segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tradição que olha para o futuro

Um clássico da Rioja. A Herederos del Marqués de Riscal é uma das mais tradicionais vinícolas da Espanha, mas ao mesmo tempo uma das mais inovadoras, a primeira do País a produzir vinhos com métodos bordaleses (em 1858) e pioneira em plantar no reinado da Tempranillo cepas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec e Pinot Noir. E hoje é um dos nomes do vinho mais renomeados no mundo.

A vinícola continua misturando tradição e modernidade até nas instalações da própria bodega. O espetacular hotel das linhas ousadas, projetado pelo grande Frank O. Gehry (cujas fotos já vimos aqui) se tornou atração turistica e hospeda restaurante, centro de reuniões e conferencias, Spa de vinhoterapia , loja de presentes e souvenir.

Este Reserva 2005 traz toda a tipicidade do velho mundo, com grande personalidade: 90% Tempranillo com o restante 10% dividido entre Graciano e Mazuelo; estágio de 2 anos em carvalho mais um em garrafa.
Aromas um pouco tímidos (no sentido que não pulam fora da taça), mas bastante complexos: cassis, café, alcaçuz e notas tostadas. Na boca é profundo, volumoso, com madeira bem integrada, bom frescor, taninos bem trabalhados em um equilíbrio simplesmente perfeito. Tem ainda vários anos de vida pela frente.

Voto gringo: 8




Vinho: Marqués de Riscal Reserva
Safra: 2005
Produtor: Herederos del Marqués de Riscal
País: Espanha
Região: Rioja
Uvas: Tempranillo (90%)
Teor Alcoólico: 14%
Importadora: Interfood
Custo médio: R$ 115,00

sábado, 28 de maio de 2011

Obama paga mico em brinde com a Rainha

Meu Deus, Barack! Onde você estava durante o curso de formação profissional para Presidente dos EUA na aula que explicara as regras de etiqueta à mesa? Eu sempre rio escutando os sommeliers dizerem que, em uma mesa de vips, o primeiro a ser servido é o Papa, mas você não pode escorregar no brinde...
Resumo: em visita ao Reino Unido, convidado a Buckingham Palace para o jantar real ele acena um brinde em honra da Rainha Elizabeth, mas o God Save the Queen começa muito cedo e, como dita a tradição, todos reverenciam o hino, não dando a menor para o coitado do Obama com a taça levantada (que embaraçado, logo recua).
Nestes tempos nem basta mais ser o Presidente do Mundo para sentar-se à mesa tranquilamente. Que vida dura...


quarta-feira, 25 de maio de 2011

O mercado mundial do vinho em 2 minutos. Muito legal.

Infographic, ou seja: faça um desenho que entendo melhor todos aqueles números complicados. Ideal para os alérgicos às tabelas recheadas de percentagens. Nos países anglo-saxônicos é considerado a nova fronteira da informação pela facilidade de ser consultado e memorizado. Quando então o infographic é sobre vinho e até reproduzido em vídeo, segue um aplauso de pé, que nem bonequinho da Globo.
Enfim, em apenas dois minutos para vocês o mercado mundial do vinho não terá mais segredos.
Nova Zelândia included.

domingo, 22 de maio de 2011

Moda&Vinho: meninas, vai uma bolsa de sangiovese?

Como sei que o MondoVinho tem uma considerável legião feminina acompanhando, este post é especialmente pra vocês, amigas leitoras.
Como vocês sabem, o vinho está cada vez mais na moda e a moda cada vez mais no vinho e uma nova tendência está chegando diretamente da Europa: a casa de curtume Piel y Vino (com sedes na Espanha e na Itália) lançou uma coleção de bolsas e acessórios para mulheres feitas...de vinho!
Produzidas na Toscana, com uva Sangiovese, Canaiolo e outras, através de um especial método de tratamento do couro baseado na utilização de cascas e borras da uva aplicadas ao couro natural. O resultado é um couro da cor intensa e brilhante, forte, que ainda libera aroma de vinho. Cada peça é única, feita de modo totalmente artesanal, aprovada e garantida pelo consórcio Vera Pelle (couro legítimo) da região Toscana.

