sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Um espanhol diferente

Telmo Rodriguez é uma verdadeira personalidade no mundo do vinho, não somente na sua Espanha, mas internacionalmente falando. Polêmico e rebelde, produtor praticamente em todas as regiões da Espanha, é um verdadeiro “enólogo de terroir”, recusando globalização do gosto e castas internacionais e dedicando-se a viticultura sustentável exclusivamente com castas autóctones do País. Mesmo assim (ou em virtude disto) faz bastante sucesso no exterior, também graças a uma boa relação preço/qualidade. Então eu resolvi provar. Seu Deseha Gago, por exemplo, é um best-seller mundial, mas um tempranillo (ou tinta de toro) na região de Toro todo mundo parece saber fazer, então eu fui mais fundo, até a região de Alicante, para provar o Al Muvedre um varietal de Monastrell. A casta, mais conhecida como Mourvèdre (daí o nome do rótulo), produz na França (sobretudo no Rhone), vinhos bem tânicos e por isto é frequentemente utilizada como uva de corte. Já no sul da Espanha, o clima mais quente e a proximidade com o mar, amaciam os taninos e fazem que a mesma uva tome outras características.
O vinho é bem interessante. Supostamente leve e sem madeira, de cor clara e límpida, mostrou mais complexidade e corpo do que esperado. Sensações aromáticas e gustativas de fruta em compota, com componentes herbáceas - tipo mentolado-  leves notas animais e algo salgado. Os taninos são redondos e finos, a acidez boa e o complexo bem equilibrado. Inclusive o álcool, acima do previsto (14%) é imperceptível. Um curinga, eu diria, para harmonizações: pode acompanhar carnes e massas ou até peixe e frutos do mar.



Vinho:
Al Muvedre
Safra:
2011
Produtor:
Telmo Rodriguez
País:
Espanha
Região:
Alicante (Valencia)
Uvas:
Monastrell 100%
Alcoól (Vol.)
14%
Importadora:
Mistral
Custo médio:
R$ 55,00
Notas:
RP88


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

VINHO DO MÊS | janeiro e fevereiro de 2014

Post Patrocinado:

Novidade apresentada aos clientes no final do ano passado, o programa “Vinho do Mês” do Terzetto segue com força total em 2014. O sommelier Alexandre Loureiro abre o ano com duas excelentes pedidas, a começar pelo elegante Chablis 1er Cru Damaine de la Cour de Roy 2010, branco da região da Borgonha, disponível por R$ 112. Outro rótulo top da casa de Ipanema a ser oferecido quase a preço de custo, o italiano Silicum Rosso IGT 2010, produzido pela vinícola familiar Poderi del Paradiso, em San Gimignano, na região da Toscana, sai até o final de fevereiro por R$ 95.


Terzetto – Rua Jangadeiros, 28 – Ipanema. Cep- 22420-010. Tel.: 2247-6797. De seg. a sexta, das 18h à 1h. Sab, dom. e feriados, das 12h à 1h. Capacidade: 70 lugares. C.C.: Todos. Manobrista. www.terzetto.com.br




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Já temos o vinho do ano?

Até soa meio estranho e arriscado dizer isto em janeiro, mas, meus amigos, já temos um forte candidato à vinho do ano de 2014 no MondoVinho. Não poderia ser diferente, estamos na frente de um ícone da enologia mundial, verdadeira bandeira de viticultura italiana: o mítico Sassicaia. No ano passado degustamos em mais de uma ocasião o de safra 2009, que já está muito saboroso agora, mas que sem duvida precisa de mais um tempo de descanso em garrafa. Recentemente “desovei” um 2007 da minha adega, acreditando que estivesse já mais prontinho, e de fato estava certo. É claro que ainda ia evoluir (e muito bem) para umas décadas ainda – segundo a critica internacional este exemplar desta safra deveria ser degustado entre 2012 e 2037 – mas como não estava com paciência de esperar até o ano de 2037, resolvi abrir o moleque agora, e, entre nós, fiz muito bem.

