sexta-feira, 30 de maio de 2014

Mais uma grata surpresa do clube Winelands!

A parceria do blog com a importadora Winelands é clara e transparente. Sei bem que qualquer palavra de elogio pode levantar suspeitas sobre a minha imparcialidade e objetividade, mas não é por causa disso que vou mentir para vocês dizendo que um vinho é ruim quando na verdade é muito bom. Particularmente o vinho do post de hoje é de fato é um dos mais interessantes tintos provados recentemente e não vou afirmar o contrário somente porque é importado pela Winelands, aliás é mais um motivo para enaltecer o trabalho de qualidade da importadora na busca de produtos bons e diferentes.

O rótulo em questão é o Pitars Refosco 2011. Família de vinhateiros desde o ano de 1510 possui 120 hectares de vinhedos na região de Friuli. Este é um Refosco dal Penducolo Rosso D.O.C. portanto varietal 100% da uva homônima, sem passagem em madeira. Mesmo assim o vinho tem complexidade de sobra.

Cassis, cravo, café e uma leve nota herbácea no nariz; já tem um palato de corpo médio/leve, mas bastante estrutura. Alta acidez e taninos firmes, com um final de cereja tipo amarena e uva passa. Show. Realmente foi uma surpresa, e, com a mesma surpresa descobri, quando menos estava esperando, que a garrafa tinha já terminado.

Os vinhedos

A barricaia


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os Estados Unidos superam a França e se tornam 1° consumidor mundial de vinho!

A International Organization of Wine and Vine decretou: os Estados Unidos roubaram a coroa da França e subiram no trono de maior consumidor de vinhos do mundo.

A frente da sensível queda do consumo global, os EUA se tornaram pela primeira vez o maior consumidor, bebendo 29 milhões de hectolitros (mhl) em 2013. Destes, 4/5 (quatro quintos) são de vinhos domésticos.

O consumo americano subiu de 0,5% no ano passado, o que parece pouco, mas não é, sobretudo considerando que o consumo francês caiu de 7% no mesmo período.
A classificação dos TOP 5 segue com Alemanha, Itália e China.

Isto levando em conta os números de consumo totais, pois a França continua no 1° lugar quando consideramos o consumo per capita*: neste item o consumidor francês engole mais de uma garrafa por semana, quase 6 vezes mais que o americano.

De qualquer forma é interessante ver como os hábitos vão mudando no cenário mundial. Os europeus, sempre acostumados a beber bastante, estão reduzindo as despesas para enfrentar a crise econômica. Já a China, que cresceu como ninguém nos últimos anos, parece ter chegado a um ponto de saturação, pois seu consumo caiu de 3,8% em relação ao ano anterior. De qualquer forma o aumento médio dos preços globais não ajudou ninguém.

Lembrando que o consumo mundial em 2013 foi de 238.7 mhl de vinho (de 278.7 mhl produzidos), valendo no mercado global 35.2 bilhões de dólares.

Quando comparado com os números daqui fica até engraçado notar que o francês bebe numa semana a mesma quantidade de vinho que o brasileiro consome em 6 meses...e ainda bebendo melhor, sem dúvida.

* De fato o maior consumidor de vinho do mundo é o Vaticano, mas por algum motivo nunca entra nas classificações mundiais... 





domingo, 25 de maio de 2014

Uma bela novidade: Erasmo Barbera-Garnacha

Quem me conhece ou acompanha o blog, sabe que considero o Erasmo um dos melhores tintos chilenos. Talvez o melhor em relação preço/qualidade, pois neste últimos anos (devido ao sucesso) o preço baixou consideravelmente e é possível encontra-lo por menos de 100 Reais.

Recentemente a casa elaborou um novo produto, o “Selección de Baricas” (nome auto-explicativo), versão mais complexa do anterior, mas por este novo lançamento eu não estava esperando: o Erasmo Barbera-Garnacha 2013. Fiquei bem curioso, também pelo corte bastante atípico, sobretudo para o Chile, o preço estava atraente, então não pensei duas vezes em adquirir uma garrafa (paguei R$59).

