quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Colheita noturna "horror": não perca!

Hoje é dia de Halloween. Para ficar no tema, vou lhe mostrar aqui um vídeo da vinícola californiana Jordan, bem bacana. A Jordan Winery, é sabido, tem um departamento de marketing ótimo, sobretudo para mostrar o vinho de forma descontraída e descomplicada. Por outro lado produz vinhos “coca-cola”, mas não se pode ter tudo.
Aqui eles divulgam a colheita noturna em próprios vinhedos. A prática de colher as uvas à noite é por muitos apontada como ideal, devido às menores temperaturas. Mas segundo outros, o melhor momento para a colheita seria o amanhecer, pois os cachos aproveitariam por mais tempo o frescor da madrugada para se resfriar.

Enfim, esqueçamos os aspectos técnicos e vamos curtir o vídeo, bem digno dos mestres do horror. 

Jantar harmonizado: tapas e vinhos da Catalunha!

As tapas espanholas se tornaram meio que uma moda nos últimos anos, pelo menos aqui na capital carioca. O “Venga!” do Leblon, foi talvez o primeiro bar exclusivamente do gênero e vai lançar agora, na mais aconchegante filial de Ipanema, um jantar harmonizado com os vinhos da Bodega Abadal, já eleita melhor vinícola da Catalunha, contando com a presença do enólogo da casa.
Ocasião interessante para experimentar em uma única noite o melhor da culinária e viticultura local.
Veja mais detalhes abaixo, no release oficial.
---

O Venga! de Ipanema servirá, no dia 11 de novembro, a partir das 20h, jantar harmonizado com vinhos da Bodega Abadal, eleita melhor vinícola da Catalunha em 2011, pela Associación Catalana de Sommeliers (ACS). O enólogo Joan Ramós Mañé estará presente para conduzir o jantar, que terá menu fechado composto por seis etapas (R$ 120,00 por pessoa). A noite começará com azeitonas recheadas e amêndoas picantes servidas com o vinho Abadal (Nuat) Pla de Bages 2008. Em seguida, será servido pão com tomate, queijo manchego, jamón ibérico Pata Negra, chorizo e chistorra com os vinhos Abadal Cabernet Franc-Tempranillo 2010 e Abadal Pla de Bages Reserva 2005. Depois entrará em cena uma receita surpresa chamada 'Manda huevos', que tem ovos como ingrediente principal e será acompanhada pelo Abadal Picapoll Pla de Bages 2011. Na sequência, chegam à mesa as batatas bravas e o falso risoto de jamón, com o vinho Abadal Cabernet Sauvignon Rosado Pla de Bages 2009, e o polvo a la Gallega e a bochecha de boi com o Abadal Picapoll Pla de Bages 2011 e o Abadal Selecció Pla de Bages 2006. Para encerrar, espuma de crema catalana e chocolate com churros. Reservas pelo telefone 2247-0234.
Serviço:
¡Venga! Ipanema – Rua Garcia D’Ávila 147 loja B. Ipanema. Tel.: 21 2247-0234. Horário de funcionamento: De seg. a qua., das 12h a 0h. De qui. a sáb, das 12h à 01h. Sáb. Dom., das 12h à 0h. Capacidade: 84 lugares. C.c.: todos; C.d.: todos. www.venga.com.br




terça-feira, 29 de outubro de 2013

Você já provou a casta Humagne Rouge?

