quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Encontro de Vinhos de volta ao Rio!

Chega ao Rio de Janeiro o primeiro Encontro de Vinhos de 2013, organizado pelos sempre competentes Daniel Perches e Beto Duarte. Depois do sucesso da edição do ano passado, o evento itinerante volta para a Cidade Maravilhosa, onde será possível conferir as novidades e vinhos selecionados de mais de 20 expositores, entre importadoras e produtores.
Mais uma vez terei o privilégio e a honra de participar, junto a outros profissionais e experts do setor, da prova às cegas que acontece antes do evento que elegerá os 5 melhores vinhos do evento.
Mas você também não tem motivos para faltar: o local é encantador, com vista privilegiada para a Guanabara, a enseada de Botafogo e Pão de Açúcar. O horário também é cômodo para ninguém ter desculpas: das 14h às 22h. E o preço? Chega a ser ridículo de tão barato: R$ 60,00 com direito a degustar mais de 150 vinhos!
Então save the date, pois é nesta quinta feira!










Rio de Janeiro

Data: 28 de fevereiro (quinta-feira)

Local: Real Astoria – Av. Repórter Nestor Moreira, 11 – Botafogo
Horário: das 14h as 22h

Convite: R$ 60,00 (à venda no local)

Condições especiais: Associados SBAV e ABS pagam 50%.
À venda antecipadamente na Serrado Vinhos –www.serradovinhos.com.br

Mais informações aqui:

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O segundo do primeiro dos segundos


A história do Château Brane-Cantenac remete ao ano de 1735. Narra-se que o barão Hector de Brane  vendeu o Château Brane-Mouton (hoje Mouton-Rothschild) para poder comprar o Brane-Cantenac (que, na época, chamava-se Château Gorce). Desde então passou pelas mãos de diversos proprietários e hoje, sobe o comando do Henri Lurton é um das mais prestigiadas vinícolas da França (e do mundo).
Grand Cru Classé pela Classificação Oficial de 1855 de Médoc, classificado como Deuxièmes (ou seja 2°) Cru, o Brane-Cantenac é o de fato considerado o primeiro entre os 14 châteaux  que compartilham a mesma classificação. O Baron de Brane aqui provado é o segundo vinho da vinícola, por isto o título  do post: “o segundo (vinho) do primeiro (château) dos segundos (cru)”.
Detalhe: estamos falando da apelação Margaux, pra mim uma das mais elegantes de Bordeaux.

O corte do Baron de Brane leva normalmente pequenas parcelas de Cabernet Franc e em alguns casos até uma pitada de Carmenere, mas a safra de 2007 por mim provada foi produzida somente com Cabernet Sauvignon e Merlot. Mais de um terço das uvas procedem dos mesmos vinhedos usados para o primeiro vinho da casa. Maturação em barricas de carvalho (20% novas) por 12 meses.

O nariz é dominado por aromas de amoras, cassis e framboesa com notas terrosas. Paladar muito equilibrado, com um bom ataque de boca e volume, ótima acidez e taninos finamente trabalhados. O final perdeu força, mostrando menos persistência do que esperado. Belíssimo vinho, de qualquer forma.

[Clique aqui e veja  a avaliação de seu direto concorrente do mesmo terroir de Cantenac.]
  
Vinho:
Baron de Brane
Safra:
2007
Produtor:
Château Brane-Cantenac
País:
França
Região:
Bordeaux (Margaux)
Uvas:
Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (30%)
Alcoól (Vol.)
13%
Importadora:
Grand Cru
Custo médio:
R$ 190,00

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Espanhol bom somente na promoção



E vamos voltar a falar de Espanha, que já fazia um tempinho que não passávamos pela península Ibérica. O vinho de hoje é o Carmelo Rodero Crianza 2008.
Ribera del Duero é uma das mais prestigiadas (se não a mais em absoluto) regiões vinícolas espanholas. Você deve já ouvido falar da mítica Vega Sicília, não é? Ela é desta denominação de origem, e comprava as uvas do Carmelo Rodero. Pois é, depois de 14 anos vendendo as uvas para a mais celebrada vinícola do País, o sr. Rodero realizou que as suas uvas deveriam ser realmente boas e decidiu fundar a própria empresa, em 1990.
Este Crianza é um bom exemplo da qualidade da casa, embora saibamos que não basta uma boa uva para fazer um bom vinho.
Basicamente Tempranillo, aqui chamado de “Tinta del País”, e uma pitada de Cabernet Sauvignon, maturado por 15 meses em carvalho francês e americano mais 8 meses em garrafa.
De safra 2008, está hoje perfeito para beber, mas tem ainda vários anos pela frente.  Bouquet bastante elegante com cereja, cassis e alcaçuz em destaque. Na boca tem corpo médio, mas boa estrutura, fruta presente, taninos vivos e acidez na medida. Faltou a arrancada final para completar o conjunto.
De qualquer forma um bom vinho, comprei no Bota Fora da World Wine por R$89,90 e a este preço é certamente uma ótima compra; já no seu valor original de R$ 157,00 não acho que valha a pena.

Vinho:
Carmelo Rodero Crianza
Safra:
2008
Produtor:
Bodegas Rodero
País:
Espanha
Região:
Ribera del Duero
Uvas:
Tempranillo (90%), Cabernet Sauvignon (10%)
Alcoól (Vol.)
14%
Importadora:
World Wine
Custo médio:
R$ 157,00

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um branco não obvio e até barato!