O diferente blend ítalo-espanhol leva, além das duas uvas citadas no rótulo, também um pouco de Carignan (veja ficha abaixo) e as três variedades de uva foram plantadas no mesmo vinhedo único que origina o primogênito Erasmo, no vale do Maule. O resultado é muito interessante: esta brisa mediterrânea mal deixa pensar que o vinho foi produzido no Chile, mostrando um caráter mais velhomundista.

O vinho não passa em madeira, tendo como proposta de ser aproveitável em situações descomplicadas, para se consumir jovem e com comida leve; mas mesmo assim tem boa complexidade e muito sabor. Fruta silvestre abundante (cereja sobretudo), com notas de lavanda e nozes. Na boca a sensação è repetida, com um corpo médio leve, mas mostrando boa presença e estrutura. Os taninos são muito finos e maduros, já a alta acidez remete a vinhos europeus de uma maneira geral. Final médio e gostoso. Equilíbrio geral perfeito.

Uma novidade muito bem-vinda, o conde Marone Cinzano está de parabéns mais uma vez.
  
Vinho:
Erasmo
Safra:
2013
Produtor:
Reserva de Caliboro (Cinzano)
País:
Chile
Região:
Maule
Uvas:
 65% Barbera, 25% Garnacha, 10% Carignan
Alcoól (Vol.)
14%
Importadora:
Franco-Suíça
Custo médio:
R$ 60,00
Notas:
DES91

O Conde cavalgando no vinhedo da Reserva de Caliboro


sábado, 24 de maio de 2014

A minha TOP 10 do Encontro Mistral (desculpe o atraso!)

Entre uma coisa e outra quase esqueço de comentar aqui um dos eventos mais importantes do ano: o Encontro Mistral 2014. Participei, a convite da importadora, da edição carioca, que ocorreu no dia 8 de Maio no belo salão do Sofitel Rio, na praia de Copacabana. A organização se mostrou mais uma vez excelente, a partir da retirada da credencial na entrada até a entrega da mesma na saída. A quantidade dos participantes era bem proporcional ao espaço e dava para circular livremente pelas mesas de degustação e provar tranquilamente os vinhos desejados conversando com os produtores. Ainda havia uma enorme mesa de pães e petiscos  lindamente preparados para acompanhar os goles.
Mas de maneira geral, fiquei com a sensação de um evento sensivelmente reduzido em comparação as edições passadas, com menor quantidade de produtores presentes e nem todos com os vinhos tops. De qualquer forma o Encontro Mistral continua sendo um dos melhores (senão o melhor) eventos de vinhos do País.

Dos cerca 60 produtores presentes selecionei os meus Top 10, tendo em conta que numa tarde não dá naturalmente para provar tudo. Ademais, neste dia estava tomando antibiótico e mesmo cuspindo o líquido (como de meu costume em eventos do gênero), quis me policiar ainda mais, então provei realmente só o que me interessava.

Vamos lá (em ordem não de importância e sim casual)

- WEINGUT  BRÜNDLMAYER (Áustria)
Brancos sensacionais, como os Reislings e os Grüner Veltliner de vinhedo único. Inclusive, seu único tinto presente, o Zweigelt 2011, embora “simples”, foi um dos vinhos mais interessantes de toda a feira.


- JOSEPH DROUHIN (França)
Produtor tradicional da Borgonha trouxe uma linha de tirar o fôlego, dos Chablis aos villages Chambolle-Musigny e Gevrey-Chambertin e um Volnay Premier Cru. Pena que não tinha os tops mesmo. Em compensação trouxe uns exemplares de pinots que a vinícola produz no estado americano de Oregon (Cloudline), mas além da nota didática, a comparação nem vem ao caso.