P.S. a dica fica para os homens: o dia dos namorados tá chegando...mas, shhh eu não disse nada...

sábado, 21 de maio de 2011

Esta é do "mestre" do Enoblogs


“Nós enófilos colecionamos amigos, compartilhando o vinho”
>Alexandre Frias

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Toscano com sotaque vêneto

Quando falei do Tre de Brancaia, o amigo Peter Wolffenbüttel do blog Além do Vinho me sugeriu o Poggio al Tesoro Mediterra, na mesma categoria e faixa de preço de supertoscaninhos.
Como estava na mesma companhia do amigo/colega Claudio Perlini (amante de vinhos italianos) e o assunto do dia era negócios de vinho, resolvemos ir a Grand Cru Ipanema e a escolha caiu justamente neste rótulo para acompanhar a conversa.

Projeto toscano da Allegrini (premiada vinícola veneta) em parceria com Leonardo Lo Cascio (maior importador e distribuidor de vinhos italianos nos EUA) o Poggio al Tesoro fica em Bolgheri, melhor terroir para cortes ítalo/franceses.
Este Mediterra é uma linha intermediária da vinícola, e leva uma base de Syrah com parcelas de Merlot e Cabernet Sauvignon, afinado por 8 meses em barricas.

O Claudio gostou e aprovou, mas achou o Tre melhor. Na verdade são vinhos diferentes. Achei este vinho mais gastronômico e fresco e me lembrou mais Bordeaux, com suas notas meio amargas de alcaçuz, couro e terra molhada. Enfim, mais velho mundo; já o Tre, apesar de ter sangiovese de base, é um vinho mais moderno e novomundista (a avaliação da Wine Spectator não é casual: 93 pontos para o Tre e "somente" 88 para o Mediterra desta safra).

Neste percebi também umas especiarias, um calor típico da syrah, um fundo de café, e como disse, uma bela acidez. Final médio.
De qualquer forma mais um belo vinho, de boa complexidade, maciez e equilíbrio.

Voto gringo: 7 

Vinho: Mediterra
Safra: 2008    
Produtor: Poggio al Tesoro (Allegrini)
País: Itália
Região: Toscana
Uvas: Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon
Teor Alcoólico: 14%
Importadora: Grand Cru
Custo médio: R$ 89,00

terça-feira, 17 de maio de 2011

Caiu outro mito? O querosene no riesling agora é defeito

Em um recente “encontro harmonizado” (como costumo definir os encontros entre amigos enófilos onde cada um leva a própria garrafa) a amiga Isabelle extraiu de sua adega um riesling australiano da Wakefield que se tornou protagonista de um aceso debate: o tal aroma de querosene.
Agora, vale lembrar, este tipo de aroma da família dos hidrocarbonetos, é comum, sobretudo em uns rieslings envelhecidos da região alemã do Reno.
Mas este vinho não era nem envelhecido nem alemão...enfim, o debate continuou sem uma unanimidade (estava com defeito ou não?), fato é que o aroma de petróleo era bem forte e chegou a incomodar; mas a mesma sensação desagradavel não se confirmava na boca.

Recentemente encontrei esta declaração do Chapoutier (um dos maiores produtores da França), que afirma que o aroma de querosene típico do riesling não é sua característica típica, mas um defeito de vinificação, devido à prensagem. 

Será? Caiu um outro mito? Fala-se que uns “fedorzinhos” no vinho são sintomas de qualidade, mas neste ponto será que os celebrados aromas animais, selvagem, de fazenda, de couro, de pimentão, de anchova, e o celebérrimo xixi de gato são todos defeitos?