O Sassicaia foi o primeiro Supertoscano (veja a história aqui), mas poucos sabem que a propriedade da Tenuta San Guido foi também a primeira “Oási” oficial do WWF na Itália, devido ao seu único ecossistema. Natureza então em primeiro lugar no território de Bolgheri, a Bordeaux italiana. O vinho é inspirado nos grandes tintos de Medoc, Chateau Lafite principalmente, de onde o foram importadas as primeiras mudas de Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. E são exatamente estas as uvas que compõem até hoje o corte deste fora de série, na ordem: 85% e 15% nesta safra de 2007. O mosto faz maceração de 15 dias com as cascas, madura por 24 meses em barricas de carvalho francês e ainda descansa 6 meses antes de ser comercializado.

O decantei por cerca de meia hora, e o danadinho mudava de aroma a cada instante: fruta negra intensa, notas defumadas, alcaçuz, terra molhada, toques herbáceas, flores secas, couro. Na boca é elegantíssimo, concentrado, mas leve, com textura super-aveludada, transmitindo os mesmos aromas no palato e algo mais. Acidez espetacular, taninos intensos e finos, final longuíssimo. Álcool na medida certa (13,5%) e madeira perfeitamente integrada.

Vinhaço que faz jus ao próprio nome, um verdadeiro Premier Grand Cru da Maremma Toscana.

Curiosidade: o que significa Sassicaia? O nome vem do terreno pedregoso da propriedade (veja foto abaixo): pedras em italiano se diz “sassi”.

Os "Sassi" da Tenuta San Guido

O meu exemplar de 2007
  
Vinho:
Sassicaia
Safra:
2007
Produtor:
Tenuta San Guido
País:
Itália
Região:
Toscana
Uvas:
Cabernet Sauvignon (85%), Cabernet Franc (15%)
Alcoól (Vol.)
13,5%
Importadora:
Ravin
Custo médio:
R$ 1.500,00
Notas:
RP95; WS93; GR3







domingo, 19 de janeiro de 2014

A volta dos infames sulfitos...repare a tabela, vai se surpreender!

O mundo do vinho, é sabido, está passando por uma “guerra santa” contra os sulfitos, inclusive um dos posts mais lidos ever no MondoVinho aborda justamente este assunto (veja aqui). 
O dióxido de enxofre basicamente é um conservante que evita a proliferação de bactérias e leveduras; até uns produtores radicais (como Josko Gravner, por exemplo) admitem que o uso de sulfitos seja indispensável, pois suas propriedades eram já conhecidas e usadas pelos antigos romanos, que colocavam enxofre no vinho para evitar que estragasse rapidamente, e até hoje de fato continua sendo o desinfetante mais usado para vários tipos de alimentos.
O site WineFolly publicou uma tabela comparativa onde são indicados os valores de sulfitos contidos em alguns alimentos, e vocês vão ficar chocados em ver os valores da fruta seca ou das batatas fritas, seguidas por sucos, sopas, carnes, refrigerantes, vinho de garrafão, geléias, balas e só enfim, vinho tinto seco. Veja o gráfico a seguir: os histogramas são inexoráveis.

Agora, a pergunta vem espontânea: será que estamos combatendo uma guerra para nada? 



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Como reciclar barricas de carvalho com criatividade

Interesting facts sobre barricas de carvalho: quando se fala em barrique (em francês) se subentende aquela com tamanho padrão bordalês, ou seja de 225 litros. Custa para as vinícolas cerca de 500 Euros e dura mediamente 2 anos. Depois disto é possível ainda regenerar e alongar de mais um ano a vida da barrica, raspando parte da madeira. Mas depois desta regeneração chega o doloroso momento de se desfazer dela. Vai normalmente acabar no lixo, mas recentemente muitos estão concentrando esforços para reciclar de maneira mais inteligente e criativa. Já vimos um interessante projeto italiano (clique aqui), repare agora em outros objetos produzidos no mundo a partir de barricas usada, que seriam de outro caso destinadas à destruição. Tem para todos os gostos: instrumentos musicais, peças de decoração design, óculos de sol, dock para iphone, comodas poltronas, pias para banheiros, berços basculhantes para a alegria das crianças, telescópios, até palitos de luxo aromatizados e chips para dar um toque defumado ao seu churrasco.
Confira a seguir.


































terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Já provou um Orange Wine? Veja aqui o mais emblemático

Você conhece os vinhos laranjas? Não são vinhos que emprestaram o nome para fraudes ou negócios suspeitos, mas vinhos de coloração mais o menos alaranjada. Conhecidos justamente como Orange Wines, eles lembram na cor vinhos de sobremesa, tipo passito, mas de fato se trata de brancos submetidos a maceração com as cascas, da mesma forma que acontece para os vinhos tintos. Depois, envelhecendo, a cor vai pegando uma tonalidade mais âmbar.

O nome mais importante para esta “categoria” e fundador desta tendência, é o Josko Gravner, viticultor esloveno que opera na região italiana de Friuli-Venezia Giulia - na verdade seus vinhedos se estendem quase igualmente ao longo dos dois lados da fronteira da Itália com a Eslovênia. Gravner se tornou talvez o produtor europeu mais admirado e ao mesmo tempo mais criticado da atualidade, isto por causa da sua vinificação quase totalmente natural, com práticas ecológicas e biodinâmicas levadas quase ao estremo, junto com antigos métodos de maturação do vinho: em ânforas de barro. Apontada por muitos como inovadora e revolucionária, a técnica de fato vem praticamente da época da invenção do vinho, trazida da região do Cáucaso e depois seguida pelos Romanos. O Gravner simplesmente propõe novamente o vinho da maneira que era produzido milênios atrás.

A vinícola produz 4 vinhos, sendo 2 tintos e 2 brancos, mas seu rótulo mais representativo é sem dúvida o branco Anfora Ribolla Gialla, de grande complexidade e longevidade. O vinho é fermentado por cerca de um ano em ânforas de terracota sem controle de temperatura e sem nenhum aditivo; depois é maturado em grandes tonéis de carvalho por 4 anos e engarrafado sem clarificação ou filtração, na lua minguante.

Recentemente apresentei um 2005 a uns amigos. O vinho é do gênero Love it or Hate it, pois é certamente o vinho branco mais diferente de todos que você já provou (e que ainda vai provar). A cor é um laranja escuro, quase âmbar; no nariz a laranja também é evidente, com notas de mel, manteiga e fruta cristalizada. Na boca é muito delicado, levemente salgado, mas com algo lembrando um tinto, com leves taninos procedentes da longa maceração. Inclusive apresenta bastantes sedimentos (branco com borra!) e recomendo decantação. Acidez vibrante e álcool abaixo da média (12%). Ainda tem muitos anos de vida pela frente.

Um vinho único, sui generis (como justamente os romanos diriam). Divide opiniões. Pessoalmente gostei bastante, talvez não faça exatamente meu estilo preferido, mas o adorei justamente pela singularidade: como já disse em mais de uma ocasião, nesta fase de globalização do gosto, a diversidade de um vinho é o que mais me encanta. E se você se define enófilo, este é um vinho que deveria provar. Pena que o preço torne o exercício bastante espinhoso.