- DOMAINE FAIVELEY (França)
Na mesma linha do anterior, e basicamente com as mesmas denominações:  talvez os vinhos sejam um pouco mais estruturados e “rústicos”, para indicar um aspecto mais austero e clássico. Sobre todos me encantou o Puligny-Montrachet 1er Cru Champ Gain 2008, complexo e elegante.


- CLOS MOGADOR (Espanha)
René Barbier, um dos enólogos/proprietários mais cultuados do mundo, talvez o maior responsável do sucesso dos vinhos do Priorato, estava ali presente no evento e tive o prazer de conversar com ele (inclusive pessoa muito simples e simpática). Trouxe uma “mini-vertical” de Clos Manyetes (2006 e 2011) e de seu ícone que da o nome à vinícola Clos Mogador (2010 e 2011), sendo em ambos os casos as safras mais antigas ainda um pouco fechadas e a mais novas já mais macias. De qualquer forma notáveis. 
- REMÍREZ DE GANUZA (Espanha)
Um dos produtores mais badalados de Rioja da atualidade. Seus vinhos entraram no gosto da imprensa internacional por serem muito extraídos e densos. O Remirez de Ganuza Gran Reserva 2004 recebeu os cobiçados 100 pontos pelo Robert Parker: provando o vinho não fiquei nada surpreso, pois faz exatamente seu estilo, mas não o meu. Moral mondovínica: um bom vinho, mas longe de merecer 100 pontos. De qualquer forma valeu a experiência.


- MASTROBERARDINO (Itália)
Sou suspeito, pois este e o meu produtor de adoção: a vinícola fica a 60km da minha casa em Napoli e praticamente fui criado com seus vinhos. Mesmo assim não me canso. A linha Radici é espetacular e o Taurasi Riserva é pra se beber de joelhos.

- CASTELLO DI AMA (Itália)
Consistentemente um dos melhores produtores da Toscana. Chianti Classico top e uma interessante novidade que não conhecia: o Haiku, supertoscano a base de cabernet franc, sangiovese e merlot, muito interessante, em estilo internacional. O L’Apparita dispensa comentários: tive a sorte de degustar este ícone algumas vezes nos últimos anos (inclusive desta mesa safra de 2008) e é sempre fenomenal: um dos poucos merlot do mundo capaz de competir com o Petrus.

- DOPFF AU MOULIN (França)
Fantásticos brancos da região da Alsácia. Os Rieslings bem secos e bastante minerais e um Gewürztraminer rico, complexo e encantador.
- BIONDI SANTI & CASTELLO DI MONTEPÒ (Itália)
Não podia deixar de falar do famoso “inventor” do Brunello di Montalcino e da minha amiga Valentina Gherardi, que é gerente de exportações da vinícola. A linha de supertoscanos como Schidione e Sassoalloro é de primeiríssima, mas Brunello é Brunello; e Il Greppo é “o” Brunello.

- MASI (Itália)
E falando em amigos, também não podia deixar de fora o meu amigo Vincenzo Protti, mas não pela questão da amizade e sim porque é representante de uma das melhores vinícolas da Itália. Apresentou-me uma agradável novidade: o Rosa dei Masi um rosé com base em Refosco parcialmente passificado. Referência em Amarone, o Costasera nunca desaponta; entre os outros a linha Campofiorin é muito gostosa, sendo o ORO uma versão mais complexa.




Gostaria também de citar os champagnes da Bollinger, muito frescos e típicos (não por acaso é o vinho do James Bond), os belos californianos de Paul Hobbs, intensos e ricos, e os espanhois Pesquera da Ribera del Duero, tempranillos frutados e amadeirados e os bem feitos vinhos do Luis Pato (sempre super-simpático), diferentes para quem quiser sair da mesmice dentro dos portugueses. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Os Melhores Vinhos da Península de Setúbal

Post Patrocinado:

