sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vem aí o Encontro de Vinhos Campinas

Se você estiver em Campinas e arredores, esta é uma degustação de vinhos que nai vai querer perder. Neste sábado chega o Encontro de Vinhos, evento itinerante que já se tornou famoso, organizado pela dupla dinâmica Daniel Perches e Beto Duarte.
Veja a seguir. Mais detalhes no site http://www.encontrodevinhos.com.br


terça-feira, 25 de junho de 2013

Tudo que precisávamos era pipoca ao vinho...

Alguns amigos gostam de tomar vinho enquanto assistem um filme ou um jogo de futebol; outros já preferem a mais tradicional pipoca. Se você for indeciso eis a solução pra você acompanhar a fase final da Copa das Confederações ou seu suspence favorito: pipoca ao sabor de vinho.
De fato a pipoca gourmet não novidade e no exterior já se tornou uma pequena moda: não é incomum encontrar pipoca ao tomate seco, ao chili, ou ao gengibre, por exemplo - aqui no Brasil já tenho visto pipoca ao azeite trufado.
Agora a casa nova-iorquina Populence, em parceria com a vinícola neozelandês Kim Crawford, lançou a pipoca ao Pinot Noir e a pipoca ao Sauvignon Blanc. Desmentindo assim de uma vez a teoria que pipoca não combina nem com tinto nem com branco.  
Mas não se anime demais: a notícia ruim é que a pipoca não é alcoólica. 


domingo, 23 de junho de 2013

O segundo vinho do Sassicaia

Este é um vinho “sério”. Tenuta San Guido é o produtor do celebérrimo Sassicaia, o vinho italiano mais emblemático e badalado do mundo. Como vimos aqui , seu criador, o marques Mario Incisa della Rocchetta, revolucionou para sempre a enologia italiana “inventando” o primeiro Supertoscano da história, com a utilização de uvas e barricas francesas num Ps vinícola tradicional que sempre priorizou uvas autóctones.
O Nicolò, filho do Mario, guia a vinícola há 40 anos e lançou em 2000 o segundo vinho da casa, o Guidalberto para oferecer um produto para ser consumido mais jovem e ainda introduzindo a novidade da Merlot até então nunca utilizada da Tenuta – o Sassicaia leva Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.
Abri recentemente um Guidalberto 2009 e devo dizer que (apesar da proposta de consumo antecipado) ainda está bastante jovem. Corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, boa parte das uvas vem dos mesmos vinhedos que dão vida ao primeiro vinho. Estagia 12 meses em barricas usadas (francesas e americanas), mais 3 em garrafa.
O vinho é muito intenso, em cor aromas e sabor. Nariz de fruta silvestre ainda verde, alcaçuz e tabaco, algumas especiarias e notas minerais; sensação confirmada numa boca de grande equilíbrio e persistência. Acidez vibrante, taninos muito vivos e madeira bem integrada. Final longo. Muito bom agora, mais um tempo de garrafa vão torná-lo ainda melhor.
Vinhão.

Vinho:
Guidalberto
Safra:
2009
Produtor:
Tenuta San Guido
País:
Itália
Região:
Toscana
Uvas:
Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (40%)
Alcoól (Vol.)
13,5%
Importadora:
Ravin
Custo médio:
R$ 320,00
Notas:
RP92+ ; WS90

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um "ex" Bolso Esperto espanhol

Este vinho costumava custar menos de R$ 50,00, o que fazia dele um Bolso Esperto com certeza, mas com o aumento do dólar (sua importadora aplica o preço em dólares), o preço atual já se tornou menos competitivo em comparação com os demais concorrentes do mesmo nível.. De qualquer forma continua sendo um bom vinho.

Bodegas Gran Feudo é uma vinícola espanhola pertencente ao grupo Chivite, família tradicional do vinho, desde 1647.
A Gran Feudo foi fundada em 1872 e é hoje líder em produção e venda de vinhos na região de Navarra. E especificamente o Gran Feudo Crianza é um dos best-sellers em toda a Espanha, justamente em virtude de sua relação preço/prazer. Corte de Tempranillo, Garnacha e Cabernet Sauvignon, maturado por 12 meses em barricas de carvalho (francês e americano) e mais 2 anos em garrafa.
Procede da área mais quente da região o que reflete bastante fruta madura no nariz e no palato. Cereja, framboesa, ameixa, com notas florais e defumadas. Na boca é rico, muito saboroso, com textura lisa e taninos macios e doces. Álcool moderado, acidez na medida e madeira bem integrada.