Pois é, meus amigos, hoje falamos de uma uva bem exótica e diferente, e vou lhe dizer, muito interessante mesmo. A Humagne Rouge é uma casta tinta típica da Suíça. É também conhecida como Cornalin d'Aoste, por causa da região de Valle d’Aosta - ao norte da Itália - aonde anteriormente (e erroneamente) se presumiu que a casta originou, mas onde está agora quase extinta. De qualquer forma o erro foi mínimo, pois a pequena região italiana faz fronteira com a pátria legitima da casta e de fato goza do mesmo clima e terroir.
A Suíça tem uma produção de vinhos muito reduzida, mas de boa qualidade, de inspiração principalmente francesa. Antes deste eu tinha degustado somente um vinho suíço, alguns anos atrás, que achei bem interessante, mas este me ganhou definitivamente. Maitre de Chais Humage Rouge 2007, da denominação de origem controlada “Valais”. Admito que não conhecia nada deste rótulo (o importador me enviou uma garrafa para eu provar), mas depois de ter ficado encantado, li que o vinho em questão foi apontado entre os melhores do mundo pelo especialista David Schildknecht, da Wine Advocate, publicação do Robert Parker. É elaborado pela cultuada Madeleine Gay, eleita melhor enóloga da Suíça em 2008.
Não espere um graaande vinho assim como está acostumado a conhecer os grandes vinhos. Não sei na opinião do Schildknecht, mas o vinho pra mim foi grande em quesito de diversidade. Um tinto diverso do que conhecemos, e pra mim isto faz toda a diferença. De safra de 2007, como é um vinho não envelhecido em carvalho, achei que estivesse já um pouco além do ápice da curva de maturação, mas estava enganado: o caldo estava inteirinho, ótimo para degustar agora mas ainda com alguns anos pela frente. E ainda melhorou com a garrafa aberta.
Na cor light e na primeira fungada lembrou um pinot noir da Borgonha, mas depois os aromas foram evoluindo para algo bem distinto: quase nada de fruta vermelha, talvez somente umas mais exóticas tipo lichia, mas foram evidentes muitas notas balsâmicas, de sal marinho, de talco em um fundo floral, tudo muito delicado.
Na boca a sensação oposta: potência, volume e profundidade, taninos firmes e um tanto rústicos, com o álcool, embora não alto (13%) sobressaindo um pouco (sensação de qualquer forma diminuindo ao longo da prova), deixando umas sensações de mentolado. Acidez perfeita. 
Moral da história: antes que percebesse, tinha já terminado a garrafa. 
Este é mais um vinho diferente da Winelands Importadora e Clube do Vinho.

Vinho:
Humagne Rouge
Safra:
2007
Produtor:
Maitre de Chais
País:
Suíça
Região:
Provins Valais
Uvas:
Humagne Rouge (100%)
Alcoól (Vol.)
13%
Importadora:
Winelands
























segunda-feira, 28 de outubro de 2013

1ª Master Class carioca da Wines of Chile!

Voltando de uma breve viagem, nesta semana já estava me esperando uma outra degustação: Master Class “A Diversidade do Chile”, a primeira atividade organizada no Rio pela Wines of Chile, entidade que cuida e promove mundialmente os produtos de cerca de 90 vinícolas do País.
O Chile lidera as vendas de vinhos no Brasil (cerca de 42%), ocupando a 1ª posição na importação de vinhos no Brasil. O evento, organizado com competência pela Alessandra Casolato da CH2A aconteceu no badalado restaurante carioca Viera Souto, no lindo calçadão da praia de Ipanema; a palestra/degustação foi conduzida pelo Marcelo Copello, contando ainda com a presença oficial da Pro Chile, na pessoa de Oscar Páez Gamboa, diretor comercial, que trabalha em conjunto com a Embaixada chilena em São Paulo. Oito vinhos apresentados, de importadoras diferentes, finalizando com um coquetel harmonizado com ótimos canapés e deliciosos pratos do restaurante.

Oscar Páez Gamboa apresentado o evento
 
Marcelo Copelo conduzindo a palestra/degustação 

Interessante ressaltar que 4 dos vinhos escolhidos pelos importadores foram pinot noir, depois tivemos 2 carmeneres, 1 syrah e 1 blend.


Ready to go: os 8 escolhidos
Começamos com o Arboleda Pinot Noir 2012. Procedente da costa de Aconcágua, faz parte do grupo do badalado produtor Eduardo Chadwick (Seña, Errazuriz, Caliterra). O cara é craque e isto se confirma também nesta linha mais simples, apresentando um pinot super-elegante conjugando a delicadeza européia com a consistência do terroir chileno.
A seguir o Casa Silva Cool Coast Pinot Noir 2012 (Colchagua). O vinho ficou na mesma linha do precedente, mas ainda com algo a mais, tipo uma especiarias e um defumado que me remeteu a vinhos de velho mundo (curiosamente me lembrou os tintos do Etna!). Olha que não sou particularmente fã da Casa Silva (do nosso querido Mario Geisse prefiro certamente os espumantes), mas entre os 4 pinots apresentados este foi o que mais me encantou.

