domingo, 22 de maio de 2016

Caixa WineRun atrai 1500 corredores para o Vale dos Vinhedos

*O estreante Ricardo Julio dos Santos, de Curitiba (PR), foi o grande vencedor da Caixa WineRun (Corrida de Vinho), neste sábado (21/05), no Vale dos Vinhedos (RS). Ele completou a prova em 1h28min. Daniela Santarosa, de Porto Alegre (RS), venceu entre as mulheres, com o tempo de 1h52min. Ao todo, 1.500 corredores participaram da prova que se consolida como uma das cinco principais meias-maratonas temáticas do país.
A quinta edição aconteceu sob frio e muita neblina. “A pista estava úmida, muito lisa, com cascalho solto na maior parte do percurso. Foi uma prova muito difícil”, comenta o vencedor da prova Ricardo dos Santos. “Mas o cenário compensa. Foi um trajeto muito bacana”, destaca. Ele diz que voltará no ano que vem para defender o título. “Quero baixar meu tempo”, avisa.
A união de rigor técnico na prova e o entorno com uma das paisagens mais lindas do Brasil formam um cenário que atrai atletas de todo o Brasil. Corredores de 17 estados participaram da Caixa Wine Run. A maioria (58%) são mulheres. “A prevalência de mulheres é comum nesta prova, mas é raro em maratonas”, afirma Sergio Oprea, diretor da Zenith Sports Marketing, uma das organizadoras do Caixa WineRun.
Daniela Santarosa, vencedora entre as mulheres, repetiu o gosto da vitória pelo segundo ano consecutivo. No ano passado, ela ficou em 1º lugar na categoria dupla mista. “Agora teve um gosto especial, porque ganhei sozinha”, comemora. “Foi uma prova dura, com muitas subidas. O cenário, porém, é gratificante. O clima de confraternização pré-prova e a festa pós-corrida vale muito. É a única corrida gourmet do país”, elogia.

O jornalista Sérgio Xavier, que participou da prova, tem uma classificação peculiar para a corrida. “É uma maraturismo”, define. Isso porque, além de 85% do percurso de 21 km ser em meio à natureza, os participantes podem aproveitar o fim de semana para realizar tours guiados por vinícolas, passeio de Maria Fumaça e degustações de sucos de uva, vinhos e espumantes, bem como estabelecer contato com a cultura e gastronomia da Serra Gaúcha.
Para Christian Burgos, publisher da revista Adega, também organizadora do evento, a proposta da Caixa WineRun fomenta de modo sustentável o enoturismo nos principais destinos vitivinícolas nacionais, levando em conta a infraestrutura local para receber os atletas com conforto, charme e eficiência.
O percurso da prova qualifica a meia-maratona na categoria de um trail run, com mais de 85% do percurso com piso que intercala terra, cascalho e calçamentos com paralelepípedos entre paisagens nativas e vinhedos. A largada ocorreu no varejo da Gran Legado e a chegada foi no Campo da Capela das Almas. Foram apurados vencedores em nove categorias individuais por idade e três de duplas por gênero (incluindo a mista).


Mais informações
A Wine Run é parte de um conceito mundial bem-sucedido em países com tradição na produção de vinhos. Além do Brasil, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha e Portugal realizam corridas de rua em regiões vitivinícolas. Os números ajudam a explicar o sucesso meteórico da Caixa WineRun Brasil. Existem no país cerca de 5,5 milhões de praticantes de corrida de rua, e um número cada vez maior deles busca harmonizar sua prática esportiva, com a socialização e o turismo nas mais diversas cidades do mundo.


“A soma dos negócios de um lado das corridas de ruas e do outro do mercado de vinhos no Brasil chega a R$ 10 bilhões. Estávamos certos do sucesso em inovar oferecendo entretenimento esportivo temático nos melhores destinos vitivinícolas do país para aqueles que têm a corrida como esporte e o vinho como estilo de vida”, explica Sergio Oprea. 



“Conhecer o principal destino de enoturismo do Brasil, correndo por suas lindas paisagens é inesquecível. Ao associar isso à cultura do vinho fizemos com que as pessoas voltassem ano a ano, e cada vez com mais amigos. Este ano, mais de 30 assessorias esportivas inscreveram seus atletas para correr e celebrar conosco”, acrescenta Christian Burgos.