O XIV Concurso de Vinhos da Península de Setúbal, promovido pela Comissão Vitivinícola da Região, com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado premiou 25 vinhos com a  Medalha de Ouro na categoria IG Península de Setúbal e DO Palmela e  dois receberam Medalha de Ouro na categoria DO Setúbal. Os grandes vencedores, que receberam o galardão de Melhor Vinho  foram: o Moscatel Roxo José Maria da Fonseca 20 Anos que amealhou dois dos mais ambicionados troféus - o Melhor Vinho e o Melhor Vinho Generoso. O júri, composto por técnicos das várias regiões vitivinícolas portuguesas, Associação Portuguesa de Enologia, Associação de Escanções de Portugal e ASAE, imprensa da especialidade e representantes da restauração, elegeu ainda como Melhor Vinho Tinto o Ameias 2013, Syrah; Melhor Vinho Branco o Adega de Pegões 2013, Chardonnay Arinto e como Melhor Vinho Rosado o Vale dos Barris 2013.  O resultadom foi divulgado sexta-feira, dia 16 de Maio, em Palmela.

Pela primeira vez em catorze edições não houve medalhas de prata. Henrique Soares, Presidente da Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal explica que “o concurso segue as directrizes da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), que estipulam uma percentagem máxima de prémios em relação ao número de referências concorrentes, neste sentido a pontuação dos vinhos premiados ditou que as medalhas fossem exclusivamente de ouro. Um fato que nos deixa ainda mais conscientes de que a qualidade dos nossos vinhos está cada vez mais elevada”. 

CVRPS
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal tem como missão a defesa das DO Setúbal e Palmela e IG Península de Setúbal, bem como a aplicação da respectiva regulamentação, o fomento e controle dos vinhos produzidos nas respectivas áreas geográficas e a garantia da sua origem, genuinidade e qualidade. Neste âmbito, o concurso de vinhos da região, promovido anualmente, apresenta-se como um evento de estímulo e valorização à produção de vinho na Península de Setúbal.

                                                                 
LISTA DE PREMIADOS:

O MELHOR VINHO
José Maria da Fonseca 20 Anos
Vinho Generoso | DO Moscatel Roxo
José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

MELHOR VINHO GENEROSO
José Maria da Fonseca 20 Anos
Vinho Generoso | DO Moscatel Roxo
José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

MELHOR VINHO TINTO
Ameias 2013 | Syrah
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A

MELHOR VINHO BRANCO
Adega de Pegões 2013 | Chardonnay Arinto
SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, S.A.
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

MELHOR VINHO ROSADO
Vale dos Barris 2013
Vinho Rosado, Regional Península de Setúbal
Adega Cooperativa de Palmela, CRL

MEDALHAS DE OURO
Periquita Reserva 2011
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

Adega de Pegões 2010 | Colheita Seleccionada
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Periquita Superyor 2009
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
José Maria da Fonseca Vinhos, S.A.

Costa SW 2012 | Reserva
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
RESIGON- Companhia Agrícola e Gestão, S.A

Stanley 2011 | Reserva
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Fundação Stanley Ho

Contemporal Selection 2011
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Catarina 2013
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Bacalhôa - Vinhos de Portugal, S.A.

Adega de Pegões 2013 | Colheita Seleccionada
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Adega de Pegões 2013 | Verdelho
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Casa Ermelinda Freitas 2012 | Sauvignon Blanc
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda

Vale dos Barris 2013| Moscatel
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Adega Cooperativa de Palmela, CRL.

Contemporal Selection 2012
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Dona Ermelinda 2011 | Reserva
Vinho Tinto, DO Palmela
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda

Malo Tojo 2012
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Malo – Tojo Estates, Lda

Vale da Judia 2013
Vinho Branco, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Dona Ermelinda 2013
Vinho Branco, DO Palmela
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos,Lda

Casa Ermelinda Freitas2011 | Petit Verdot
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda.

Terras do Sado 2013
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
.

Malo Platinum 2012 | Reserva
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Malo – Tojo Estates, Lda

Quinta da Mimosa 2011
Vinho Tinto, DO Palmela
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda

Adega de Pegões 2011 | Syrah
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Adega de Pegões 2010 | Alicante Bouschet
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

Terras do Pó 2013
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda.