Possível objeção n.1: o Chapotier não sabe do que fala, os produtores de vinho não entendem nada de vinho (dos outros), pois a maioria só bebe o vinho que ele mesmo produz. E ainda mais os franceses, que nem sabem que a Alemanha produz ótimos vinhos!
Possível objeção n.2: então centenas de riesling estão todos com defeito? Como é possível que isso venha acontecendo há décadas?

Observações até justas e para se levar em conta. Mas não vamos esquecer que o tipicissimo aroma de cavalo molhado, considerado até uns anos atrás como característico de uns tintos importantes, hoje é definido como um defeito causado por excesso da levedura Brettanomyces.

Enfim, como estão vendo, no mundo do vinho nada é o que parece e nada é certo até prova contrária.

Na minha modesta opinião, todos estes aromas podem ser interessantes e mostrar a tipicidade do vinho, se não forem excessivos e ficarem em harmonia com o conjunto. Quando os aromas terciários são equilibrados o vinho é bom. Simples assim.


Apêndice ao post anterior: prepare seu guarda-ch(uva)

Para fechar em beleza a matéria do post anterior, é de hoje a notícia que em vários campos da China, centenas de melancias literalmente explodiram.
A causa deste estranho fenômeno foi o uso excessivo de forchlorfenuron, um fertilizante que acelera o crescimento dos frutos. Pessoas relatam de cenas que lembram campo minado de guerra. E, além disso, as melancias inteiras eram deformadas, fibrosas e com sementes todas brancas.
Agora a associação de idéias é automática: se fazem isto com melancia, por que não com uva?
Meu amigos, preparem os guarda-chuvas: tá chegando uma tempestade de “cabelnet”!
  

domingo, 15 de maio de 2011

Vi o futuro do vinho. E não gostei

Verdade, a Índia tem impostos de importação sobre vinhos entre os mais altos do mundo (incrível, até mais que o Brasil!), mas de acordo com o Wall Street Journal, é provável que a China negocie um acordo bilateral que baixe as taxas entre os 2 Países. 
Ou seja, o consumidor indiano vai ter de um lado vinhos do mundo a preços inacessíveis e de outro vai ganhar uma garrafa de vinho chinês comprando duas de detergente...

Enfim, como já vimos, a China vem com tudo com o propósito de se afirmar como um dos maiores produtores/comerciantes de vinho do mundo, mesmo com umas jogadas espertas (isso sem considerar as trapaceadas deste tipo). Sabem, por exemplo, qual percentagem mínima de vinho deve ser produzido no País para que uma garrafa possa ser rotulada como made ​​in China? Preparem-se: 15%! Ou seja, o restante 85% do corte pode ser importado de qualquer outro País. Isso que é terroir... aliás isso é ser “terroirista”.

Na foto abaixo o Chateau Changyu, uns dos castelos de mentirinha construídos pela Yantai Changyu Group Ltd., que investiu 360 milhões de Yuan (cerca de 90 milhões de Reais) na construção desta Disney do vinho.

Sim, tudo isso pode parecer longe e até fazer sorrir. Mas vamos apostar que em breve estaremos bebendo Cabelnet, Mellot, Blunello e Balolo?


sábado, 14 de maio de 2011

Um bom australiano que cabe no bolso


[O Blogger ficou 2 dias fora do ar, não sei bem o que aconteceu (parece manutenção), mas  cancelou uns posts e uns comentários, enfim, para quem comentou peço a gentileza (se tiver saco paciência e disposição) de comentar novamente, caso contrário vou entender, fiquem tranqüilos.
O importante é que estamos de volta.]