Vinho:
Gran Feudo Crianza
Safra:
2007
Produtor:
Chivite
País:
Espanha
Região:
Navarra
Uvas:
Tempranillo (70%), Garnacha (25%), Cabernet Sauvignon (5%)
Alcoól (Vol.)
13%
Importadora:
Mistral
Custo médio:
R$ 65,00
  



terça-feira, 18 de junho de 2013

O primeiro vinho de denominação francês em lata!

Vinho em lata já não é novidade, tem vários exemplares espalhados mundo afora. Mas pela primeira vez até um vinho “premium”, de denominação controlada (AOC) francês acaba no recipiente metálico. A Winestar lançou uma linha de três vinhos (branco, rosé e tinto) em lata produzidos na região de Languedoc com denominação Corbières AOC. A idéia é de tornar pop o consumo do vinho, ou seja, popularizar a bebida na faixa de potenciais consumidores de cerveja e refrigerante que preferem a praticidade das latas ao trabalhoso ritual do serviço do vinho.

É aquela velha história já discutida aqui por exemplo a respeito de vinho em bag-in-box, em garrafa pet, garrafa em formato de cerveja, ou até sobre o querido/odiado screw-cap que divide os enófilos: tornar o vinho popular através de instrumentos emprestados de outras áreas ou deixa-lo na tradicional zona de conforto? Como vai acabar não sei, de fato o mercado de vinho enlatado tem já legiões de fãs (somente a Alemanha consuma 60 milhões de latas por ano!).

Pessoalmente não tenho nada contra as inovações e acho a lata bem-vinda (claro, dependendo das ocasiões).. Gostaria de lembrar aos puristas que acham sacrossanto e insubstituível o ritual de sacar a rolha de uma linda garrafa, que nos 9.000 anos de história do vinho, o uso da garrafas é um tanto recente.

Repare, por exemplo, nas vantagens do vinho em lata: prático no dia-a-dia, para um piquenique ou uma festa descontraída; pode transportá-lo sem o perigo de quebrar o recipiente; gela mais rapidamente; particularmente indicado para solteiros; mais leve; de fácil armazenamento; mais barato.
As desvantagens: não vai poder fazer um batismo de um navio.

sábado, 15 de junho de 2013

MondoCerva: qual a diferença entre witbier e weissbier?

Cerveja de trigo nem sempre goza de grande consideração, talvez por causa de sua cor laranja e turva. Acontece que o trigo, diferente da cevada, não tem casca dura e por isto pode ficar se misturando com o liquido durante o preparo. Mas è um tipo de cerveja bastante gostoso, que pessoalmente curto muito.

Voltando à pergunta do título deste post, você pode ter visto em umas garrafas os termos “witbier” e “weissbier”. Em seus respectivos idiomas, belga e alemão, significam a mesa coisa, ou seja “cerveja branca”.

Embora ambas de trigo e de mesma coloração turva, de tom laranja, tem diferenças estilísticas interessantes. A tradicional witbier leva como ingredientes também cascas de laranjas, semente de coentro, e outras especiarias. Já a weissbier é produzida apenas com os ingredientes básicos: água, lúpulo, leveduras e malte (de trigo).

De qualquer forma as duas proporcionam uma bebida refrescante, frutada, picante nos aromas, leve e com espuma abundante. As cervejas de trigo deveriam ser sempre servidas em copos ou tulipas grandes e compridas, enchendo o copo por 2 terços a uma inclinação de cerca de 45°, agitando depois a terceira parte no fundo da garrafa e finalmente despejando o restante em cima para formar um espesso e cremoso colarinho.