Com o calor apertando as nossas almas suadas, eis mais um bom branco para alegrar seu dia. Eu particularmente gosto dos brancos do Piemonte (embora a região seja celebrada para seus grandes tintos) e este aqui é uma boa escolha.
Os vinhos da denominação de Gavi (trata-se de uma D.O.C.G) são produzidos na província de Alessandria, no sul da região, exclusivamente com a uva Cortese. 
O Gavi vinificado com uvas mais maduras origina brancos bastante estruturados e capazes de evoluir com elegância por anos em garrafa. Já quando colhida precocemente, resulta em vinhos com alta acidez, leves e refrescantes. Pessoalmente prefiro o primo caso, mas o segundo também tem o seu porque.
Este segundo modelo é o caso do Broglia Il Doge Gavi DOCG. A vinícola Broglia é bastante tradicional e especializada nesta uva.. O 2010 por mim provado é muito agradável a partir do delicado nariz floral com um toque mineral. No palato é muito fresco, com uma discreta estrutura e um final levemente amargo que o torna perfeito para acompanhar frutos do mar (foi o meu caso) e peixe em geral. O álcool moderado (12%) é nosso aliado neste calor infernal.
Um branco um pouco diferente dos usuais, com um preço bem interessante.

Vinho:
Il Doge Gavi D.O.C.G
Safra:
2010
Produtor:
Broglia
País:
Itália
Região:
Piemonte
Uvas:
Cortese 100%
Alcoól (Vol.)
12
Importadora:
Grand Cru
Custo médio:
R$ 49,00

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Antonio Galloni "divorcia" do Robert Parker! Por que não estou surpreso?


De repente chegou a nem tão surpreendente decisão do Antonio Galloni, um dos principais colaboradores do Parker, de deixar a The Wine Advocate para começar uma carreira solo com um projeto pessoal. O crítico ítalo-americano que era apontado como o braço direito e provável sucessor do “imperador do vinho”, aparentemente não engoliu a troca de propriedade da empresa em favor de investidores asiáticos e a atribuição da poltrona da diretoria para a colega Lisa Perrotti-Brown.
Mas haveria outros motivos também. Ele afirma que estava considerando esta escolha há um tempo, mas a gota (não de vinho!) que fez tomar a decisão definitiva foi quando em um restaurante de Aspen especializado em vinhos, ficou chocado em ver quantas poucas pessoas estavam de fato tomando vinho, preferindo mais as cervejas.
Seu novo empreendimento será diferente da TWA que é baseado em um modelo impresso em papel de milhares de recensões de vinhos por mês, e ademais, em estilo difícil para os novatos e para os jovens. O futuro, ele diz, está nas publicações mais “light” que produzem informação contínua e adaptas para a internet e não mais em manuais e guias enormes que ninguém de fato lê.
Não temos absolutamente como discordar, não é?
Good luck, Antonio!
Será que veremos ainda os dois sentados na mesma mesa? 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Já viu a rolha-Maradona? Prêmio de melhor design!



Estes rótulos ganharam o prêmio Pentawards de ouro, um dos concursos de desenho de packaging mais relevantes a nível internacional. Desenhados para os vinhos da 365, marca da rede de supermercados belgas Delhaize, os rótulos foram projetados e realizados pelo estudo estudo gráfico espanhol Lavernia & Cianfuegos. A linha traz com marca própria vinhos de vários Países do mundo (algo como os vinhos do Club do Sommeliere do Pão de Açúcar) e cada rótulo tem algo distintivo do próprio País. Protagonista é sempre uma rolha de cortiça, que, conforme a origem do vinho muda de forma ou ganha acessórios característico.
Assim vamos encontrar uma rolha-elefante para África do Sul, uma rolha-canguru para a Austrália, rolhas-western para Califórnia (xerife e índio), um gladiador romano para a Itália, Napoleão para Bordeaux e por ai vai até chegar a rolha-jogador da seleção argentina que lembra claramente o Marado! Um barato. 



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Como conquistar uma mulher com um rótulo


Qual é o rótulo que mais atrai as mulheres? De acordo com esta matéria publicada no Midwest Wine Press,  um estudo feito na Sonoma State University’s School of Business and Economics da Califórnia, enquanto os homens são mais influenciados por críticos e prestígio das marcas, as mulheres se preocupam mais com a experiência social de beber vinho e com as histórias por trás das garrafas. Os homens colecionam vinho, as mulheres o compartilham; os homens usam o vinho para impressionar, as mulheres o usam para criar lembranças.
Um rótulo de vinho deve contar a história de sua marca, sua unicidade. O rótulo é o maior instrumento de marketing e o primeiro contato com os potenciais clientes, e deve eventualmente convencer o consumidor indeciso. Então, segundo a autora do artigo, para capturar a atenção das mulheres, o rótulo do vinho deverá:

1)      Ter uma gráfica que fique na memória
2)      Contar uma história para compartilhar
3)      Deixar pra lá as classificações e avaliações objetivas em favor de algo evocativo
4)      Promover uma experiência interativa nas redes sociais de Facebook, Twitter, etc
5)      Doar uma parte das vendas para uma instituição de caridade

Fica a dica para os produtores que queiram remodelar um rótulo tendo como público alvo as nossas lindas mulheres.