Recentemente estava conversando com o amigo e colega bloguerio Ulf do Bio Vinho e me lembrei de uns vinhos que provei da Tyrrell’s (o Ulf é representante desta vinícola no Brasil).
A Tyrrell’s Wine é uma vinícola familiar com vários vinhedos de propriedade localizados no sul da Austrália de Mc Laren Vale até Hunter Valley.
Degustei uns 3 rótulos: de um já falei aqui, e o que mais  me chamou atenção entre eles foi o Lost Block (um interessante corte de Shiraz com Viognier, custando cerca de R$90).
Mas como aqui em geral dou prioridade a rótulos de boa relação preço/qualidade, hoje vou falar deste Shiraz da linha Old Winery.
É um varietal Shiraz de uvas procedentes de diferentes regiões da vinícola com estágio em madeira de 8 a 15 meses.
Clássico fruit-bomb do novo mundo: geléia de cereja, ameixas, morango, e notas de baunilha. De bom corpo e complexidade, textura na qual a madeira é bem perceptível, taninos doces e final saboroso. Teor alcoólico altinho.
Enfim, não é exatamente o estilo de vinho que pessoalmente adoro, mas é um vinho bem feito dentro do estilo que representa, e, com um preço interessante, se comparado com outros australianos do mesmo nível. Dependendo do momento, é um tinto que consegue agradar todo mundo.

Voto gringo: 7

Vinho: Old Winery Shiraz
Safra: 2008
Produtor: Tyrrell’s Wines
País: Austrália
Região: Multi Região
Uvas: 100% Shiraz
Teor Alcoólico: 14,5%
Importadora: Vinhos do Mundo
Custo médio: R$ 65,00

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quebrado outro tabu: gelo no champagne!


Agora colocar gelo no champagne não é mais um crime punível com a forca: a maison Moët & Chandon quebra este tabu e lança o Moët Ice Imperial, o primeiro espumante do mundo para ser servido on the rocks. Em taças amplas, até com guarnição de folhas de hortelã, casca de limão e umas frutinhas vermelhas para exaltar o sabor. Embalagem com garrafa branca esmaltada engravatada, promete ser o drink do verão na Europa. Disponível somente nos mais chiques beach clubs. Florianópolis se prepare!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um brilhante método para juntar vinho e música

Os meninos estão de parabéns, o trabalho para chegar a este resultado não deve ter sido fácil. Achei genial! E ainda o meio ambiente agradece pela forma inteligente de reciclagem.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

11 coisas que você deve saber sobre vinho chileno

Atendendo a pedidos: o leitor (meu chará) Mario de Fortaleza, pediu um tópico geral sobre vinhos chilenos e como aqui quem manda é você (nos limites do possível) não vou desapontá-lo, sobretudo tratando-se de um dos leitores mais antigos e fiéis do MondoVinho.

Agora, como não foi pedido nada específico (um rótulo, uma uva, uma região) a matéria seria infinita, pois são muitíssimas as coisas para se falar a respeito da viticultura chilena. Então vou resumir os fatos pra mim mais interessantes em 10 pontos principais. Aliás 11, vocês conhecem o meu anti-conformismo...

