segunda-feira, 30 de junho de 2014

Já provou um Pinot Noir de Portugal?

Quando o sempre atento amigo Tom Meirelles me apresentou este vinho fiquei bem curioso, pois não tenho lembranças de pinots lusitanos. Inclusive na última edição da Expovinis em São Paulo visitei o estande da importadora e provei uns vinhos da vinícola em questão (DFJ), mas não lembro de ter experimentado este rótulo.

José Neiva Correia, um dos enólogos que mais assinou vinhos em Portugal, resolveu fundar a sua própria empresa em 1998 e hoje possui 33 marcas com uma produção anual de 6 milhões de garrafas, 90% delas exportadas, especialmente na Inglaterra onde a vinícola é uma das líderes do mercado.

Vamos ao vinho: DFJ Grand' Arte Pinot Noir 2006. De fato não é comum encontrar um Pinot Noir em terra português e quando vi que a garrafa tinha mais de 8 anos fiquei um pouco duvidoso sobre o estado do líquido. Mas fui pontualmente desmentido pela prova, afinal a linha Grand Arte é uma das super-premium da vinícola, e o vinho tinha ainda fôlego para evoluir mais.

Da região de Lisboa, precisamente Estremadura, é um varietal 100% que estagia 9 meses em barricas de carvalho francês, mais 3 meses em garrafas antes da comercialização.

O vinho é bastante estruturado e complexo tanto no nariz quanto na boca, percebem-se notas de evolução, mas, como disse, continua firme e forte. A fruta silvestre evolui para couro, cacau, canela e toques defumados. Na boca é potente e mais encorpado que os demais pinots, com textura aveludada e taninos macios. A boa acidez permitiu a conservação e o final persistente fecha belamente este tinto diferente e muito interessante.
  

Vinho:
Grand' Arte Pinot Noir
Safra:
2006
Produtor:
DFJ Vinhos
País:
Portugal
Região:
Lisboa – Estremadura
Uvas:
100% Pinot Noir
Alcoól (Vol.)
14%
Importadora:
Lusitano Import
Custo médio:
 R$ 70,00

A Quinta

Os vinhedos de Estremadura

O enólogo/proprietário José Neiva Correia


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mais um Bolso Esperto portuga!



Herdade das Servas é uma vinícola familiar alentejana que vem ganhando fama e credibilidade, inclusive em nível internacional. Os vinhedos, localizados em Estremoz (Distrito de Évora) possuem uma idade entre 20 e 60 anos e o trabalho é muito primoroso em toda a linha de produtos, como pudemos constatar neste Vinhas das Servas 2011.

Embora seja um dos tintos de entrada da casa, mostrou bastante caráter e substância. Corte de Aragonez, Trincadeira, Syrah e Alicante Bouschet, sem passagem em madeira, entrega muita fruta silvestre no nariz e no palato, com toques florais, azeitona preta, e uma levíssima picância. Na boca é vivo e saboroso, com um corpo médio/leve, mas de razoável estrutura. Taninos finos e redondos e uma boa acidez. O final é marcado novamente pela fruta (cereja, cassis e ameixa). Enfim, um vinho despretensioso, mas que retribui o bem razoável preço pago com momentos bem prazerosos.



Vinho:
Vinhas das Servas
Safra:
2011
Produtor:
Herdade das Servas
País:
Portugal
Região:
Alentejo (Estremoz)
Uvas:
40% Aragonez, 30% Trincadeira, 15% Syrah e 15% Alicante Bouschet
Alcoól (Vol.)
14%
Importadora:
Vinhos do Mundo
Custo médio:
R$ 40,00







terça-feira, 24 de junho de 2014

Vinhedos do Piemonte são eleitos Patrimônio da Humanidade pela Unesco!