O terceiro vinho foi o Echeverria Pinot Noir Reserva 2011. Do Vale do Curicó, foi o pinot que menos parecia um pinot. Se colocado às cegas duvido que qualquer expert tivesse adivinhado a casta. O vinho, contrariamente à delicadeza que esta uva proporciona, é potente, gordo, volumoso, amadeirado, macio e com taninos redondos e doces. Certamente se destaca pela exuberância, mas gostaria de ter encontrado mais as características da casta e menos madeira.

O último pinot apresentado foi o Herù Pinot Noir 2009, um dos tops da famosa Ventisquero. Já o degustei em mais de uma ocasião e o vinho é um show. Do Vale de Casablanca, considerado o melhor terroir chileno para pinots, foi o mais complexo do “quarteto” e talvez o que mostrou mais versatilidade em matéria de harmonização, podendo acompanhar bem tanto um prato de peixe, tanto massas ou queijos.



Na segunda parte do painel encontramos os “clássicos” (para assim dizer) tintos chilenos.

O Viña El Principal Memórias 2008 é um blend de Cabernet Sauvignon com Carmenere. Embora na proporção a cabernet domine o corte (65%), no nariz predominou o aroma da carmenere com as típicas notas verdes de pimentão e menta. Já na boca o equilíbrio é re-estabelecido com a potência e o calor da cabernet, com madeira evidente. O álcool alto (15%) é balançado por alta acidez também, dando, como o Marcelo comentou, um equilíbrio lá em cima.

O Syrah 2008 Limited Edition da Viña Maipo também anda na mesma onda de tinto de novo-mundo. O vinho tem tudo que se pode esperar de um syrah chileno: potência, corpo, maciez e maturidade. A casta é presente em 91%, completada por pequenas parcelas de cabernet sauvignon e petit verdot, que acresceram a complexidade. A vinícola pertence à gigante Concha y Toro.
A Yali é um projeto da citada acima Ventisquero no tradicional vale de Maipo. Apresentou um Carmenere 2010 muito bem feito. Embora varietal 100%, neste caso o aroma vegetal não ficou “agressivo” e o vinho mostrou bastante equilíbrio e boa complexidade.



Finalizando com a citada Concha y Toro, que mostrou aos participantes as qualidades de um de seus vinhos tops, o Terrunyo Carmenere 2009. Já apontado como um dos melhores carmeneres chilenos (veja aqui a matéria sobre o melhor mesmo, da mesma vinícola), leva também 10% de cabernet sauvignon. É um vinho primorosamente elaborado e tecnicamente incriticável, mas não chegou a me encantar. Seja claro, é um vinhaço, complexo, com textura macia, mas assim como o de safra 2006 anteriormente degustado (relembre aqui), não mostrou aquele valor agregado que se espera de um vinho top. De qualquer forma tem alta qualidade.

Enfim, foi mais uma ocasião para a gente constatar o nível internacional dos vinhos chilenos, nos lembrando que sempre haverá uma ocasião para comprar e abrir um deles.

A vista do restaurante Viera Souto 

Com a organizadora do evento, Alessandra Casolato
Com as amigas Marcia Monteiro (colega multi-mídia) e Juliana Gonçalves da Confraria Amigas do Vinho






quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Chegou o bafômetro para o seu celular!