1)   O Chile é o 8° maior produtor mundial de vinhos e o 5° maior exportador.
2)   No Brasil o vinho chileno é 1° em matéria de importação e vendas.
3)   Apesar de ser associada ao Chile, a Carménère não é uma uva chilena: ela é de origem francesa, da região de Medoc (Bordeaux) onde se extinguiu por efeito da filoxera, praga que destruiu quase todos os vinhedos da Europa na década de 1860. Foi redescoberta por um acaso por um enólogo francês em 1994. Até então achava-se que se tratasse de Merlot.
4)  Apesar da Carménère ser hoje característica quase exclusiva do Chile, a uva emblemática do País continua sendo a Cabernet Sauvignon, a mais plantada, de mais antigo cultivo e conhecimento.
5)  O Chile é um dos raros Países do Mundo que até agora não conheceu a praga da filoxera. Não se sabe bem o porquê: talvez o clima e as barreiras naturais dos Andes de um lado e do Oceano Pacífico do outro, ajam como proteção. Fato é que os vinhedos não precisam de enxertia.
6)  No Chile não existe uma verdadeira legislação sobre classificações e denominações de origem. O sistema, introduzido em 1995, apenas delimita quatro principais regiões (e suas respectivas sub-regiões), sem restrições de castas ou de praticas /técnicas vinícolas. A única pequena limitação prevê que vinhos monovarietais devam ter a percentagem mínima de 75% da uva indicada no rótulo.
7)   Da mesma forma não existe uma regulamentação sobre as designações “Reserva” ou “Gran Reserva”. A designação “Reservado” não significa absolutamente nada. O nome é uma simples jogada de marketing para dar mais valor a vinhos de baixa qualidade.
8)  Eis as quatro principais regiões e suas respectivas sub-regiões definidas pelo sistema de denominação: Coquimbo (Alqui, Limari e Choapa), Aconcagua (Aconcagua, Casablanca, San Antonio, Leyda e La Barca), Vale Central (Maipo, Rapel (Cachapoal e Colchagua), Curicó e Maule) e Região Sul (Itata, Bio-Bio e Malleco)
9)   A proporção de uvas plantadas no país é de 75% tinta, 25% branca. Mesmo assim produz ótimos brancos (sobretudo no Vale de Casablanca)
10)   Além das duas uvas rainhas já citadas, tem uma grande variedade de castas cultivadas: Merlot, Pinot noir, Syrah, Petit Sirah, Cabernet franc, Malbec Sangiovese, Barbera, Zinfandel e Carignan entre os tintos. Já as castas brancas incluem Chardonnay, Sauvignon blanc, Sauvignon vert, Sémillon, Riesling, Viognier,Torontel, Pedro Ximénez, Gewürztraminer Muscat de Alejandría.
11)  Em uma histórica degustação às cegas de 2004 em Berlin, os primeiros dois classificados foram vinhos chilenos, ficando à frente de Premieres Grand Crus Classé de Bordeaux e de grandes Supertoscanos. Foi a consagração da viticultura chilena no mundo.


domingo, 8 de maio de 2011

Horóscopo do Vinho: Touro

Estável, confiável, até um pouco metódico, o Touro é uma garantia para as pessoas ao redor, que ama como poucas. Você procura certezas e uma vez tomada uma decisão não volta atrás. A sua taça ideal é para dois, talvez na frente de uma lareira, com os reflexos do líquido que se misturam com os do fogo. Não quer saber de companhia e barulho: o vinho pra você tem que ser meditado, escutado em silêncio e entendido.
Seria muito banal o seu vinho ser um da região espanhola do Toro...
O vinho pra você do signo do Touro é um que vai logo tomar conta dos seus sentidos: um Syrah, de preferência do Rhône.

sábado, 7 de maio de 2011

Quem quer comemorar com um "Osama been shot" gelado?

Pessoalmente teria preferido ele pego vivo para lhe fazer aquelas duas ou três perguntinhas necessárias para me esclarecer as idéias, mas você sabe, os fuzileiros americanos nunca tem brilhado pela sua educação. Enfim, Osama is dead e os EUA comemoram à sua maneira. Entre as muitas versões da alegria, obviamente temos que registrar umas que tem a ver com bebes&comes.

Free glass of champagne para comemorar, muitos bares e restaurantes oferecem bebidas de graça para todos. Alguém mais espirituoso, como o Beer Bistrot de Chicago, oferece uma famosa cerveja do nome macabro, a Dead Guy Ale. Já o Uncle Fatty’s Rum Resort, sempre em Chicago convida para uma festa espetacular durante a qual serão servidos dois coquetéis especiais: o “Osama been shot” e o tremendo “The Floating Terrorist” e qual seja o terrorista boiando não é preciso explicar.
Os abstêmios também não vão ficar de fora: para eles o Candi Shack de Seattle preparou o "Osama bin Laden Shot in the Dark Special", triplo café muito escuro que vai ajudar durante as vigílias televisivas.
Mas o ganhador é o restaurante Filter que colocou no cardápio um bife grelhado e marinado chamado de “Bin Laden’s Remains”.
Para se tornar um vegetariano na hora.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um novo jeito de degustar