Patrocínio e apoio: Organizada pela Zenith Sports Marketing e pela Revista Adega, a Caixa Wine Run tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e o apoio da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, Hotel Dallonder, Saloman, Bento Convention, Giordani Turismo, Rota Cantinas Históricas, Água da Pedra, Orquídea, Café 3 Corações Soprano, Locadora Exclusiva, Miolo, Gran Legado, Vinícola Aurora, Suvalan e Ibravin. 




Crédito das fotos em anexo: Jefferson Bernardes / Agência Preview


* Texto e fotos fornecidos pela assessoria de imprensa do evento

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Clima frio leva á escolhas radicais na Borgonha. Você está de qual lado?


Neve junto ao fogo: estas imagens podem ser até românticas, mas de fato representam um verdadeiro drama para os produtores de Borgonha e Vale do Loire. Este é mais um resultado do clima maluco que vai dar para a safra de 2016 perdas de 30% até 100% da produção, dependendo do local.

No final de Abril, França e Áustria foram atingidos por um dos maiores frios já vistos em 3 décadas. As baixíssimas temperaturas obrigaram alguns produtores a acender fogueiras ao longo das parreiras para tentar amenizar o problema e trazer um pouco de calor para as plantas.

De fato a prática é até difundida nas áreas com perigo de geadas: aquele fogo é uma espécie de cobertor que os vinhateiros colocam nas costas das próprias vinhas. E aonde o fogo-cobertor não chega se utiliza água: os sprinklers (tipo os irrigadores utilizados em jardins) jogam água continuamente nas videiras, deixando assim formar uma camada de gelo em volta da planta que a manterá estável a zero grau, mesmo se a temperatura ambiente despencar muito abaixo.

Alguns criticam estas escolhas por serem ambas caras em termos de custo, trabalho e danos ao meio-ambiente: uma polui liberando dióxido de carbono e a outra prevê o desperdiço de grandes quantidades de água. Fatos incontestáveis, mas por outro lado temos também que nos colocar no lugar do vinhateiro e enxergar estas práticas como uma última tentativa de não perder em apenas um dia o trabalho de um ano inteiro.

Você está de qual lado?




quinta-feira, 5 de maio de 2016

O industrial que virou vinhateiro

O belo desenho no rótulo do Les Complices exemplifica a visão do Gérard Bru, propietário do Château Puech Haut: um diretor de orquestra representado por uma parreira onde os músicos são cachos de uva.

A história do Gérard Bru é inspiradora: saindo do nada conseguiu criar um grupo industrial líder na França na área de energia e transporte. Chegando ao ápice do sucesso vendeu a empresa e no final da década de 1980 voltou a morar no campo perto de Montpellier, onde comprou uns terrenos por meros motivos sentimentais. Ali até então não existiam vinhedos, apenas algumas oliveiras, mas na cabeça do Gérard ficou nítido desde logo que aquele local bucólico deveria conter uvas em sua paisagem. Assim plantou umas vinhas, montou uma bela vinícola e chamou alguns dos nomes mais importantes da enologia francês para se juntar ao seu time: o enólogo Yves Gruvel, grande referência em vinhos do Laguedoc, e Michel Rolland, cuja colaboração continuou por 10 anos. Assim, com a grande visão e dedicação, que o acompanharam ao longo de sua carreira no mundo dos negócios, conseguiu transformar aquela intuição inicial num dos mais premiados chateaux do sul da França.

O Les Complices de Puech-Haut 2012 é um corte de Syrah com Grenache, de coloração rubi profundo. Nariz bastante expressivo de fruta silvestre madura, com notas de especiarias, especialmente pimenta rosa e preta.Grande equilíbrio na boca e um belo frescor o tornam parceiro perfeito para gastronomia. Os taninos são vivos porém finíssimos.


Vinho:
Les Complices de Puech-Haut
Safra:
2012
Produtor:
Château Puech Haut
País:
França
Região:
Languedoc
Uvas:
Syrah e Grenache
Alcoól (Vol.)
13,5%
Importadora:
Ruby Wines
Custo médio:
R$ 120,00
Avaliação MV
* (bom)