Vinho:
Anfora – Ribolla Gialla
Safra:
2005
Produtor:
Josko Gravner
País:
Itália
Região:
Friuli-Venezia Giulia
Uvas:
Ribolla Gialla (100%)
Alcoól (Vol.)
12%
Importadora:
Decanter
Custo médio:
R$ 435,00
Notas:
RP 94; WS 90


O nosso exemplar de 2005

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Harmonizando vinho e música


Desta vez o WineBar lançou um desafio nada fácil, mas ao mesmo tempo estimulante. Numa iniciativa conjunta com a Wines of Argentina, os “eleitos” receberam a “missão” de harmonizar vinho e música. Mais precisamente, recebemos duas diferentes garrafas de vinho - argentino, obviamente - e uma lista de músicas - mais de 100 - selecionadas pelo wine-blogger e músico Mauricio Tagliari, para brincar e acertar uma trilha sonora do vinho degustado (ou uma trilha gustativa do som escutado).

Eu recebi dois brancos, sendo um tranqüilo e um espumante.

O primeiro foi o Elsa Bianchi Torrontés 2012. Um vinho jovial, perfeito para aperitivos, refrescante e gostoso. Ideal para dias de verão, este é o clássico branco para beira de piscina. Na verdade, pessoalmente, mais que piscina me remeteu logo à praia. Seu baixo teor alcoólico e alta acidez o tornam companheiro perfeito para dias ensolarados e brisa marina batendo no rosto. Perfeito tanto nos baldes de gelo e taças de cristal dos decks das praias mais badaladas do mundo, quanto em um estilo mais simples tipo cadeirinha, copo plástico e bolsa térmica. Então vai um som que acompanha bem as duas situações: uma música bem brasileira, ma que se tornou sucesso internacional: “Já sei namorar” dos Tribalistas. Música festiva, mas com um toque de doçura, que anda de mãos dadas com o açúcar residual da própria Torrontés. Inclusive esta era a música mais tocada nas praias na primeira vez que vim ao Brasil, então pra mim tem até uma conotação afetiva especial.

O segundo vinho foi um espumante, o Finca La Célia La Consulta Brut. Um corte de Chardonnay e Semillion elaborado com método Charmat. Um espumante pra mim que fica no meio do caminho entre exuberante e elegante; nem tanto para comemorações, nem tanto para um evento de gala ou encontro romântico chic. É um vinho pra mim mais para juntar pessoas de uma forma descontraída, tipo uma reunião tranqüila entre amigos ou com os respectivos parceiros, sem outros pretextos a não ser o de ficar juntos. Por isso, eu imagino uma trilha de fundo macia e relaxante, e a minha escolhida é “Let’s stay together” do mítico Al Green. Muito soft, mas não chega a ser uma ballad de chorar, é quase um mid-tempo, que acaricia os ouvidos da mesma forma que as borbulhas acariciam o palato. E já somente o título é um resumo da idéia (de ficar juntos) que o vinho me passou, então let’s stay together!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

As 15 "profecias" do Robert Parker para 2014 - umas contestáveis, outras... também

“Muita” e “pouco” são os adjetivos do meu começo de ano em sentido blogger: “muita” preguiça e “pouco” tempo para escrever. Adicione alguns probleminhas técnicos no template do blog e o resultado é que não posto nada desde o ano passado!
Pior que, neste comecinho, enquanto ocupado em ler as previsões astrológicas do meu 2014 nos aspectos econômico/sentimental/sexual, quase deixo passar batidas as profecias do nosso querido Robert Parker! Notar que escrevi “profecias” e não “previsões”, mas talvez devesse ter dito “tentativas de influenciar o mercado embora a credibilidade esteja muito caída”. Enfim, o Bobby olhou na bola de vidro e twittou as suas 15 “previsões”: é nosso dever sacanear reportar e avaliar aqui as ideais do Advogado do Vinho. 

15)  Prosecco e Cava vão corroer lucro e glamour ao Champagne

De fato os preços de Cava e Prosecco já subiram. Esta não é exatamente a minha idéia de “corroer” os lucros.

14) Vans e caminhões que vendem comida de rua asiática, sul-americana e coreana começarão a oferecer vinho também.

E talvez vão ter também o sommelier a bordo? Sabe, é preciso para harmonizar taco e quesadilhas.