Quem mora na Zona Sul do Rio já deve ter ouvido falar de Que Venha O Vinho, um projeto tanto simples quanto inovador: degustações e eventos de vinho “on delivery”.
A Monica Alves, idealizadora e coordenadora do projeto não é nova em empreitadas deste tipo:  produtora de eventos culturais (e cineasta!), fascinada pelo mundo do vinho decidiu juntar as duas paixões e criou esta empresa com uma nova característica bem legal.
Produz eventos com vinhos, cursos, palestras, degustações, jantares harmonizados, mas a novidade (pelo menos por aqui) é que o foco dela é em condomínios e residências.
Uma idéia a meu ver excelente, pois com a vida frenética que todo mundo vai levando, depois de um duro dia de trabalho, stress, correria, cansaço, nem todo mundo tem disposição de sair de novo para ir a uma degustação, não é?
Então nada melhor que poder apreciar bons vinhos, cuidadosamente selecionados, apresentados com propriedade, no conforto do próprio lar e na companhia dos próprios amigos.
Isso sem contar a tranqüilidade de poder beber à vontade sem ter que se preocupar em dirigir e enfrentar os perigos da cidade.
Então, como muitos prédios são equipados com áreas comuns de lazer, como salão de festa, espaço gourmet e afins, este tipo de programa está fazendo bastante sucesso por aqui, pois o pessoal fica aprendendo mais sobre vinhos, degusta ótimos rótulos e socializa mais com os vizinhos: tudo isso em casa.
Os eventos são variados e para todos os bolsos. A Monica está de parabéns pois os eventos são muito bacana e bem organizados.
O fato que eu seja um dos consultores é um detalhe...

P.S. Quem quiser mais informações pode contatá-la no site o no twitter. Diga que eu recomendei: vai ganhar um desconto. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mas o que será este bendito TANINO? Aqui uma explicação bem simples

Vocês devem ter ouvido e lido, inclusive neste endereço, de taninos macios, duros, sedosos, ásperos, maduros, finos. Mas afinal o que são estes famigerados taninos? Como o assunto é dos mais chatos, vou tentar explicar aqui de forma mais simples, como se tivesse que explicar para uma criança a diferença entre sexo e cegonha.
Então vamos esquecer a palavra “polifenol”: sabem aquela sensação de aspereza que resseca e adstringe o palato em quanto está apreciando aquele belo tinto? Pois bem, a responsabilidade é toda dos taninos.
A coisa bem interessante é que, fundamentalmente, o tanino é uma forma de defesa das plantas que em caso de ataque de predadores libera esta substância para tornar o fruto desagradável para o visitante não convidado.

Nos vinhos temos basicamente dois tipos de taninos. Os taninos endógenos, provenientes da casca (pele) e sementes da uva, e em uns casos dos engaços (galhos) também. Já os taninos exógenos são aqueles que passam da madeira das barricas de carvalho para o vinho e são contidos nas fibras vegetais.
No vinho os taninos desempenham várias funções, mas a principal tarefa é dar substância e aromas: baunilha, chocolate, alcaçuz, pimenta, especiarias e toda uma variedade de aromas diferente dos frutados vem daí e quanto mais o vinho permaneceu em contato com as peles e a madeira, tanto mais estes sabores e aromas serão evidentes.
Além disso, os taninos desenvolvem um papel importante na a estabilização da cor e também atuam como anti-oxidantes naturais.
Com o tempo eles decaem e o vinho se torna menos rústico e mais macio, ou seja, mais fácil de beber.
As uvas mais tânicas são justamente as de casca grossa, como por exemplo a Tannat, Cabernet Sauvignon, Nebbiolo, Sangiovese Grosso, Baga, entre outras.
Já as de casca fina, como Pinot Noir, Cabernet Franc, Gamay, geram vinhos mais leves e delicados.

Existe também um outro tipo de tanino que gera polêmicas e questões controversas...vou falar dele nos próximos dias.
Fique ligado no Mondovinho.