O bafômetro: o nosso pior pesadelo. A introdução da Lei Seca e consequentes penas severas para quem for flagrado dirigindo com mais de 0,29 mg de álcool no sangue tornou mais dura a vida dos enófilos, mas sobretudo dos profissionais de vinho.
Culpado mundialmente pela queda nos consumos de vinho e acusado de ser impreciso, o etilômetro (nome técnico do aparelho) é de qualquer forma usado around the world e faz massacres de carteiras de motoristas e relativos carros sem distinguir se o alcoólatra seja um degustador profissional voltando de uma sessão de provas ou um bebum qualquer vindo de uma farra.
De qualquer forma a lei existe e temos que respeitá-la. Já existem etilômetros portáteis a venda em farmácias, mas uma nova invenção pode ser uma prática solução: o Breathometer. Um aparelho que se conecta ao seu smartphone simplesmente na entrada dos fones de ouvido e um aplicativo (que funciona com iPhone e Android): basta soprar no sensor e instantaneamente o seu celular informará  o nível de álcool no seu sangue. Agora à venda por 49 dólares.
Se não puder vencer o bafômetro, então compre um. 


domingo, 13 de outubro de 2013

Recarregue seu celular com uma taça de vinho!

Acredite se quiser: um processador que se alimenta unicamente da energia contida em uma taça de vinho!
Os smartphones de hoje desenvolvem funções sensacionais, mas têm um problema: o consumo energético e, consequentemente, a duração da bateria. Por isto as empresas do setor estão em constante pesquisa para criar processadores que requeiram a cada vez menos energia para operar.
Durante o último Intel Developer Forum a doutora australiana Genevieve Bell apresentou um “acelerômetro” que precisa somente da energia de uma taça de vinho tinto. Na taça, dois elétrodos reagiram com o ácido acético presente no vinho para produzir uma pequena quantidade de energia. Obviamente é uma experiência, mas mostrou ao público que em breve será possível obter dispositivos móveis de baixo consumo que permitem recargas fáceis.
Agora você pode passar na sua loja de vinho somente para fazer uma recarga, mas tome cuidado para não beber a sua fonte de energia. 


sábado, 12 de outubro de 2013

A lista custo/benefício: os Top 10 vinhos Bolso Esperto do mundo!

Sei que corro o risco de me tornar chato. Pessoalmente não gosto de listas e normalmente não dou a menor importância para elas. Mas a curiosidade me leva sempre pelo menos a dar uma olhada até mesmo para depois discordar de tudo. Então vai aqui mais uma, talvez seja mais interessante, pois falamos do Top 10 de melhor relação custo/beneficio, os que eu chamo de Bolso Esperto. Mais uma vez o portal Winesearcher.com nos ajudou elaborando a lista dos 10 vinhos que, de acordo com os críticos internacionais, oferecem melhor qualidade em relação ao preço. A seguir então a lista dos melhores vinhos do mundo entorno de 10 dólares.
Obs: Muitos dos vinhos da lista não são distribuídos no Brasil (#ficaadica para os importadores), mas nem vale ressaltar a divergência de preço de alguns rótulos se comparados com os preços de aqui. Por exemplo o Chianti Fontaleoni encontrado lá fora com preço mínimo de U$10, é vendido na Mistral por R$70; já os R$68,90 praticados pela Interfood no Rosemount Shiraz que custa lá fora U$8; maior divergência ainda para o Renzo Mais Erta e China: R$91 aqui na Decanter e U$10 no exterior. Enfim, não estamos aqui para polemizar. Ou sim?
De qualquer forma chega de listas, já esta de bom tamanho. Prometo não publicar mais listas. Pelo menos até a próxima lista.






sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Um grandíssimo Supertoscano!