Veja dois bons e clássicos exemplos dos dois estilos:

A belga Hoegaarden Witbier: a mais tradicional da categoria. Embora hoje pertencente a um grande grupo industrial, ganhou a Copa do Mundo da Cerveja em 2008, confirmando-se como referência de estilo. Cítrica e picante, suave e com final meio adocicado, é muito fácil de beber.




Pais: Bélgica
Álcool: 4,9%
Preço médio (garrafa 330ml): R$ 7,00





A bávara Paulaner Hefe-Weissebier: não filtrada, tem aromas de frutas tipo banana e pêra e menos especiarias. Na boca é saborosa e levemente amarga e com final mais seco.




Pais: Alemanha
Álcool: 5,5%
Preço médio (garrafa 330ml): R$ 11,00


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um ótimo clássico italiano

O premiado produtor Masi é um dos maiores nomes da Itália e líder na produção de Amarone. Vinícola histórica do Veneto (desde o século XVII), soube desde sempre conjugar muito bem tradição e visão para o futuro. É o caso do Campofiorin, rótulo que hoje se tornou um clássico, mas que quando foi lançado, em 1964, foi uma inovação absoluta, que criou uma nova categoria de vinhos inspirados à técnica do Amarone.

Nestes dias abrimos um Campofiorin 2009, grato presente do amigo Vincenzo Protti, representante da vinícola.
Corte clássico di Corvina, Rondinella e Molinara. Inicialmente produzido com a técnica do Ripasso, aonde as uvas faziam uma segunda fermentação nas borras do Amarone, a partir de 1983 o procedimento foi aprimorado, adicionando de fato uvas parcialmente passificadas em fermentação com o vinho base. Estas uvas semi-passificadas geram mais complexidade, estrutura, cor e taninos doces. O vinho passa ainda quase 2 anos em carvalho (esloveno e francês) e mais 3 meses em garrafa antes da comercialização.

É um tinto muito elegante no nariz e na boca: cereja madura, alcaçuz, canela e outras especiarias; no palato é rico e aveludado, com taninos macios. Álcool “educado” e bom potencial de guarda (tranquilamente uns 15 anos).
Um vinho que junta simplicidade e força. Recomendo. E digo isto não para agradar o Vincenzo ou a Masi, que certamente não precisam da minha aprovação: a verdade é que o vinho é bom mesmo.

Vinho:
Campofiorin
Safra:
2009
Produtor:
Masi
País:
Itália
Região:
Veneto
Uvas:
Corvina (70%), Rondinella (25%) e Molinara (5%)
Alcoól (Vol.)
13%
Importadora:
Mistral
Custo médio:
R$ 110,00


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Degustação de Wines of Portugal: participe!

Mais um grande evento de vinhos chegando. O Portugal está hoje com tudo e vem ao Brasil mostrar força e qualidade de seus vinhos, com grandes nomes que possuem nova mentalidade e gosto abertos aos mercados internacionais.
Wines of Portugal traz para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro 41 grandes produtores que apresentarão seus rótulos em uma degustação única.
Então save the date: dia 25/06 (SP) e dia 27/06 (RJ).


Confira as empresas participantes e mais detalhes abaixo (clique nas imagens para ampliar)





Mais informações:
Fone: (11) 5092-3247 contato@cristinaneves.com.br
www.cristinaneves.com.br



quarta-feira, 12 de junho de 2013

O terroir acabou: agora temos o aquaoir...! Vinhos afinados no mar

Três anos atrás terminei este post comentando ironicamente que talvez o melhor lugar para guardarmos nossas garrafas seria o fundo do mar. O que parecia ser uma piada está se tornando de fato uma tendência mundial e as experiências não faltam, ao ponto que se começa a falar do novo ambiente de afinamento com um novo termo: aquaoir, oposto a terroir.


Alguns exemplos?

A Mira Winery, vinícola californiana de Napa Valley afundou 4 caixas de Cabernet Sauvignon ao largo da costa de Charleston, Carolina do Sul, em fevereiro este ano. Trazido à superfície depois de 3 meses o vinho foi comparado com o mesmo estoque afinado na trivial adega terrestre. E se mostrou realmente diferente, mais complexo e aberto. O movimento das ondas, a falta de luz a temperatura fria e constante são os possíveis elementos responsáveis desta diferente evolução.