Vale dos Barris 2011 | Syrah | Colheita Seleccionada
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Adega Cooperativa de Palmela, CRL.

Casa Ermelinda Freitas 2011 | Cabernet Sauvignon
Vinho Tinto, Regional Península de Setúbal
Casa Ermelinda Freitas – Vinhos, Lda.

MEDALHAS DE OURO (GENEROSOS)
Bacalhôa 2001
Vinho Generoso, DO Moscatel de Setúbal
Bacalhôa - Vinhos de Portugal, S.A

Bacalhôa 2002
Vinho Generoso, DO Moscatel Roxo
Bacalhôa - Vinhos de Portugal, S.A


terça-feira, 20 de maio de 2014

JANTAR HARMONIZADO NORTON

Post Patrocinado: Jantar harmonizado no Rio

No dia 22, o Cavist, em Ipanema, realiza às 20h um jantar harmonizado com a presença de um dos melhores enólogos do mundo, Jorge Riccitelli, da Botega Norton. Na noite terá um bate papo entre o enólogo e seus convidados sobre os Terroirs Especiais de Mendoza. O jantar inclui couvert, entrada, dois pratos principais e sobremesa e custa R$ 190, com serviço incluso. Para começar, mix de canapés Cavist acompanhado do Espumante Norton Cosecha Expecial Extra Brut. De entrada, ceviche de peixe branco à moda peruana com Perdriel Colección Sauvignon Blanc. O primeiro prato vem com escondidinho de bacalhau com batata baroa e servido com Perdriel Colección Malbec. Já a segunda sugestão de prato principal é o cordeiro com risoni e cogumelos selvagens e chega harmonizado com os vinhos Perdriel Del Centenário e o Perdriel Single Vineyard. De sobremesa, flan de doce de leite.

Cavist Jantar Harmonizado Norton – Ipanema
Dia 22/05, às 10h
Valor: R$ 190,00, inclui couvert, entrada, dois pratos principais e sobremesa  
Cavist Ipanema: Rua Barão da Torre, 358 Tel.: (21) 2123-7900 (110 lugares). Reservas em dois horários: 20h e 22h. Restaurante: segunda a sábado das 12h à 0h. Loja: segunda a sábado das 9h30 à 0h. CC todos. Manobrista. www.cavist.com.br 



terça-feira, 13 de maio de 2014

Como substituir vinho por chocolate e dar tudo certo


Você deve já ter ouvido falar da Eataly (tenho certeza que muitos de vocês conheceram pessoalmente). Não sei exatamente como chamar esta rede de concept-stores, que a partir de Turim levou para o mundo a excelência dos produtos eno-gastronômicos da Itália: seria limitativo apelidar-la de loja, delicatessen, cafeteria, mercado, adega, restaurante, bar, pizzaria, cervejaria, peixaria, açougue, padaria, livraria, escola de gastronomia, pois tem tudo isto e muito mais.

A filial de Nova York é particularmente espetacular, tomando um quarteirão inteiro na Fifth Avenue (5ª avenida) na frente do Flatiron Building, e tornando-se de fato um novo ponto turístico da Grande Maçã.

Os mais atentos ficaram sabendo que a divisão de vinhos tinha sido fechada em março, depois de ter sua licença de venda suspensa por 6 meses pela New York State Liquor Authority, causando um prejuízo de 300mil dólares por semana para a Eataly nova-iorquina, que talvez vai ser obrigada a pagar também uma multa de U$500mil. O motivo foi um banal conflito de interesses: nos EUA não é permitido ser dono de uma vinícola e ter ao mesmo tempo uma loja de vinhos. Acontece que o fundador Oscar Farinetti produz vinhos na Itália e o sócio americano Joe Bastianich também tem vinícolas em Itália e Argentina.