A Itália é o País que possui o maior número de locais (50) declarados Patrimônio da Umanidade e protegidos pela Unesco (veja a lista aqui )  e sua enorme história e linda geografia não deixam dúvidas. Mas pela primeira vez, uma paisagem viti-vinícola italiana entra na seleta lista. As colinas do Piemonte, mais especifimante de Langhe-Roero e Monferrato, foram declaradas ontem em Doha, parte da World Heritage.
A motivação oficial afirma:
  
“Um excepcional testemunho vivo da tradição histórica de cultivo de uva, dos processos de vinificação, de um contexto social, e uma economia rural baseada na cultura do vinho”.
E ainda: "Os vinhedos de Langhe -Roero e Monferrato são um excelente exemplo de interação do homem com seu ambiente natural: graças a uma evolução longa e constante de técnicas e conhecimentos sobre viticultur,a a região alcançou a melhor possível adaptação das vinhas para as características do solo e clima, se tornandoum ponto de referência internacional. As paisagens de vinho de Langhe-Roero e Monferrato encarnam o arquétipo da paisagem vitivinícola europeu por sua alta qualidade estética”.

O lugar é lindo (confiram umas fotos a seguir), mas como podem ver o reconhecimento não é somente paisagístico, e sim cultural, celebrando a herança e o ligado do povo com a história agroalimentar do lugar.

Um sucesso para o Piemonte e para toda a Itália, que me deixa orgulhoso em dobro, pois embora eu seja napolitano, trabalho com uma premiada vinícola situada no coração da região em questão. 











terça-feira, 17 de junho de 2014

Malbecs de boutique na seleção do mês do Clube dos Vinhos!

Clube dos Vinhos traz seleção especial Penedo Borges com uva Malbec

Nesse mês, fui presenteado pelo Clube dos Vinhos da Vinitude com a Seleção de Vinhos do mês de junho e tive uma grata surpresa. Além de receber os vinhos em curto espaço de tempo, os mesmos estavam em uma bonita e segura caixa, garantindo a qualidade da entrega.
O Clube dos Vinhos oferece opções de assinatura com 2, 4 ou 6 garrafas de vinhos escolhidos  e impressiona pela qualidade dos vinhos selecionados e preocupação com a experiência do consumidor.
“Neste clube você não receberá um vinho industrial, engarrafado aos milhões, mas chegarão em sua casa vinhos elaborados com muito cuidado e dedicação extrema, de vinícolas que abdicaram da produção comercial em larga escala para garantir vinhos de qualidade e personalidade, e por consequência, possibilitar a você uma experiência de degustação inigualável.” Clube dos Vinhos
Vantagens Bacanas para os associados:
·         Frete grátis para todo o Brasil;
·         Desconto de 15% no Vinitude, e-commerce do Clube dos Vinhos;
·         Revista de Vinhos on-line com informação de qualidade;
·         100% de satisfação garantida ou o dinheiro de volta;
·         Liberdade para pausar ou cancelar a assinatura quando quiser;
A Seleção do Mês – Vinhos Malbec da Penedo Borges
Os vinhos da Penedo Borges são totalmente artesanais, o que limita a capacidade da vinícola Bodega Otaviano, com o objetivo de criar uma série de vinhos com identidade e personalidade. Assim, ganhou espaço no cenário internacional e teve seus vinhos premiados por diversas publicações especializadas. A Bodega pertence aos sócios José Caetano Lacerda, João Carlos Dantas, Otávio Paiva, Ricardo M. Pinto e o enólogo Euclides Penedo Borges e é a única da Argentina que possui donos brasileiros.
Além disso, a Otaviano chama a atenção pela sua estrutura física, bela arquitetura e iniciativas como: exposições de arte em sua sede, restaurante dirigido pelo Chef Jesús Cahiza, no qual os pratos harmonizam com os vinhos por eles produzidos, espaço para eventos com vista para a Cordilheira. “Tudo para garantir aos seus visitantes uma experiência que conjugue sabores, charme e sofisticação – o que confirma a sua posição de ótimo destino enoturístico.” Penedo Borges.