O viho da Mira, trazido à superfície

Na Itália temos a vinícola Bisson com seu espumante Abissi (um nome, um programa), um brut método classico que toma banho ao largo de Portofino, na Ligúria.

O Abissi, a 60 metros de profundidade

No Veneto há o Lagunare (justamente porque afundado na Laguna de Caorle), um corte bordalês imerso no mar ainda nas barricas! 

As barricas "banhistas" do Lagunare

Na França, para não ficar atrás o Bruno Lemoine também experimentou o duplo afinamento, na terra antes e no Mediterrâneo depois. O resultado é o vinho do nome original Neptune, que de acordo com o Michel Rolland se mostrou mais pronto, com taninos leves e grande complexidade aromática.

O Neptune
Marketing? Bobagem publicitária? Não sei. Por enquanto os espanhois, mais pragmáticos querem respostas confiáveis e sérias, por isto inauguraram o projeto LSEB (Laboratorio Submarino Envejecimiento de Bebidas) que investiga a evolução de bebidas no fundo do mar.

Próxima parada: a Lua! A seguir, Marte.











domingo, 9 de junho de 2013

Grande teste: você é enonerd ou enochato? Descubra aqui

Será que você é um wine geek? Ou um wine snob? Para quem não tem familiaridade com estas palavras seria como dizer enonerd (inventei uma nova palavra?) ou enochato. As duas categorias, é evidente, são bem diferentes: o geek é capaz de enumerar de cór os Grands Crus de Bordeaux, château por château, que nem a escalação da Seleção brasileira na Copa de 1982. Já o enochato, dos chateaux bordoleses é assíduo freqüentador e de alguns ele possui a cópia da chave, caso ele chegue de madrugada.

O enonerd é apaixonado por tudo, desde a composição do solo até as técnicas de fermentação, se preocupa com as leveduras indígenas e com a micro-oxigenação; adora a emoção do desconhecido e a oportunidade de provar um novo vinho.
O enochato está mais apaixonado pelo próprio eno-mundo, em fazer grandes declarações sobre os rótulos que toma, sobre quanto custam, e sobre o quanto mais ele conhece do assunto que o resto dos plebeus.

Em breve: o enonerd tem sede de conhecimento, enquanto o enochato coloca o seu conhecimento soberano sobre os outros.
Então, traduzindo e acrescentando esta matéria da revista Forbes, vamos descubrir e definir a sua “personalidade vínica”.

Você é um enochato se:

- Os discursos sobre vinho te aborrecem. Os discursos dos outros, obviamente.
- Você acha um crime usar taças impróprias e nunca vai considerar a idéia de beber um vinho em um copo
- No final de um jantar você não faz a menor idéia do que os outros acharam dos vinhos
- Prefere não socializar com pessoas que bebem cerveja ou outras bebidas “menores”
- Nunca pergunta sobre vinhos, pois já sabe todas as respostas
- Nem entra na discussão sobre a colheita ’82 do Lafite: você, obviamente, naquela colheita estava lá presente. Hospede de honra da propriedade
- Quando você começa a falar de vinho a sua mulher desaparece
- Quando você começa a falar de vinho o seu cachorro desaparece
- Você não tem amigos, somente garrafas de vinho

Você é um enonerd se:

- No restaurante escolhe um vinho somente porque não o conhece (o único na carta de 1.570 rótulos)
- Você sabe a diferença entre terreno xistoso, argiloso e calcário e como cada um influencia as uvas
- Você lê blogs de vinho (obrigado!)
- Os amigos te chamam de Terroir
- O seu melhor amigo tem uma loja de vinhos. O seu segundo melhor amigo é concorrente do outro lado da calçada.
- Você fica examinando as rolhas porque elas são fascinantes
- A última vez que visitou uma vinícola se queixou de alguns aspectos a respeito das barricas. E o Michel Rolland aceitou a sua dica.
- Você tem amigos, muitos, porque você está sempre abrindo e compartilhando novas garrafas

Enfim, você é enochato ou enonerd? Ou pior, um perigoso cruzamento entre os dois?

