitas de um único pedaço de cortiça são divididas por tamanho (altura), porosidade e eventuais pequenas lesões. Cada fabricante pode ter até cinco variedades diferentes no catálogo de uma rolha mono-peça variando de um custo mínimo de 0,20 centavos a 1,50 centavos de dólar por garrafas.


Credit: Wineanorak

terça-feira, 12 de julho de 2011

Inacreditável: WS87 pontos para 22 reais!

Um tinto avaliado com 87 pontos pela Wine Spectator que custa pouco mais de R$20 merece capa de revistas...no meu caso vai se candidatar para o Oscar do Bolso Esperto.

Botter é um gigante vitivinícola, produz vinhos na Itália inteira com técnicas super-modernas e tecnologia de vanguarda: obviamente estamos falando de vinhos “industrializados”, mas mesmo assim com respeito para o terroir e os sabores regionais.

Este Pinot Noir Avanti IGT delle Venezie é um belo exemplar do genro: varietal 100% sem estágio em madeira, mas com boa complexidade aromática e gustativa: violetas, um toque herbáceo e umas especiarias. Um pouco diferente dos pinot noirs que encontramos por aqui. Os taninos são levemente secantes, mas bastante finos. Final de boca de fruta silvestre ainda verde.

Mais um vinho diferenciado para sair da mesmice poupando dindin.

Única nota negativa: por enquanto é disponível somente aqui no Rio de Janeiro (importado pela Zona Sul).

sábado, 9 de julho de 2011

A erva do vizinho...


"Quem tem pão e vinho, está melhor que seu vizinho."
 >Provérbio italiano
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Horóscopo do vinho: Câncer

Afetuoso, meigo, quase indefeso, procura confirmações nos outros, mas é capaz de escolher e lutar pelas suas escolhas. Um pouco lunático e irritável, você está amarrado ao passado com profunda gratidão. 
O vinho te remete à infância, à cozinha da avó, à panela no fogão. Na taça procura os sabores dos velhos tempos e gosta de uma noite com os amigos ao redor de uma garrafa.
O seu vinho: Tempranillo

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um vinho "explosivo"...

A localização é no maior vulcão da Europa entre rochas pretas e areias; as uvas são autóctones e quase desconhecidas por aqui; as dificuldades de obter bons resultados são grandes e constantes; escassez de água; bastante calor de dia e muito frio de noite, com brisa do mar perto (ademais, temperaturas sempre mutáveis, pois o vulcão é ativo).
Mesmo nestas condições extremas, os vinhos (tintos e brancos) produzidos nesta denominação de origem são certamente notáveis e bastante singulares.

Estou falando do Etna, no sul da Itália, mais precisamente na Sicília. Por causa das dificuldades acima citadas, fala-se por lá em “criação” das videiras e não de “cultivo”, pois o trabalho do homem deve ser bem primoroso e requer estudos aprofundados do terroir.

Um bom exemplo é este Etna D.O.C. Rosso Di Verzella, do Benanti, um dos maiores e mais tradicionais (150 anos de história) produtores da região.

Elaborado com um blend de duas uvas locais de vinhedos de 40 anos de idade: a tanicidade da Nerello Mascalese, balanceada pela maciez do Nerello Cappuccio, maturados 8-10 meses em barricas de carvalho criam um vinho muito elegante e equilibrado.
De cor clarinha (lembrando um pinot noir), a salinidade do solo vulcânico traz aromas e sabores minerais e elevada acidez, o clima proporciona fruta madura e quentes nuances de especiarias, já a madeira adiciona complexidade, leve toque tostado e baunilha. Taninos um pouco secantes, mas finos.

Um vinho diferenciado com particular vocação gastronômica.

Voto gringo: 7

Vinho: Etna D.O.C. Rosso Di Verzella 
Safra: 2005
Produtor: Benanti
País: Itália
Região: Sicilia
Uvas: Nerello Mascalese, Nerello Cappuccio
Teor Alcoólico: 13,5%
Importadora: Enoteca Fasano
Custo médio: R$ 89,00

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Clássico alentejano

Este é um outro clássico por aqui. Já vimos o vinho de entrada e também o novo projeto no Douro da Herdade do Esporão, vamos agora para a linha Reserva desta famosa vinícola alentejana.
Sendo frequentemente considerado como um dos melhores vinhos portugueses, o Esporão Reserva Tinto é uma referência do Alentejo e, apesar de não ser o vinho top da vinícola (existe a linha Private Selection acima) é o seu vinho mais representativo, colecionador de prêmios internacionais, verdadeiro carro chefe da casa.

Corte de Aragonês, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet, maturado por 1 ano em carvalho (americano e francês), mais 1 ano em garrafa.

Nariz sedutor de fruta silvestre, baunilha e café. No paladar a fruta é de novo evidente, com adição de notas tostadas e balsâmicas. Bastante rico e complexo, de bom volume, com taninos redondos, bela acidez e um bom final.

Enfim, a fama não é injustificada.

P.S. o rótulo é confeccionado a cada ano por um artista plástico diferente

Voto gringo: 7 ½

Vinho: Esporão Reserva
Safra: 2008
Produtor: Herdade de Esporão
País: Portugal
Região: Alentejo
Uvas: Aragonês, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet
Teor Alcoólico: 14.5%
Importadora: Qualimpor
Custo médio: R$ 75,00

sábado, 2 de julho de 2011

Strauss-Kahn: garçom, Brunello, please!

Não sei a verdade sobre a história do Strauss-Kahn (tampouco me interessa), mas o cara tem bom gosto: para comemorar a volta à liberdade, monsieur Dominique foi jantar no Scalinatella, famoso restaurante italiano no Upper East Side de Manhattan, NYC.

Acompanhado pela esposa e mais dois amigos, pediu presunto e melão, pappardelle com trufas e uma fatia de cheescake. E para brindar, um glorioso Brunello di Montalcino.
A conta? Míseros U$600, dos quais 116 pelo vinho.

Estas são satisfações: uma eminente personalidade francesa que celebra momentos importantes da vida com vinhos italianos.
C'est tout, mes amis.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Batalha do Vinho (de verdade!)

Esta é uma idéia genial. Vai oficialmente para a lista das soluções do problema do Rosso di Montalcino.
Todos os anos no dia 29 de Junho na cidade de Haro, na Rioja, Espanha, acontece La Batalla del Vino, uma simpática festa cujo objetivo é molhar de vinho os participantes.
Os concorrentes devem chegar vestidos de branco e vão embora de roxo. Quem molha mais ganha.
Permitidos garrrafas, pulverizadores, panelas, pistolas de água / vinho e tudo que pode conter líquidos (o vídeo abaixo é bastante eloqüente). A festa foi declarada de Interesse Turístico Nacional e atrai anualmente milhares de participantes.
Se aparentemente pode parecer uma bobagem ou um desperdiço, pelo contrário é uma boa sacada para se livrar do restante dos estoques, incrementar o turismo e aumentar o número de potenciais consumidores. Tudo de maneira divertida.