Falar bem de um Ornellaia vai parecer como um exercício de retórica, ainda mais redundante se for de uma safra excelente como a 2006. Mais é isso aí.
A vinícola Tenute dell’Ornellaia, fundada pelo marquês Lodovico Antinori em 1981, hoje pertence à Marchesi de’ Frescobaldi (depois de uma breve parceria com a Robert Mondavi); seu vinho top Ornellaia é um dos mais aclamados vinhos da Itália e um dos ícones da enologia mundial. Um Supertoscano ao estilo de Bordeaux de fazer inveja aos grandes bordaleses mesmo. Um dos poucos vinhos italianos cotados na Liv-Ex (Bolsa de Vinhos de Londres) e arrematado em casas de leiloes internacionais.
Nestes dias tirei da minha adega um 2006, e a única palavra que me vem à cabeça é: sensacional.
O corte é tipicamente bordalês: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. O s vinhedos são estrategicamente localizados no melhor terroir de Bolgheri, bem adjacentes aos do maior concorrente Sassicaia. As uvas, cuidadosamente selecionadas e fermentadas separadamente por casta. Depois de 18 meses de maturação em carvalho, os mostos são misturados em um único blend, que daí ainda vai para ulteriores 6 meses de afinamento em barrica e mais 12 meses em garrafa.
Ao abrir a garrafa, a rolha quebrou no meio, o que me fez temer que o vinho pudesse estar oxidado por causa do ressecamento da cortiça. Mas, felizmente, o líquido estava inteirinho. O decantei por cerca de meia hora, e os aromas continuaram a mudar até tomar a última gota: flores de campo, cereja madura, canela, açúcar queimado, caldo de ameixa, chocolate, notas balsâmicas, eucalipto e leve pimenta.
Na boca, pura seda (uma das texturas mais aveludadas que já vi), corpo médio - mas concentrado - e muita profundidade, a acidez generosa equilibrava os taninos finos e doces. Madeira perfeitamente integrada. Elegantíssimo. Se o álcool tivesse sido um pouco mais baixo poderia falar em obra prima, de qualquer forma seus 15% eram totalmente imperceptíveis. 

Vinho:
Ornellaia
Safra:
2006
Produtor:
Tenute dell’Ornellaia
País:
Itália
Região:
Toscana
Uvas:
56% Cabernet Sauvignon, 27% Merlot, 12% Cabernet Franc, 5%Petit Verdot
Alcoól (Vol.)
15%
Importadora:
Grand Cru
Custo médio:
R$ 1.200,00
Notas:
Robert Parker: 97; Wine Spectator: 95; Wine Enthusiast: 97



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mais uma lista dos TOP 10 da Itália!

Bibenda, é o órgão oficial da AIS (Associazione Italiana Sommelier); entre as inúmeras atividades, publica anualmente um dos guias de vinhos mais respeitados da Itália. Os rótulos são pontuados em "grappoli (cachos), de 1 a 5. Excepcionalmente nesta edição, atendendo a pedidos, para comemorar o 15° ano de vida da publicação os editores resolveram pela primeira vez elaborar uma lista dos TOP 10 dos cerca 20.000 vinhos degustados ao longo do ano. Confira abaixo o resultado:

1)       Trebbiano d’Abruzzo 2011
VALENTINI
Loreto Aprutino – Abruzzo
2)       Barolo Villero 2008
GIUSEPPE MASCARELLO
Castiglione Falletto – Piemonte
3)       Primitivo di Manduria Es 2011
GIANFRANCO FINO
Lama – Puglia
4)       Franciacorta Cuvée Annamaria Clementi Rosé 2005
CA’ DEL BOSCO
Erbusco – Lombardia
5)       Brunello di Montalcino Riserva 2007
POGGIO DI SOTTO
Montalcino – Toscana
6)       Alto Adige Terlano Chardonnay 2000
CANTINA TERLANO
Terlano – Trentino Alto Adige
7)       Costa d’Amalfi Furore Bianco Fiorduva 2012
FURORE MARISA CUOMO
Furore – Campania
8)       Teroldego Rotaliano Clesurae 2010
CANTINA ROTALIANA
Mezzolombardo - Trentino Alto Adige
9)       Collio Pinot Bianco 2012
TOROS
Cormòns -
Friuli-Venezia Giulia

10)   Etna Rosso San Lorenzo 2011
GIROLAMO RUSSO
Passopisciaro - Sicilia

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Confira como foi o Zahil Saber Viver

Como anunciado, semana passada foi a vez do Zahil Saber Viver. No Rio o show room de vinhos aconteceu nos salões do celebérrimo Copacabana Palace. A organização perfeita e a limitada quantidade de convidados fizeram que o evento se tornasse muito agradável mesmo. Uma farta mesa de antepastos gostosos e ainda os garçons circulando pela sala com pratos quentes complementaram excelentemente os rótulos degustados. Mas o entusiasmo de poder circular livremente pelas mesas sem as multidões de taça erguida foi reduzido pela ausência dos produtores e também de muitos dos rótulos tops da importadora. De qualquer forma o evento foi bem arranjado e a falta dos produtores foi compensada com uma divisão dos rótulos em ilhas temáticas (por País ou por tipologia de vinho).
Seguem os meus destaques.