Resenha dos Vinhos
Os vinhos que recebi são um Malbec varietal e um corte de Malbec-Syrah, ambos da linha Reserva, de safra 2011. Quem me conhece e acompanha o blog sabe que não sou muito fã de malbec no estilo mendoncino, por ser digamos um pouco over de top em todos os aspectos, mas os vinhos da Penedo Borges felizmente seguem outro padrão, puxado mais para elegância européia, sem todavia deixar do lado as características típicas do terroir de Mendoza.

O Malbec Reserva 2011, por exemplo, já no exame visual não remete aos “malbecões encorpadões” turvos e violáceos, sendo a cor mais de um bonito rubi, com reflexos violetas. No nariz entrega fruta silvestre madura, tipo mirtilo e cereja, com ameixas, e notas de baunilha, lavanda e talco. Bom ataque de boca, com corpo médio e várias camadas de complexidade. Acidez na medida, com taninos finos e macios e um final frutado muito agradável. Harmoniza perfeitamente com carnes e pratos de massas com molhos complexos. No corte leva também 15% de Cabernet Sauvignon, para dar mais estrutura.

O Malbec-Syrah 2011, embora fique na mesma linha (e patamar) possa talvez acompanhar uns pratos ainda mais elaborados, com um corte mais complexo e “quente”: 50% Malbec, 40% Syrah e 10% Cabernet Sauvignon. A cor vermelho- violáceo é muito intensa. O bouquet remete ao vinho anterior, mas ainda com aromas primários de especiarias tipo pimenta rosa, cravo-da-índia e erva doce. No primeiro gole senti no paladar uma madeira sobressaindo, mas depois de alguns minutos de areação o vinho se tornou muito equilibrado e as notas defumadas ficaram bem agradáveis. Taninos doces redondos, juntos com uma boa acidez completam o quadro deste tinto interessante e gostoso de beber.
Os dois vinhos têm 14% álcool (imperceptível) e estagiam em barricas de carvalho francês por 8 meses e mais 8 meses em garrafas antes de serem comercializados.
Verdadeiros vinhos de boutique, que qualquer apreciador da bebida de Baco não deveria deixar de provar. Para resolver logo o assunto e adquirir a Seleção do Mês é só acessar o link Quero Ser Sócio!




segunda-feira, 16 de junho de 2014

Melhor cerveja custo/beneficio do Brasil

Assistindo ao jogo da Alemanha, me dei conta que faz tempo que não falamos de cerveja por aqui. Então hoje vou lhe dar a minha dica para assistir os próximos jogos germânicos com uma cerveja bem no estilo deles, mas belamente produzida em solo brasileiro.

Se você ainda não experimentou a Eisenbahn, precisa corrigir esse erro imediatamente. Sério, desligue o seu computador / tablet / celular e vá procurá-la agora mesmo. A primeira vez que provei as cervejas da casa estabelecida em Blumenau (SC) nem acreditei que fossem produzidas no Brasil. Seja claro, tem outras boas cervejas nacionais em estilo europeu, mas não nesta faixa de preço: para uma de bom nível vai ter que desembolsar a partir de uns R$12, já com a Eisenbahn você vai se sentir um perfeito alemão pagando menos de R$ 5 para sua long-neck.

Com história relativamente recente (fundada em 2002), a cervejaria já se tornou referência, destacando-se inclusive em vários concursos internacionais. Depois de pesquisas e viagens em cervejarias alemãs, belgas e americanas, com a contratação de um mestre cervejeiro alemão com 30 anos de experiência no setor, consegue hoje produzir cervejas diferentes e gostosas, que ficam num inteligente meio-termo entre o gosto europeu e o brasileiro.



A linha inteira inclui Pale Ale, Kolsh, Dunkel, Weihnachts Ale, etc, e você pode provar qualquer uma destas sem medo pois são todas ótimas, mas as minhas preferidas são:

Weizenbier: De tipo Weiss, ou seja de trigo, é leve e refrescante, mas com boa complexidade. Como não é filtrada, o corpo fica bem opaco e cremoso, com espuma densa. Frutada nos aromas (banana em destaque), mais um caramelo, com toques defumados e de panificação, tem um amargor agradável e um final refrescante.