O que podemos dizer aqui é que vinho é primeiramente curtição e diversão: se você o encara como uma competição, bem, então já perdeu.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Oscar do Vinho Italiano: and the winner is...

No último dia 3 de junho aconteceu em Roma o Oscar del Vino 2013, evento promovido por Bibenda, órgão oficial da AIS (Associazione Italiana Sommelier), que é também uma famosa revista e editora de um dos maiores e mais completos guias de vinhos italianos.
Inspirado na cerimônia dos Oscars do cinema, o evento premia os melhores vinhos da Bota divididos por categorias, com indicados e ganhadores finais.

Seguem abaixo os winners de 2013.

MELHOR VINHO BRANCO
Chardonnay 2010 Tasca d'Almerita

MELHOR VINHO TINTO 
Bolgheri Sassicaia 2009 Tenuta San Guido

MELHOR VINHO ROSÉ
Five Roses Anniversario 2011 Leone de Castris

MELHOR VINHO ESPUMANTE (empate)
Franciacorta Gran Cuvée Brut 2007 Bellavista
Gran Cuvée XXI Secolo 2007 D'Araprì

MELHOR VINHO DOCE
Alto Adige Moscato Rosa 2010 Franz Haas

MELHOR RÓTULO
Trebbiano d'Abruzzo Vigna Capestrano 2010 Valle Reale

MELHOR VINHO DE GRANDE QUALIDADE/PREÇO
Franciacorta Cuvée Prestige Ca' del Bosco

MELHOR VINÍCOLA
Feudi di San Gregorio

MELHOR ENÓLOGO
Riccardo Cotarella

MIGLIOR RESTAURANTE
La Parolina di Acquapendente (Viterbo)

MELHOR LOJA DE VINHO
Casa del Barolo (Torino)

MIGLIOR ESCRITOR DE VINHO
Giovanni Negri

MELHOR INOVAÇÃO NO VINO
La Guardiense di Guardia Sanframondi (Benevento) 

MELHOR AZEITE DA SAFRA 2012 (empate)
Olio Extravergine di Oliva Frantoio Muraglia
Olio Extravergine di Oliva Biologico Monterisi
Olio Extravergine di Oliva Raggiolo Denocciolato Felsina

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Destaques do 1° Confraria Carioca Wine Day

No último dia 15 de maio participei do 1° Confraria Carioca Wine Day. Para quem não conhece, a Confraria Carioca é uma famosa loja de vinhos do Rio de Janeiro, com boa seleção de rótulos do mundo inteiro e atendimento simpático e atencioso que mostra sempre bom preparo.

O proprietário Duda Zagari, além de competência e cultura enológica, é também um cara de visão: o que muitos não sabem é que além de revendedores o sócios da Confraria Carioca são também importadores, representantes e distribuidores exclusivos de algumas marcas.
Um público de profissionais e enófilos pude provar pessoalmente 70 destes rótulos não comuns no Rio de Janeiro, durante o primeiro evento-exposição da casa.
A feira aconteceu nos ambientes do badalado CT Trattorie do televisivo chef francês “Que marravilha” Claude Troisgos.
Presentes os produtos da Premium, Max Brands, MMV, Wine Experience, Vínicas, Maximo Boschi, Província São Pedro, Casa Flora.

Seguem os meus destaques:
- Os vinhos da Viña Falernia, do região em ascensão de Valle del Elqui.
- A linha Block Selection da chilena La Playa
- Os Toscanos da Caparzo e Borgo Scopeto: principalmente os supertoscanos Tenuta Caparzo e Borgonero (de bom custo/beneficio)
- O belo espumante brut Tradizionale da Maximo Boschi, método clássico nacional.
- O Primitivo di Manduria do Surani
- O Vignantica do Selvanova, aglianico 100% da minha região (Campania)
- O Château Le Sartre, clássico Bordeaux margem direita (Grave), mais especificamente Pessac-Léognan

Enfim, vinhos bem interessantes e diferentes, sobretudo não fáceis de encontrar aqui no Rio. Vale uma visita à loja Confraria Carioca.