A recepção do evento antes do começo

Arrumando o buffet

Entre os espumantes o brasileiríssimo Brut do Don Abel e o impecável Drappier Carte d’Or (talvez o Champagne que tenho mais bebido na minha vida).

Espumantes

Dos vinhos da minha terra itálica Tenute Rubino mostrou um Primitivo diferente (por não ter muito corpo e extração de cor e, sobretudo baixo teor alcoólico pela denominação: 13%); Boa compra é o alegre Silice da toscana Sangervasio (R$61). Destaque absoluto para Altesino com seu Rosso (R113) e Brunello di Montalcino, grandioso (talvez o melhor do evento, mas a little expensive: R$400).


Os conterrâneos 
Indo para a França: dos brancos um Bordeaux (notoriamente terra de tintos) se destacou sobre os brancos borgonheses: o “G” de Guiraud. Entre os tintos, uma boa compra é o Chateau de Mauves (R$95), já o ótimo Chateau Clarke (Cru Borgeoiuse de Listrac) requer um investimento maior (R$300) e o elegantíssimo Aloxe-Corton de Roux Père et Fils ainda mais (R$373,00). Mas dos franceses o que mais me impressionou foi um rosé (e olhe que eu não sou fã de rosé) delicado e complexo, o Château de Pibarnon, da prestigiada denominação de Bandol (Provence): o vinho é uma delícia, mas nada barato (R$230).

Bordeaux e Borgonha
O sensacional Chateau de Pibarnon
A importadora também possui uma boa representação de vinhos portugueses, entre eles o Duque de Viseu Tinto da Quinta dos Carvalhais (R$74) do Dão e o alentejano Herdade do Peso Colheita (R$116), mas o destaque vai para Casa Ferreirinha do Douro com seu Callabriga (R$197) e o excelente (e caro) Quinta da Leda (R$360).

Portugal
Da Espanha apreciei bastante o Aster Crianza da Ribera del Duero (R$180) e 2 vinhos da prestigiada La Rioja Alta: o Viña Alberdi Reserva (R$172) e o Viña Ardanza Reserva (R$295).

Do Chile destaque para a Aquitania, sobretudo o Chardonnay Sol do Sol (R$168) e o Cabernet sauvignon Lazuli (R$ 140); nota de mérito também para o excelente Sauvignon Blanc Cipreses da Casa Marin (R$175,00). Mas quanto ao Chile, a cena foi roubada inteiramente pelos vinhos da Clos Quebrada de Macul: o Alba de Domus (R$ 175), o Stella Aurea (R$247) e o Domus Áurea (R$ 332) são 3 cortes franceses de rara precisão e elegância. O último particularmente é sensacional e sua complexidade o deixa diferente em aroma e sabor a cada fungada e gole (veja aqui uma matéria especifica sobre este vinho).

Aquitania

Casa Marin e Volcanes de Chile

A Argentina também foi bem representada, principalmente pela Rutini: seu Merlot é bem interessante e o Antologia é um “malbecão” (com pequenas parcelas de petit verdot e syrah) no clássico estilo encorpado mendoncino; porém gostoso.

Rutini 

Ainda teve tempo para um bom Pinot Noir da Nova Zelândia, o da Framingham e os shiraz autralianos da D'Aremberg; um tinto do Líbano, o Chateau Kefraya e uma parceria franco-sulafricana Rupert & Rotschild, com tintos de cara bem bordales, mas definitivamente overpriced (o Baron Edmond, por exemplo, custa R$320!)

Líbano e Africa do Sul
Finalizando com um digno representante brasileiro,o já citado Don Abel. Ele produz pra mim um dos melhores vinhos do País, o Cabernet Sauvignon Rota 324 (honestos R$69), mas a linha reserva também garante satisfação, especialmente o Merlot (R$44); e se gosta de branco tem um belo Chardonnay (R$ 39).

O brasileiro Don Abel

O lindo salão do evento