Pilsen: Leve, tipo Lager, de baixa fermentação, tem cor amarela levemente turva e aromas de laranja e banana. O leve amargor é suavizado pelo malte doce e baixo lúpulo.  


Dunkel: escura, produzida com 5 tipos de maltes importados. Os aromas de café, de torrefação e de chocolate são muito marcantes. Um pouco mais amarga, fica mais gostosa se apreciada em temperatura um pouco mais alta (8-9°).



Strong Golden Ale: a minha preferida, e sem dúvida, uma das melhores cervejas produzidas no Brasil. Encorpada, de alta fermentação e teor alcoólico (8,5%) é elaborada a partir das melhores e centenárias receitas belgas com puro malte de cevada. Nariz cítrico com notas de banana, maça e cravo. Paladar volumoso, com sabor agridoce e final cremoso e agradável amargor. A Duvel do Brasil.



sábado, 14 de junho de 2014

Bolso Esperto nacional para o jogo do Brasil!


Eis mais uma demonstração que é possível tomar ótimos vinhos nacionais por menos de R$50. Este vai entrar direto na categoria Bolso Esperto, pois entrega mais do que custa.

A vinícola Pericó, conhecida também por ser a única produtora de icewine do Brasil, tem um história recente, mas já ganhou bastante reconhecimento. Os vinhedos foram plantados no vale homônimo em São Joaquim, na serra catarinense, a 1.300 metros de altitude em 2003 e o primeiro vinho (um rosé) foi lançando em 2007.  A vinícola foi pioneira também em lançar o primeiro espumante da região, em 2008.

Enfim, um belo trabalho que se refletiu também neste tinto: Basalto 2008. Resolvi abrir a garrafa homenageando vinho nacional durante o jogo de abertura da Copa e o vinho me surpreendeu muito positivamente. Com 6 anos de idade, estava esperando já certa evolução (senão até um vinho decaído!), mas o líquido estava inteirinho, gostoso e ainda com um potencial de guarda de mais 1-2 anos. Corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, esta mesma safra entrou no TOP5 do Expovinis de Vitória na categoria Tintos do novo mundo, em 2011.

Na primeira fungada o bouquet aromático parecia fraco e pouco expressivo, mas a cada giro de taça começaram a sair pelo nariz camadas de perfumes florais, de fruta silvestre, madeira, baunilha e toques vegetais. Tem um corpo médio, mas volumoso na boca, com uma textura levemente terrosa, lembrando vinho de velho mundo. Os taninos são finos e doces, a boa acidez chama para mais uma taça e o final frutado tipo amarena o torna muito saboroso. Recomendado

Vinho:
Basalto
Safra:
2008
Produtor:
Pericó
País:
Brasil
Região:
Serra Catarinense
Uvas:
Cabernet Sauvignon (75%), Merlot (25%)
Alcoól (Vol.)
13,5%
Custo médio:
R$ 45,00

Os vinhedos da Pericò

A 1.300 mt de altitude




terça-feira, 10 de junho de 2014

Um interessante tinto de altura


Mais um argentino diferente no blog, este apresentado pelo nosso amigo Tom Meirelles. Desta vez estamos na região de San Juan, ao norte do epicentro mendoncino, exatamente entre Mendoza e La Rioja.

Situada em Maimará, província de Jujuy, a bodega Fernando Dupont possui uns dos vinhedos mais altos do mundo: 2.500 metros sobe o nível do mar. Inclusive é o primeiro empreendimento vitivinícola dentro da Quebrada de Humahuac, paisagem desértica-montanhosa declarada patrimônio natural e cultural da humanidade pela Unesco (confira umas incríveis fotos a seguir).

As vinhas são plantadas com Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah e os 3 vinhos produzidos pela vinícola (sendo 2 tintos e um rosé) são feitos com cortes destas 3 uvas, obviamente com diferente percentagens e vinificação. O enólogo é o Marcos Etchart, o mesmo que faz o badalado San Pedro de Yacochuya.