Os dois empresários garantem que a questão será resolvida em breve, mas o que fazer para não deixar o espaço da enoteca vazio e improdutivo? A solução foi simples e genial: um Nutella Bar. Onde a clientela poderá experimentar pane italiano, brioche, muffim, tortinhas, crepes e outras delícias, todas recheadas pelo célebre e amado creme de chocolate com avelã. Um destinos obrigatório para enofilos se tornou destino obrigatório por chocólatras. Pelo visto a formula deu certo, pois diariamente fora do Eataly a fila de nova-iorquinos famintos por Nutella é notável e agora estou até com medo que o bar substitua de vez a loja de vinhos...
  
Olha a fila para garantir o pãozinho com Nutella!

Eu explorando a Eataly NYC

Massas artesanais lindas de chorar
Sentado de costa para a loja, para evitar gastar mais dindin

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Vinho amadeirado é uma questão...de nervos

Prepare-se, pois de agora em diante esta descoberta mudará totalmente...nada! Assim como todas as notícias resultantes da pesquisa cientifica relacionada a vinho. Mas não deixa de ser interessante.

Sabe aqueles aromas derivantes do envelhecimento em barricas de carvalho (chamados tecnicamente de “terciários”)? Tipicamente são aromas de madeira mesmo, mas também de couro, tabaco, café, amêndoa, baunilha, mentolado, etc. e normalmente é possível confirmar as mesmas sensações na boca. Pois bem, a pesquisa da vez nos informa que o que nos faz sentir o “barricado” não é nem o nariz nem o paladar, e sim um nervo, especificamente o trigêmeo.

A descoberta foi feita por um grupo de cientistas alemães da Ruhr-Universitata Bochum, que publicou o estudo na revista Chemical Senses. A experiência feita com pacientes com danos aos nervos ligados ao gosto e incapazes de sentir os 5 sabores básicos (doce, salgado, amargo, acido e umami), provou que eles conseguiam identificar aquele aroma de barrica na língua quando engoliam vinhos envelhecidos em carvalho. Já quando aos mesmos sujeitos os cientistas anestesiaram o nervo trigêmeo, o sabor de barrica desapareceu.

Ou seja, a experiência provou – além que os cientistas não tinham nada de melhor pra fazer – que o nervo trigêmeo até agora considerado ser responsável somente da percepção do calor e da temperatura, é também envolvido na degustação de vinhos maturados em carvalho. Na minha ignorante opinião cientifica isto pode não tem a ver com os aromas acima citados, mas sim com a textura.

Enfim, tudo isto não vai mudar em nada a sua vida, mas pelo menos confirma que, para aquele seu amigo enochato que só gosta de vinhos amadeirados, a solução é o neurologista mesmo.










domingo, 4 de maio de 2014

Vinho e nudez em um único evento!


Você já foi a evento de vinho, certo? Tenho certeza que nem todos satisfizeram suas expectativas e já teve vários itens sobre o que reclamar: vinhos ruins, pessoas antipáticas (ou enochatos), superlotação, organização, comida, etc. Será que existe um jeito de montar um evento de vinho sem deixar espaço para as polêmicas: nudez poderia ser a resposta. No próximo dia 16 de agosto a Sunny Rest Resort, (na Pensilvanya –EUA) organiza o "Bare Vine Wine Fest", uma feira dedicada ao vinho tendo a nudez como único requisito para os participantes.

Alguns pode até achar inapropriado, mas o Boston.com lembra que a “recreação nua” uma indústria de 440 milhões de dólares.

Parece que a condição de nudez coloque as pessoas em um estado mais pacifico: quem está pelado, de fato aparece desarmado, não transmite nenhum tipo de atitude agressiva. Portanto participar nus a uma degustação pode ser um jeito eficaz para curtir o vinho sem polemizar sobre o que estiver na taça ou ao seu redor (embora os naturistas devam gostar mais de vinho natural...).

Já para quem é mais chegado em cerveja, tem um evento similar no dia 16 de junho. Quase ficamos tristes que os dois eventos sejam separados: afinal enófilos e cervejeiros poderiam conviver em harmonia, pelados.

Vou esperar para a próxima edição da Expovinis naked edition.