Alguns dos destaques (left to right): Borgonero, Falernia, Vignantica,
Maximo Boschi Brut, Chateau  Le Sartre

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Guerra de borbulhas: ataque contra a denominação Cava!

As colinas de Penedès são, além de pulmão verde da Catalunia (40 km de Barcelona) a pátria do Cava, o champagne espanhol. Aqui, em 1872 foi produzido o primeiro espumante local. Xarel.lo, Macabeo e Parellada são as castas brancas permitidas pela Denominação de Origem: a primeira traz força e corpo, a segunda um toque de fragrância e notas frutadas, a última elegância. A regulamentação também permite o uso de castas internacionais e a Chardonnay só poderia ser a convidada de honra. Todas são protegidas - fisicamente e metaforicamente - pelo maciço de Montserrat, uma alta colina que não permite a entrada de ventos frios do norte. A temperatura média para os territórios de Penedès é de 15° graus, com máxima de mais de 30° no verão e umas limitadas geadas no inverno.

É na pequena aldeia de Sant Sadurní d’Anoia que foram produzidas as primeiras garrafas de vinho espumante com método clássico (champenoise) espanhol e é justamente aqui que está sendo decidido o futuro da denominação Cava: através de uma batalha diplomática entre grandes marcas e uma pequena vinícola.
Atualmente os protagonistas absolutos do mercado são as gigantes Codorníu e Freixenet: sozinhas são responsáveis de metade da produção de garrafas com denominação Cava.
Raventós i Blanc é uma família de pequenos produtores que está fazendo autenticar uma placa, que certifica a produção de vinho desde 1497, apenas cinco anos após a descoberta da América por Colombo. Hoje o Pepe Raventós, 21° herdeiro da família quer dissociar-se da produção de Cava para formar uma nova denominação de origem: Conca del Riu Anoia.
Escolha bem curiosa. Além do nome improvável (quer comparar a simplicidade da palavra “Cava” com a nada imediata “Conca del Riu Anoia”?), a vinícola é praticamente colada com a Codorníu. Se você chegar de carro na Raventós i Blanc, vai de fato estacionar na Codorníu...Então, como é possível produzir borbulhas diferentes no mesmo lugar? E como competir no mercado com marcas e nomes conhecidos?
A estratégia é a seguinte: território minúsculo, 100% de vinificação própria, castas autóctones (nativas) e suave transição para a biodinâmica. De fato hoje a produção de Cava traz grandes números: as 253 bodegas cadastradas engarrafam 243 milhões de exemplares, e ainda aumentando. Raventós i Blanc quer sair do mercado dos números para entrar no da qualidade.

Ainda não sabemos se a escolha – ou o sonho – vai se realizar: para a criação da nova D.O. é preciso o apoio de outras vinícolas, e a aprovação do Governo. Para muitos o nome Cava vende mais do que o próprio produto; e de fato sair dos trilhos pode ser uma faca de dois gumes.

Veja aqui alguns bons Cava 
Aqui o melhor que já provei 
E aqui o bolso esperto 


domingo, 2 de junho de 2013

Este vinho combina com...orgia e maconha...??? Veja o vídeo: imperdível!

Esta é uma das melhores campanhas publicitárias de vinho que já vi. Brandon Allen e Bo Silliman são os donos da vinícola SloDown, produzem um vinho chamado Sexy Chocolate (um nome, um programa) e se os outros produtores se inspirassem nestes dois debochados, talvez o mundo do vinho seria melhor. Com certeza mais easy. O vinho é um corte de zinfandel, syrah & petite syrah de Napa Valley, Califórnia; não sei se é bom, it doesn’t matter, mas estes dois malucos são, de fato, gênios. Dê uma olhada no site, incluindo o blog: há mais marketing aqui que em 20 aulas da USP. Estilo simples, divertido e auto-irônico, belíssimas gráficas que vão do western à ficção cientifica e wine-tour rodando os States que nem rockstars, nada a ver com as tristes degustações de ABS e afins.
Sim, vinho é coisa séria, mas é também diversão. Então divirta-se com este dois vídeos, and meet the winemaker!