O Punta Corral 2011 que provamos é prevalentemente malbec e passa 8 meses em barricas de carvalho francês.
Mostrou-se muito intenso nos perfumes frutados e de especiarias tipo pimenta, com algo mineral. Na boca é suculento, tem corpo e volume, textura sedosa, com sensações de baunilha e chocolate, um toque defumado e também umas notas ferrosas. Taninos doces e álcool bem alto (15,8%) completam o quadro.
Embora mantenha as características de potência/corpo/fruta típicas típicas dos vinhos dos hermanos, este certamente mostrou um diferencial interessante e agradeço o Tom pela experiência.
Ah, quem gosta das avaliações da crítica vai gostar de saber que esta garrafa ganhou 94 pontos do Parker.


Vinho:
Punta Corral
Safra:
2011
Produtor:
Fernando Dupont
País:
Argentina
Região:
San Juan
Uvas:
80% Malbec, 10% Syrah, 10% Cabernet Sauvignon
Alcoól (Vol.)
15,8%
Importadora:
Grand Cru
Custo médio:
R$ 195,00
Notas:
RP 94











quinta-feira, 5 de junho de 2014

Melhor Pinot da América do Sul: Bodega Chacra

Amplamente considerado o melhor produtor de Pinot Noir da Argentina e talvez de toda a América do Sul, a Bodega Chacra tem um cartão de apresentação de todo respeito: o proprietário é o mesmo que produz um vinhozinho italiano quase desconhecido, chamado Sassicaia. Pois é, o melhor do know-how da Itália em terroir patagônio.

O Piero Incisa della Rocchetta, herdeiro de 3ª geração da badalada Tenuta San Guido comprou em 2004 um vinhedo de pinot noir plantado em 1932, porém abandonado, no Vale do Rio Negro, norte da Patagônia Argentina. Com um time de trabalhadores de experiência conseguiu em poucos anos colocar aquele vinhedo esquecido no topo do mundo, sendo hoje seus pinots aclamados pela crítica internacional.

A produção é feita maneira artesanal e com um rigoroso cuidado. Tudo com condução orgânica e biodinâmica certificadas. Até no momento da colheita, obviamente manual, são usadas pequenas caixas para o transporte da uva para que a fruta que fica embaixo não seja esmagada pelo peso dos cachos de cima, pois isto é deixado acontecer naturalmente em fase de vinificação, com uma maceração de tipo carbônica (como para Beaujolais), onde nada é mecanizado.

A vinícola produz um merlot (Mainqué) e três pinots noir: provamos recentemente o Barda, vinho de entrada da casa: pinot noir produzido a partir de um blend das melhores uvas que compõem os 2 pinot top de vinhedo único (o Trienta y Dos , e o Cincuenta y Cinco), maturado por 12 meses em carvalho francês.

Mesmo sendo o vinho mais simples da casa, tem complexidade de sobra. Levei um Barda 2012 para uns amigos provarem e todo mundo ficou encantado. Tem coloração clara típica da casta e corpo leve, mas o bouquet aromático e a presença de boca mostraram que é realmente um belíssimo vinho. Cereja madura, nozes, canela e leve notas tostadas com um fundo floral; no palato é um veludo, o corpo se mostrou mais denso e complexo do que aparentava no exame visual. A alta acidez e os taninos finos e maduros o tornam muito fácil de beber. Grande equilíbrio, com o álcool entorno dos 13%. Muito saboroso mesmo. Não é barato, mas vale a prova. Obviamente não se compara com os Borgonha (seria até covardia), mas até agora é o pinot noir das Américas que mais me remeteu ao estilo daquela região. 

Vinho:
Barda
Safra:
2012
Produtor:
Bodega Chacra (Tenuta San Guido)
País:
Argentina
Região:
Patagônia – Vale do Rio Negro
Uvas:
Pinot Noir 100%
Alcoól (Vol.)
13.3%
Importadora:
Ravin
Custo médio:
R$ 180,00


Piero Incisa della Rocchetta con le sue "bambine"

Vale do Rio Negro