13) Bistrôs e cantinas de alta qualidades irão cada vez mais permitir que o cliente leve sua própria garrafa, em resposta aos altos preços e margens de lucro praticados por outros restaurantes

Sim, beleza, mas pra que serve permitir que eu leve a minha garrafa e depois me cobrar 90 Reais pela taxa de rolha? Aí tanto vale pegar um vinho da carta!

12) As adegas do Médio-Atlântico e do Leste em geral serão preferidas pelos consumidores, graças a um ótimo 2012. Os consumidores sempre procuram novas emoções.

Estamos falando de Estados Unidos, of course my baby.

11) Os blogueiros de vinhos continuarão a queixar-se de não ser capazes de rentabilizar seus sites e ganhar respeito e credibilidade.

Muito gentil deu sua parte, Mr. Parker. Mas será que o querido esteja um pouco chateado com os blogueiros por causa daquela historinha revelada pelo blogger Jim Budd, que fez que a Wine Advocate perdesse credibilidade? 

10) O governo finalmente vai tornar obrigatória a indicação de ingredientes e calorias nos rótulos de vinho. 

Acho difícil, sobretudo devido à força das lobbies. E também, entre nós, como ficaria o tamanho do rótulos para conter somente os 70 aditivos permitidos por lei?

 9) O sistema de conservação Coravin vai mudar profundamente a maneira de tomar vinhos raros e preciosidades de produção limitada.

Só se for em restaurantes e wine-bar, pois o apetrecho é caro.... aqui no Brasil deve chegar entre 2-3mil Reais (sempre se chegar!), argônio não incluído. Dinheiro suficiente para eu deixar oxidar muitas boas garrafas sem pena.

8) As fraudes sobre vinho falsificado vão atingir as grandes casas de leilões que fingiram não saber de nada.

Na verdade deveriam atingir também as vinícolas, pois o processo ao Rudy Kurniawan deixa supor que muitas vinícolas francesas fizeram vista grossa. 

7) O vinho vai se tornar menos elitista e mais popular, até acabar com os insuportáveis enochatos.

Ou seja, Bob, você vai parar de avaliar somente vinhos acima de 200 dólares e beber o Reservado da vida? Siiiim, eu acredito...

6) Os amantes da Pinot Noir vão ficar loucos com os pinots 2012 do Oregon e com os 2012-2013 da Califórnia.

O que mais tem nos mercados mundiais é pinot de Oregon e Califórnia, não é? Tentativa de impulsionar a venda destes produtos caros e poucos conhecidos.

5) Espanha, sul da Itália e França vão dominar o mercado de vinhos de alta qualidade abaixo dos 20 dólares.

Concordo somente para a Espanha. Sul da Itália continua um mistério e França um enigma insolúvel para muitos. Chile, Argentina, África do Sul (mas também a mais badalada Itália do norte) vendem mais fácil nesta faixa de preço.

4) A Argentina continuará distinguindo-se por seus excelentes Malbecs e Torrontés.

Nossa, esta foi uma verdadeira descoberta que ninguém imaginava...!

3) O golpe dos vinhos “naturais” ou “autênticos” será exposto como uma fraude (a maioria dos vinhos sérios não tem aditivos).

Esta é a previsão mais “obscura”, que gerou um monte de tópicos na rede. Realmente não da pra entender (se alguém entendeu, por favor, me explique!). Antes o advogado acusa de fraude uma categoria de vinhos (naturais) e depois absolve a grande maioria dos vinhos sérios? E, digamos, o Romanée Conti - justo para citar um casualmente - pertenceria a qual categoria? Natural ou sério? Bobby, ma per favore!

2) A Califórnia obterá grandes lucros das duas grandes safras, em qualidade e quantidade, de 2012 e 2013.

Mas não tinha já dito isto de uma forma mais sutil antes?

1) Maior resistência aos vinhos caros da Europa de safras medíocres como 2011, 2012 3 2013.

“...and greetings from California!”